Retalho 2020 pela Jong Lang LaSalle
A Jong Lang LaSalle lançou um research – Retail 2020 – que, ao longo do mês de Junho analisará as mudanças no panorama global de retalho nos próximos dez anos.
Victor Jorge
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos
Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre
Depois de, no final de Maio, ter lançado o Retail 2020, um estudo completo acerca das mudanças no panorama global de retalho nos próximos dez anos, apostando num formato inovador através de um site interactivo e feito à medida, a Jones Lang LaSalle divulgou ontem a segunda parte do estudo Retail 2020, denominada “Power to the People /Consumer Cut-through”.
Na primeira parte, o objectivo era cobrir todos os factores que se espera tenham impacto no imobiliário de retalho na região EMEA até 2020, incluindo as alterações económicas, tecnológicas, demográficas e culturais, bem como algumas questões: O que reserva o futuro? Como é que os principais players poderão manter-se líderes?
Para Robert Bonwell, CEO EMEA Retail da Jones Lang LaSalle, “nos próximos dez anos, o panorama global de retalho parece estar posicionado para sofrer um período de mudanças acentuadas. Quer seja proprietário ou ocupante, senhorio ou retalhista, as condições irão agravar-se na próxima década face aos anos anteriores – mas continuarão a existir grandes oportunidades para aqueles que consigam, de forma rápida, aliar uma excelente capacidade de actuar e um discernimento irrepreensível”.
O Retail 2020 explora a configuração futura do retalho, abrangendo aspectos como os segmentos, as localizações, os formatos, a oferta e as geografias, bem como a rentabilidade (crescimento, custos e modelos de negócio), e foi lançado numa série de capítulos a partir de 28 de Maio. O objectivo do Retail 2020 é disponibilizar uma base pertinente de pressupostos acerca do futuro do retalho europeu.
Já Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, acrescenta que “à medida que emergimos da recessão, o retalho continuará a ser uma parte significativa da economia, impulsionando o crescimento, o emprego e um nova envolvente dinâmica para os consumidores. Com este projecto, iremos relacionar-nos com players-chave do retalho, discutindo as nossas previsões para o futuro do mercado, incluindo questões como o equilíbrio do poder para os consumidores, a expansão das cadeias, bem como o retalho online”.
Na segunda parte do research do Retail 2020, a A Jones Lang LaSalle sublinha alguns pressupostos com que os retalhistas e proprietários de centros comerciais terão que se defrontar ao longo da próxima década:
Marketing baseado nas necessidades: Os retalhistas terão que revisitar as necessidades dos consumidores, que foram, de alguma forma, ignoradas na recente década do boom, e entre eles a facilidade e acessibilidade ao retalho são cruciais. O tempo e a comodidade passarão a ser medidas cruciais que os consumidores utilizam quando decidem como relacionar-se como os retalhistas.
Desenvolvimento de necessidades para uma nova década – Os melhores retalhistas terão que saber responder a tendências sociais importantes para disponibilizar aos consumidores uma ligação mais genuína às compras incluindo a arte de viver, o multiculturalismo, design e longevidade, feminilidade e ambiente. Os centros comerciais e os retalhistas terão que unir-se para satisfazer essas necessidades, e haverá um reinvestimento nas localizações de retalho locais.
Dimensão e Estrutura do Mercado – Devendo o crescimento demográfico manter-se estático ao longo da próxima década, os retalhistas necessitarão de contabilizar menos jovens adultos, o alargamento da base dos segmentos de consumo e a reforma em massa do grupo de consumo «Early baby boomer», de elevado poder de compra.
A fragmentação dos mercados – Contrariamente à realidade actual, com três grandes segmentos de consumo, em 2020 os retalhistas terão que dirigir-se a cinco grupos: Geração X (os adolescentes do momento), a quem se juntarão a Geração Y (os que serão então maiores de idade), a Geração Baby Boomer – que será dividida em dois grupos, devido aos estilos de vida de reforma ou activo -, e a Geração Sénior, de consumidores mais velhos.
Em relação a esta segunda parte, Robert Bonwell, refere que “se considera “a emergência incontestável do poder de escolha do consumidor e a relação em mutação entre não só retalhistas e consumidores, como também produtores. Dedica especial atenção à forma como a internet e as tecnologias associadas continuam a emancipar o poder do consumidor. Esta secção do relatório explora também a ligação emocional dos consumidores às compras, e como o próprio perfil do consumidor está a alterar-se: os baby boomers estão na idade da reforma; o número de jovens adultos está a cair de forma dramática e há, agora mais que nunca, um elevado número de homens envolvido na experiência de retalho completa. Os consumidores estão mais exigentes do que alguma vez e gradualmente a retirar o poder aos retalhistas e produtores. Este capítulo conta-nos como os retalhistas podem ser bem sucedidos num ambiente tão desafiante e competitivo”.
Numa análise nacional, o director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, acrescenta ser “evidentemente que também em Portugal é patente um crescente poder do consumidor, cada vez mais exigente nas suas decisões e informado quanto às suas opções. Estamos actualmente perante um consumidor em constante mutação, que enfrenta novos desafios na gestão dos seus recursos, quer financeiros, quer sociais e de tempo, face a um leque de oferta bastante mais abrangente e competitivo, mas também a uma necessidade de controlo de orçamento”.