Produção de cereais de Outono/Inverno é uma das mais baixas de sempre
As previsões do INE apontam para aumentos de produtividade da pêra e da maçã, mas, em contrapartida, confirma-se a quebra de produção dos cereais de Outono/Inverno. Também para a vinha e para o tomate as perspectivas são negativas.
Victor Jorge
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos
Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre
De acordo com os dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as previsões agrícolas em 31 de Julho apontam para aumentos de produtividade da pêra e da maçã. Em contrapartida, confirma-se a quebra de produção dos cereais de Outono/Inverno, que deverá ficar abaixo das 180 mil toneladas, produção que só tem paralelo com a registada aquando da seca de 2005. Também para a vinha as perspectivas são negativas, com os intensos ataques de míldio, ocorridos ao longo do ciclo vegetativo, a fazerem prever diminuições de produtividade na ordem dos 25%. No tomate para a indústria prevêem-se igualmente reduções nos rendimentos unitários (-10%).
Apesar do elevado custo dos factores de produção, o INE aponta um ligeiro aumento da área de milho de regadio face ao ano transacto (+5%), enquanto no milho, as condições favoráveis ao desenvolvimento do milho de sequeiro, contribuíram para um aumento de produtividade na ordem dos 10%. Em contrapartida, para o arroz não se prevêem alterações no rendimento unitário nem nos padrões de qualidade.
Na batata, o desenvolvimento de regadio decorreu com normalidade apresentando a cultura, à excepção de algumas áreas onde ocorreram ataques pontuais de míldio, um bom aspecto vegetativo. Desta forma, as perspectivas apontam para a manutenção da produtividade obtida na campanha anterior, ligeiramente abaixo da média do último quinquénio. Já a intensa precipitação ocorrida no início da campanha do tomate para a indústria, para além de ter impedido o normal desenrolar das operações de preparação dos terrenos e plantação da cultura e de ter obrigado, em alguns casos, a replantações (que se estenderam até meados de Junho). As actuais previsões apontam para uma produtividade que rondará as 76 toneladas por hectare, valor que representa uma quebra de 10% face a 2010.
Perspectivas positivas são apontadas para os frutos nos pomares de macieiras e pereiras. Assim, as informações disponibilizadas pelo INE apontam para que a produtividade da pêra atinja as 19,4 toneladas por hectare (24% acima da média do último quinquénio) e a da maçã as 13,7 toneladas por hectare (+10% face a 2010).
Já na vinha, o INE prevê uma redução de 25% no rendimento unitário nas vinhas para vinho e de 10% nas vinhas para uva de mesa.
Com a colheita dos cereais praganosos de Outono/Inverno praticamente concluída, as produções confirmam as fracas expectativas previstas ao longo da campanha, com quebras face a 2010 que atingem os 25% no trigo mole, trigo duro, triticale e cevada e os 20% na aveia.