Ministra da Agricultura dá recado à Distribuição
Uma no cravo e outra na ferradura. Foi assim o discurso da Ministra da Agricultura, que teve honras de inauguração do último dia do IV Congresso da Distribuição Moderna
Rita Gonçalves
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos
Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre
Uma no cravo e outra na ferradura. Foi assim o discurso da Ministra da Agricultura, que teve honras de inauguração do último dia do IV Congresso da Distribuição Moderna.
Assunção Cristas começou por elogiar o trabalho da Distribuição organizada nos últimos anos, realçando o papel dos distribuidores na sofisticação da oferta em Portugal nos últimos anos.
Mas há a parte menos boa da história, sublinhou a ministra.
“A relação de poder entre distribuidores e produtores não é equilibrada. E quem está na posição mais fraca, sente-se esmagado. É esta a palavra que os produtores utilizam quando me fazem queixas. Ameaçam abandonar a agricultura porque não conseguem vender em Portugal a preços razoáveis. Sinto alguma tristeza quando me dizem que é mais fácil vender para fora do que entrar na nossa distribuição”.
E continua. “Se é verdade que os distribuidores têm o dever de oferecer aos consumidores os melhores produtos, também é verdade que há uma tendência para consumir localmente e o consumidor está mais fino nesta análise”.
O discurso em Portugal não condiz com a prática, refere, alegando que o nosso País deve aprender com países como a Suécia. “Visitamos recentemente uma cadeia de distribuição sueca, com cerca de 30% de quota de mercado, que mostrou interesse na produção agrícola nacional”.
Os responsáveis explicaram à ministra que compram toda a produção nacional e apenas recorrem aos mercados internacionais como complemento. “Um país tem preocupações conjuntas. É preciso dar visibilidade e promover os produtos portugueses”.
Estar atento aos bons exemplos e encarar os desafios em conjunto, é o conselho de Assunção Cristas que resume em três eixos o caminho a seguir: aumentar a produção nacional, comprar mais produtos nacionais e exportar mais.
A ministra mostrou ainda disponibilidade para afinar a legislação, se isso se revelar o melhor para o país, mas também deixou claro que a legislação já existente é para ser aplicada.