Coca-Cola trava produção de água portuguesa
A culpa é da “conjuntura económica” e a entrada em produção da água de origem portuguesa da Coca-Cola “vai depender da economia”.
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Segundo avança a edição de hoje do jornal “Público”, a Coca-Cola terá decidido suspender a produção de uma água mineral de origem portuguesa, apontando a conjuntura económica como principal factor para suportar esta decisão.
De acordo com as declarações de Tiago Lima, director de relações externas da multinacional, “neste momento, estamos a fazer uma avaliação de como queremos entrar no segmento das águas. O ‘quando’ ainda está por definir. O mercado mudou. A conjuntura económica piorou muito desde há dois anos”.
Recorde-se que a produção desta água deveria arrancar na unidade que integra o Centro de Produção de Gouveia da Unicer Águas, adquirido em Setembro de 2009, e que se dedicava ao enchimento da marca Vitalis.
Depois da aquisição da fábrica da Unicer, a Refrige tem vindo a delinear propostas de marketing e comerciais e Tiago Lima, explicando ao “Público” que não estava, à partida, “definido um prazo concreto para avançar para o mercado”. O mais “crítico”, admite, é saber quando é que a unidade vai começar a produzir água mineral portuguesa. “Vai depender da economia”, disse.
De referir que o mercado de Águas minerais naturais e águas de nascente vale, segundo dados da Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente (APIAM) 286 milhões de euros, sendo que o peso do sector na indústria alimentar ronda os 2,7%. Os dados da associação adiantam ainda que, em 2009, o mercado das águas estava dividido em quatro categorias com os seguintes volumes: Águas minerais sem gás (535,91 milhões de litros); Águas minerais gasocarbónicas (35,39 milhões de litros); Águas minerais e de nascente gaseificadas (20,25 milhões de litros); e Águas de nascente sem gás (387,96 milhões de litros).