Empresas B2B norte-americanas não aproveitam redes sociais
Apesar de 65% dos executivos norte-americanos considerarem as redes sociais muito importantes para os seus negócios, somente 5% integram as redes sociais nas iniciativas de marketing das suas empresas, com medo de falhar nos investimentos.
Victor Jorge
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Um recente estudo da Accenture – “Making Social Media Pay: Rethinking Social Media‟s Potential to Bolster B2B Interactions, Customer Loyalty, Revenues and Brand Reputation” – concluiu que apenas 8% das empresas business-to-business (B2B) norte-americanas estão a tirar partido das potencialidades associadas às redes sociais, apesar de 65% dos executivos de marketing questionados identificarem estes canais como sendo muito importantes para o negócio das suas empresas.
O estudo demonstrou que apenas 5% dos executivos integram as redes sociais no conjunto das iniciativas de marketing dirigidas aos seus clientes, e que um quarto dos entrevistados (26%) admitiu estar apenas ligeiramente envolvido ou não estar envolvido, de todo, com estes meios.
Uma razão aparente para a falta de integração e envolvimento com as redes sociais é o receio que estes executivos têm de falhar nos investimentos realizados nestes canais, sendo que apenas um em cada quatro (24%) entrevistados que investiram em redes sociais se sentiram muito confiantes acerca da aposta das suas organizações nestes novos meios, enquanto 19% não teve nenhuma confiança nesses mesmos investimentos. Um quinto (23%) disse que as iniciativas associadas às redes sociais por parte das suas empresas foram adiadas porque o CEO não estava convencido de que teria sucesso a longo prazo na sua integração na estratégia da organização.
O estudo da Accenture sugere que os gestores devem tornar-se “mais confiantes nas suas estratégias e investimentos em redes sociais, passando a considerar estas ferramentas como uma parte crucial da sua estratégia de marketing e não apenas como um complemento”.
Apesar da medição do Return on Investment (ROI) ser considerada um factor-chave num programa bem-sucedido ao nível das redes sociais, apenas 11% dos executivos de marketing inquiridos admitiram que as suas empresas possuem actualmente sistemas para conseguir medir o retorno do seu investimento nas redes sociais. Ainda assim, mais de um terço (35%) dos executivos de marketing reconhecem a importância da medição de resultados como um factor fundamental na gestão eficaz destes canais.
Enquanto a medição permanece uma questão crucial para as organizações representadas no estudo, os resultados indicam que aumentar o envolvimento e as experiências positivas do consumidor (60%), influenciar a reputação da marca (59%), criar novas oportunidades de receita (52%), responder às exigências do consumidor (40%), reduzir os custos (25%), e acompanhar o que a concorrência está a fazer (24%), são razões claramente definidas para investir em redes sociais.
Neste estudo, a Accenture sugere ainda que ao definir a estratégia ao nível das redes sociais, as organizações se concentrem em seis áreas:
- Factores externos: Regulamentação e dinâmicas competitivas, assim como a informação que uma organização reúne em torno das suas actividades de auscultação das redes sociais;
- Cultura: Hábitos, comportamentos, processos de trabalho e sub-culturas dentro da organização;
- Processos: Como é que a empresa pretende usar e gerir os redes sociais dentro da organização;
- Pessoas: Impacto nas pessoas envolvidas nos processos e os novos papéis que as organizações têm de criar;
- Políticas: Política de redes sociais claramente definida que descreva comportamentos aceitáveis e inaceitáveis, desejados e indesejados entre as audiências internas e externas, incluindo empregados, empreiteiros, fornecedores, clientes e prospects (possíveis clientes);
- Métricas: Definição de indicadores claros e objectivos de medição dos aspectos do negócio que se esperam melhorar com as redes sociais.