Shoppings flexibilizam preços do arrendamento
A contracção da procura de espaço comercial está a provocar uma forte pressão sobre os preços de arrendamento dos espaços
Rita Gonçalves
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A conjuntura económica negativa dos últimos anos provocou a paralisação ou adiamento de projectos de construção de centros comerciais em Espanha e Portugal.
Desde 2009, regista-se um abrandamento no ritmo de crescimento da oferta. No final de 2011, encontravam-se operacionais, no conjunto do mercado ibérico, 692 estabelecimentos, 537 dos quais em Espanha e 155 em Portugal. No final de 2012, prevê-se que existam cerca de 700 centros, com uma área bruta arrendável de 17,9 milhões de metros quadrados, segundo o Estudo Sectorial DBK .
A contracção da procura de espaço comercial, em consequência da deterioração do consumo privado, está a provocar um aumento da rivalidade entre as empresas do sector e uma forte pressão sobre os preços de arrendamento dos espaços.
Regista-se desde 2009 uma desaceleração significativa do ritmo de crescimento da oferta. Assim, e depois de ter alcançado taxas de variação anuais superiores a 7% no período 2000-2008, a área bruta arrendável no conjunto do mercado ibérico registou, entre 2009 e 2011, uma variação média anual de cerca de 2%.
No final de 2011, a área bruta arrendável situava-se nos 17,61 milhões de metros quadrados, mais 2,5% do que em 2010. Por países, o menor crescimento coube a Portugal, cuja área aumentou 1,8%, até atingir os 3,49 milhões de metros quadrados, enquanto em Espanha se registou um aumento de 2,6%, totalizando 14,12 milhões de metros quadrados.
Em Portugal, existe uma forte concentração da oferta nos distritos de Lisboa e Porto que, com 34 e 26 centros em 2011, respectivamente, reuniam neste mercado uma participação conjunta próxima dos 50% sobre a área total.
As previsões a curto prazo apontam para a continuação da tendência de crescimento moderado da oferta, prevendo-se para o ano de 2012 uma dezena de aberturas no conjunto do mercado ibérico, que se aproximará dos 700 centros no final do ano.
No que se refere à área bruta arrendável, calcula-se que no fecho de 2012 ronde os 17,9 milhões de metros quadrados para o mercado ibérico total, representando um crescimento relativamente a 2011 inferior a 2%.
A quebra da ocupação continuará a afectar, a curto prazo, os preços do arrendamento de espaços, reforçando também o poder de negociação dos clientes, o que permite antecipar uma redução das margens das empresas proprietárias.
Entre as oportunidades destaca-se o potencial de crescimento do negócio em locais ainda pouco saturados, como municípios de média dimensão e zonas periféricas das grandes cidades.
Apesar da recessão económica, a crescente externalização das actividades de armazenagem, manipulação e transporte de mercadorias por parte das empresas portuguesas favoreceu o crescimento do volume de negócios dos operadores logísticos.