Indústria alimentar pisca olho à Rússia
Compradores russos estiveram em Portugal durante quatro dias para provar os nossos vinhos, enchidos e azeites
Rita Gonçalves
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A fileira portuguesa de alimentação e bebidas “tem produtos excitantes” e pode ter na Rússia “um mercado muito atractivo, desde que as empresas invistam em promoção e a marca Portugal ganhe valor distintivo”.
A frase é de um dos compradores que integrou uma missão empresarial russa que nos últimos quatro dias esteve no Norte do País, a convite da AEP.
“O que vimos e pudemos experimentar deixou-nos encantados”, disse Svetlana Prikop, chefe de compras na cadeia de supermercados Land, baseada em São Petersburgo. “Provámos vinhos excelentes e o que vimos dá-nos garantias. Os produtos portugueses, e não apenas os vinhos, podem ter um futuro muito interessante na Rússia, mas é preciso que sejam reconhecidos, que haja divulgação da gastronomia portuguesa e promoção do que de bom vocês fazem. Sem isso, o consumidor russo continua sem conhecer e a associar Portugal, injustamente, a uma oferta de qualidade questionável”, acrescentou a profissional russa, especialista em vinhos.
Mais optimista, Elvira Badyanova, responsável das lojas de vinhos Veritas, acha que a nossa indústria agro-alimentar tem “produtos muito bons e excitantes” para o “gosto e estilo de vida” dos seus concidadãos que “podem pagar a diferença”. Portugal “tem um largo futuro” na Rússia do século XXI, “desde que saiba promover a qualidade do que faz”, explicitou.
Do programa dos visitantes russos constaram um encontro de negócios, que juntou representantes de mais de duas dezenas de empresas nacionais de vinhos e de produtos alimentares ‘gourmet’, visitas a quintas e unidades vitivinícolas, provas de vinhos e degustações de produtos característicos da cultura gastronómica portuguesa, como charcutaria, azeitonas, queijos, azeites e compotas.
A missão inversa de compradores e prescritores russos insere-se no projecto ECICII – Estrutura Empresarial Conjunta para o Impulso e a Captação de Investimento Internacional na Euro-Região Galiza-Norte de Portugal, dinamizado por uma rede colaborativa de que fazem parte a AEP, o Instituto Galego de Promoção Económica (agência pública de desenvolvimento da Galiza), a Associação Empresarial de Viana do Castelo, a Confederação Empresarial de Ourense e a Confederação de Empresários de Pontevedra.
“Deixamos uma boa impressão do nosso país e dos nossos vinhos, azeites e charcutaria, sobretudo, mas só em Outubro, aquando da próxima Portugal Market Week, em Moscovo e São Petersburgo, poderemos quantificar os negócios que se começaram a fazer aqui”, declarou a directora de internacionalização da AEP, Maria Helena Ramos, em jeito de balanço.