APED: “Está no tempo de alargar a lista de auto-medicação”
A directora-geral da APED defende em entrevista ao Hipersuper que é urgente alargar a lista de medicamentos sujeitos a auto-medicação para reduzir os custos com a saúde e beneficiar o consumidor
Rita Gonçalves
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Ana Trigo Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição
1. A APED fez uma proposta ao Governo para alargar a lista de Medicamentos não Sujeitos a Receita Médica (MNSRM).
Em Portugal, o mercado do medicamento é altamente regulado e começamos a assistir a uma tendência de criação de uma lista de medicamentos que são sujeitos a auto-medicação. Há um conjunto vasto de medicamentos que noutros países estão sujeitos à disciplina da auto-medicação. Mas, em Portugal essa lista é muito pequena. Surgiu e foi alargada com a criação das parafarmácias em Portugal, a Distribuição Moderna já tem 325 parafarmácias, e a expectativa é que o crescimento dessa lista tivesse sido maior em Portugal do que foi efectivamente.
2. Em que pé está este processo?
O que pedimos ao Governo é que faça a análise técnica necessária para alargar essa lista até porque já está provado em muitos outros países que estão muitos anos à nossa frente no que diz respeito a esta realidade, e não vemos razão nenhuma para que isso não aconteça em Portugal. E não só porque consideramos porque temos muito para crescer neste sector mas porque traz mais-valias muito importantes numa altura em que discutimos os custos com a saúde. Porque repare se cada vez que as pessoas precisam de um medicamento tem de deixar de trabalhar para ir ao médico pedir a receita isto tem custos muito importantes. Está no tempo de alargar a lista de auto-medicação no respeito por todas as regras internacionais que regulam a auto-medicação.
3. Está optimista? Houve abertura por parte do Governo?
Sim, recentemente a APED foi constituída como membro do Conselho Consultivo do Infarmed, a Autoridade Nacional do Medicamente, até porque não se trata de uma questão sectorial mas que está prevista no Memorando de Entendimento, há uma recomendação para que se alargue esta lista de medicamentos para incorporar “savings” ao Estado nessa matéria e porque daqui se geram dinâmicas concorrenciais que vão beneficiar o consumidor.