Retalho nacional volta a crescer, após três trimestres no vermelho
As vendas acumuladas do retalho alimentar e não alimentar em Portugal alcançaram os 4.241 milhões de euros no segundo trimestre de 2015, mais 1% face a igual período do ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas da APED
![Rita Gonçalves](https://backoffice.hipersuper.pt/app/uploads/2024/06/silhueta-120x120.jpg)
Rita Gonçalves
Reserva Vinhas Velhas da Casa das Gaeiras premiado no Concurso Vinhos de Lisboa
AICEP lança manuais de e-commerce para apoiar empresas
Sonasol renova parceria com a Associação Just a Change
Go Chill lança novo sabor de bebida
Carlsberg com nova campanha
Vinho da Póvoa de Lanhoso premiado em concursos internacionais
Brother Iberia atinge recorde histórico com 87,5 milhões de euros de volume de negócios
Fenalac defende simplificação e mais transparência nas medidas do PEPAC
Edenred planta mais de 1500 árvores com ação no Rock in Rio Lisboa
Activia lança novo Kefir de sabor a Manga
Após três trimestres consecutivos na linha vermelha, o retalho em Portugal mostra sinais de recuperação.
As vendas acumuladas do retalho alimentar e não alimentar alcançaram os 4.241 milhões de euros no segundo trimestre de 2015, mais 1% face a igual período do ano anterior, segundo o Barómetro de Vendas da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição).
São as vendas de bens de grande consumo – super, hipermercados e estabelecimentos de comércio tradicional – que mais contribuem para o desempenho do setor, e registam uma evolução de 2% para os 2.521 milhões de euros.
“O mercado alimentar está a aproximar-se dos níveis de consumo antes da crise, neste caso a partir de 2012, porque até ao final de 2011 o setor estava dinâmico, a expandir a atividade com abertura de novas lojas e com as vendas em crescimento”, sublinha Ana Isabel Trigo Morais, Diretora Geral da APED. “A atitude do consumidor português em relação ao consumo de bens não duradouros é mais otimista”.
Talvez por isso, o retalho não alimentar não acompanhou a evolução. As vendas dos retalhistas especializados caíram 0,6% para 1.720 milhões de euros. “A performance dos combustíveis influenciou muito as vendas do retalho não alimentar”, já que representa quase metade da categoria. O setor “acompanha a tendência generalizada de diminuição do preço dos combustíveis” em Portugal, explica a responsável da APED.
O que esperar, então, até ao final de 2015, em ano de eleições? “A tendência para os lares aumentarem o consumo deverá continuar, mas o calendário até ao final do ano traz muita incerteza. Se olharmos para o histórico de 2014, o ano começou a correr muito bem mas o terceiro e quarto trimestres foram períodos muito difíceis, com o consumo a cair. O consumidor é muito sensível à conjuntura política e económica e, se entender, trava rapidamente o consumo”, lembra.
“É expectável que o período eleitoral influencie o comportamento das famílias, que já mostraram reagir muito rapidamente às mudanças de conjuntura política e económica, e que o consumo arrefeça”.
Apesar disso, os retalhistas estão otimistas com a campanha de regresso às aulas, que já começou, e com o Natal, tradicionalmente épocas de aumento de vendas.