Abastecimento alimentar está em risco
A ameaça de greve prolongada nos portos nacionais pode afectar a distribuição de alimentos no País, alerta a FIPA
![Rita Gonçalves](https://backoffice.hipersuper.pt/app/uploads/2024/06/silhueta-120x120.jpg)
Rita Gonçalves
Reserva Vinhas Velhas da Casa das Gaeiras premiado no Concurso Vinhos de Lisboa
AICEP lança manuais de e-commerce para apoiar empresas
Sonasol renova parceria com a Associação Just a Change
Go Chill lança novo sabor de bebida
Carlsberg com nova campanha
Vinho da Póvoa de Lanhoso premiado em concursos internacionais
Brother Iberia atinge recorde histórico com 87,5 milhões de euros de volume de negócios
Fenalac defende simplificação e mais transparência nas medidas do PEPAC
Edenred planta mais de 1500 árvores com ação no Rock in Rio Lisboa
Activia lança novo Kefir de sabor a Manga
A ameaça de greve prolongada nos portos nacionais pode afectar a distribuição de alimentos no País. Quem o diz é a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
A FIPA prevê que a paralisação provoque um impacto “dramático” nas exportações e, “mais grave ainda”, que coloque “em causa o abastecimento de matérias-primas e, consequentemente, a colocação no mercado de muitos produtos alimentares”. E pede a intervenção de Passos Coelho, defendendo o peso das exportações na salvação do país.
A Federação dá conta que muitos sectores da agro-indústria dependem exclusivamente de matérias-primas abastecidas por via marítima. “Qualquer cenário que coloque em causa o funcionamento do abastecimento irá provocar paragens de produção e, consequentemente, a impossibilidade de fornecimento de matérias-primas necessárias para a produção de alimentos”.
Por outro lado, as exportações são maioritariamente feitas por via marítima. Segundo estimativas da Federação, “o impacto desta greve em termos de custos logísticos adicionais, nomeadamente o recuso a Vigo ou Algeciras, seriam superiores a 10 milhões de euros por mês, valor que será certamente ampliado caso as saídas por Espanha comecem a não ser possíveis, por dificuldades logísticas ou outras”.
Encontrar contentores disponíveis, reagendar as cargas ou calcular os custos da perda de vendas. Este já é o dia-a-dia de muitas empresas. “Setembro já está irremediavelmente comprometido mas, com esta situação, Outubro e Novembro (meses altos para quem exporta por navio, já que se destinam maioritariamente ao hemisfério sul) prometem ser calamitosos, pois há uma fortíssima probabilidade de as companhias de navegação pura e simplesmente deixarem de vir a Portugal”.
A FIPA apela assim a que, num momento de grandes dificuldades para o país, “possa haver um verdadeiro sentimento de responsabilidade pois está claramente colocada em causa a sobrevivência da nossa economia e a garantia do abastecimento alimentar”.