Retrato do consumo em 2013, segundo Paulo Caldeira (Kantar)
Paulo Caldeira, director de marketing da Kantar Worldpanel, faz um retrato do consumo em Portugal em 2013, por ocasião do I Encontro da Distribuição em Portugal – AESE, que teve lugar hoje em Lisboa
Rita Gonçalves
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Os portugueses estão cada vez mais profissionais a fazer compras.
Um total de “85% dos lares portugueses estão atentos às promoções (contra 65% em 2009), visitam numerosos sites de poupanças, como o “poupadinhos” ou o “queremos vales de desconto”, compram apenas o essencial, focados sobretudo em alimentação, e adquirem pouco de cada vez. Não compram o que não necessitam e procuram activamente os melhores preços e promoções, referiu Paulo Caldeira, director de marketing da Kantar Worldpanel”, por ocasião do I Encontro da Distribuição em Portugal – AESE, que teve lugar hoje em Lisboa.
“Survival Mode Shopper”. É assim que Paulo Caldeira designa este novo consumidor, que está efectivamente a reduzir o volume de compras de produtos de bens de consumo. Este novo consumidor que se começou a revelar apenas no final do ano passado, explica o director de marketing da Kantar Worldpanel.
Em 2009, os portugueses deram início a esta saga de procurar os melhores preços, “as marcas da distribuição cresceram mas não se registaram mudanças no perfil de compra”. No ano seguinte, começaram a privilegiar a “compra de alimentação para o lar, em detrimento do consumo no canal Horeca”. Em 2011, reduz o orçamento familiar para compras de grande consumo mas “não altera radicalmente o padrão de consumo”, mudança que se dá em 2012, com a procura activa de promoções, fuga aos produtos não essenciais e redução da cesta de compras.
Com 260 milhões de actos de compra por ano, o sector do grande consumo caiu 3,7% em volume no primeiro semestre do ano, apesar de a frequência de compra se ter mantido estável, revela Paulo Caldeira. Esta quebra, maior do que em Espanha (1,1%) e na Irlanda (1,5%), afectou 68% das categorias dos bens de grande consumo.
“Os portugueses compram actualmente de acordo com a melhor oferta em cada categoria – seja marcas da distribuição, primeiros preços ou marcas de fabricante”.
Os lácteos, o papel e a mercearia são as categorias mais afectadas pela quebra no consumo, enquanto, por outro lado, os frescos, congelados e produtos de beleza estão a crescer. Também as categorias que proporcionam “pequenos prazeres” estão a conquistar adeptos, como as sobremesas para fazer em casa.