Aprender a retirar valor dos dados para o negócio
Como têm de se preparar as empresas para conseguirem retirar valor para o negócio dos inúmeros dados que a tecnologia coloca à sua disposição, segundo Frederico Santos da Sonae MC
Rita Gonçalves
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Como têm de se preparar as empresas para conseguirem retirar valor para o negócio dos inúmeros dados que têm à disposição?
Este foi o mote para a apresentação de Frederico Santos, Director de Parceiros de Negócio da Sonae MC, por ocasião do Congresso Finco 2014, promovido pelas empresas Sonae.
“Se procuro dados e analiso tendências já estou a acrescentar valor? Não. Neste processo estou apenas a transformar dados em informação. É preciso aplicar o contexto, os valores e a experiência para definir acções concretas. E isto não é nada óbvio numa organização, porque não há um fio condutor que leve de uma ponta à outra. Se é verdade que a maior parte das empresas com história estão motivadas para retirar valor do Big Data (termo utilizado para descrever o exponencial crescimento e disponibilidade dos dados) a transformação da informação em valor para o negócio ainda não é ‘business as usual’, ainda não faz parte do ADN das empresas. A maior parte ainda está no primeiro estádio deste processo”.
Qual, então, o primeiro passo? Construir uma solução. “Podemos ser tentados a comprar uma solução de analítica se acreditarmos que é uma vantagem competitiva. Mas, se nós podemos comprar também os outros podem e limitamo-nos a ter uma abordagem equivalente à dos concorrentes”. Como é que esta filosofia entra no ADN dos negócios? “Tem de entrar no dia-a-dia, nos postos altos e baixos, exige mudanças de processos e uma vontade de reforçar esse caminho”.
Até que ponto o Big Data muda a forma como pensamos a estratégia do negócio? “Muda a forma como nós pensamos sobre o que é possível fazer numa empresa”, acredita o Director de Parceiros de Negócio da Sonae MC. “Permite democratizar a capacidade e o volume de processamento de dados em segundos, minutos ou em tempo real. Além disso, os dados deixam de ser estáticos para passarem a ter um tempo de vida. Isto possibilita a captura dos dados logo quando nascem e actuar em tempo real. O Big Data permite ainda trabalhar dados provenientes de diferentes fontes e dispositivos, o que traz diferenciação aos negócios”.
Principais desafios
Quais são, então, os principais desafios da adopção do Big Data? “Estamos limitados à nossa capacidade de pensar além do que estamos a fazer. É preciso encontrar formas de nos colocarmos fora da caixa”, aconselha Frederico Santos. Este passo é essencial para o sucesso da iniciativa. “Há muitas empresas que investiram em Big Data durante seis meses e não conseguiram retirar valor para o negócio”.
Em segundo lugar, “é preciso ter acesso aos dados, ter os dados disponíveis a qualquer momento e poder usá-los”. E depois, as competências. “Tem de ser um perfil capaz de juntar a capacidade analítica e ferramentas inovadoras e de diferenciar a componente técnica da comercial. Não é fácil encontrar no mercado a pessoas certa para este perfil”.
A fragmentação do mercado dos fornecedores da tecnologia é mais um desafio. “É normal que assim seja porque estamos a dar os primeiros passos. Começam a surgir comunidades abertas que dão suporte a estas ferramentas”. O Director de Parceiros de Negócio da Sonae MC deixa mais dois conselhos: um modelo centralizado de partilha de informação é o caminho a seguir nesta primeira fase e antes de iniciar a implementação do Big Data as empresas devem saber de antemão o que têm de fazer para dali retirar valor para o negócio.