Portugueses têm mais animais de estimação que crianças
Tal como em muitos outros países, Portugal regista já mais cães e/ou gatos nos núcleos familiares do que crianças. O número de lares portugueses com animal de estimação situa-se atualmente nos 54%, um crescimento de 9% em quatro anos
Ana Catarina Monteiro
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Tal como em muitos outros países, Portugal já regista mais cães ou gatos nos núcleos familiares do que crianças. O número de lares portugueses com animal de estimação situa-se atualmente nos 54%, um crescimento de 9% em quatro anos.
Cerca de dois milhões de lares portugueses possuem, pelo menos, um animal de estimação, revela o estudo GfK Track.2Pets, que dá conta de um evidente crescimento nos últimos quatro anos, a partir dos 45%. Segundo a consultora GfK, a tendência deve-se sobretudo às alterações dos núcleos familiares nestes últimos anos.
Portugal posiciona-se no décimo segundo lugar do ranking de países europeus com mais animais de estimação, liderado pela Rússia, França, Itália, Alemanha e Reino Unido. A nível mundial, os EUA surgem como o país mais “pet-friendly”, já que têm a maior penetração de animais de estimação com 65% dos lares a possuir, pelo menos, um.
No total, estima que existam cerca de 6,7 milhões de animais de estimação em Portugal, com os cães a surgirem em maioria, seguidos dos gatos. Entre os restantes animais de estimação preferidos dos portugueses estão os pássaros, que acompanham 9% das famílias e, por último, os peixes estão em 4% das casas “pet-friendly”.
Os portugueses estão cada vez mais preocupados com a saúde dos animais e coma qualidade dos alimentos que lhes dão. Cada vez mais se leva o “amigo de quatro patas” ao veterinário sobretudo para vacinação (91% no caso dos cães e 72% nos gatos), mas também para desparasitação interna/externa. Na alimentação, cada vez menos famílias dão os restos de comida aos animais (-32% nos cães e 40% nos gatos, face a 2011) e privilegiam mais a alimentação seca (76% nos cães e 69% nos gatos). Em ambos, a comida é escolhida de acordo com a preferência/gosto do animal. Assim sendo, é na alimentação que os “donos” mais dinheiro gastam (60% nos cães e 61% nos gatos).
38% das casas portuguesas com animais de estimação têm um cão, que apesar serem sobretudo oferecidos (56%), 15% são adotados, o que sugere uma evolução de adoções, face aos 3% apurados em 2011. A crescer está também o número de estes animais que vivem dentro de casa (53%).
Entre os cães domesticados, praticamente metade (48%) são de raça, sendo que as preferências vão para Caniche, Retriever de Labrador, Pincher, Pastor Alemão e Podengo Português.
Os gatos, segundo animal preferido pelas famílias portuguesas, são acolhidos por 20% dos lares. A maioria, 28% são de raça e no “top 5” encontra-se Siamês, Europeu Comum, Persa, Azul Inglês de pelo curto e Azul da Rússia. Observa-se um crescimento muito acentuado de gatos adotados (25% face a 3% em 2011) e, tal como acontece com os cães, estes animais vivem, maioritariamente, dentro de casa (64%).
O estudo identifica que a grande maioria das famílias os considera como membros e parte essencial das suas vidas e destaca uma outra tendência. “O tratamento mais humanizado com os cães e gatos leva ao estabelecimento de uma ligação muito mais emocional e afetiva do que funcional”. As famílias estão hoje conscientes de que os animais de estimação contribuem para o bem-estar físico e psicológico dos “donos”, refere a consultora.
No que respeita aos cuidados com os cães e gatos, em ambos os casos, os “donos” apresentam como principais fatores de preocupação, a saúde e a alimentação. Não obstante, consideram também a higiene e o conforto.