Utilizadores de ‘Bitcoins’ aumentam 10 vezes em 2013
O número de utilizadores de ‘Bitcoins’ aumentou dez vezes em 2013, passando de 45.000 para 400.000
Rita Gonçalves
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O número de utilizadores de ‘Bitcoins’ aumentou dez vezes em 2013, passando de 45.000 para 400.000, segundo um relatório da Autoridade Bancária Europeia (EBA) que admite a necessidade de regulação para as moedas virtuais.
O relatório sobre tendências de consumo para 2014 coloca várias questões relacionadas com o mundo virtual, como o financiamento colectivo conhecido como ‘crowdfunding’ e os ‘sites’ de comparação de preços, além das ‘Bitcoins’.
As moedas virtuais são uma forma de dinheiro digital que não é emitido nem usufrui das garantias de nenhum banco central e que pode ser usado como meio de pagamento. Começaram por ser usadas nos jogos ‘online’ e nas redes sociais e evoluíram para meios de pagamento que podem ser aceites ‘offline’, ou seja, no mundo real.
“Cada vez mais comerciantes, tanto ‘online’ como na economia real, começaram a aceitar Bitcoins como um meio de pagamento que não está sujeito a taxas de câmbio e não envolve, geralmente, bancos nem comissões sobre as transações”, sublinha a EBA.
A autoridade bancária emitiu um aviso em Dezembro de 2013, alertando os consumidores para os riscos relacionados com as moedas virtuais, e admite que estas podem vir a precisar de regulação, prevendo a criação de um grupo de trabalho no primeiro semestre de 2014 para responder à questão.
Também o financiamento colectivo (‘crowdfunding’), cujo volume atingiu 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) em 2012, angariados através de mais de um milhão de campanhas (mais 81% do que o ano anterior), vai ser alvo das atenções da EBA.
O ‘crowdfunding’ é uma forma de financiamento alternativo que liga directamente os dadores/investidores aos promotores de um dado projecto, através de uma plataforma ‘online’.
O ‘crowdfunding’ pode revestir várias formas, incluindo doações, recompensas e pré-vendas, empréstimos ou investimentos e a EBA vai estudar igualmente a necessidade de um quadro regulatório, face aos riscos identificados.
“Para os participantes, tanto para quem pretende fundos como para os que contribuem, podem surgir vários riscos, incluindo as transferências de dinheiro e garantia de entrega dos fundos, seriedade das partes envolvidas e aspectos relacionados com lavagem de dinheiro, informação incompleta ou fraudulenta, condições contratuais abusivas ou enganadoras e falta de mecanismos de resolução de conflitos”.
Com Lusa