Os alimentos frescos no retalho: furto e desafios, por David Pérez del Pino (Checkpoint)
Os alimentos frescos são um dos departamentos em que a perda desconhecida é recorrente, independentemente do retalhista e do país
Rita Gonçalves
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Por David Pérez del Pino, diretor geral da Checkpoint Systems em Portugal e Espanha
O setor do retalho alimentar tem assistido, nos últimos anos, a um incremento nas perdas desconhecidas, em parte derivadas das necessidades cada vez mais flagrantes dos clientes, ao mesmo tempo que se enfrenta uma competitividade maior, onde a capacidade de apresentar produtos diferenciados e de maior qualidade poderão constituir a diferenciação do sucesso da cadeia.
Em regra, o cliente procura sempre uma experiência de compra o mais satisfatória possível e, no que aos produtos frescos diz respeito, a qualidade dos produtos é primordial para a escolha e posterior compra. De um modo geral, os corredores dos setores frescos do comércio são os que mais espaço apresentam, permitindo ao cliente circular e escolher de forma bastante autónoma, o que contribui para uma clara experiência de consumo satisfatória.
Contudo, até esta secção é alvo de furto interno e externo, aliás, é um dos departamentos em que esta incidência é recorrente, independentemente do retalhista e do país, sendo crucial que os retalhistas consigam suplantar este fenómeno, ao mesmo tempo que mantêm e melhoram a experiência de compra, tornando-se mais competitivos.
Assim, e de forma genérica, existem cinco passos essenciais para a preservação dos alimentos e uma boa experiência de compra. Começando, claro, pelo staff – é fundamental que este seja suficiente para dar resposta às necessidades dos clientes, ao mesmo tempo que mantêm os corredores em condições perfeitas de compra.
Por outro lado, a disponibilidade em prateleira tem que ser o mais adequada possível – sendo alimentos altamente perecíveis é importante que a qualidade dos mesmos seja a melhor, ao mesmo tempo que as quantidades em stock não sejam desproporcionadas de forma que se estraguem e constituam perdas ao retalhista. Este é um fator que está também associado à segurança alimentar dos produtos – um condicionamento adequado a cada produto é essencial ao sucesso de vendas. Uma situação que influencia, como é expectável, a frescura dos alimentos – essencial nestas secções.
Por fim, e de forma a melhor combater a perda por furto, estes são alimentos onde poderão existir maiores descuidos em termos de etiquetagem, mas existem já no mercado etiquetas adequadas que podem estar em contacto com os alimentos sem os deteriorar e/ou contaminar, ao mesmo tempo que se mantêm ativos, assim como é importante que o retalhista tenha noção dos SKU que tem no mercado, possibilitando assim uma mais apertada ação antifurto.
Com a crescente preocupação com a alimentação que se tem observado em termos mundiais, é de esperar que a procura por alimentos frescos e não processados aumente no setor alimentar de retalho, o que pode incrementar as vendas, mas que sofre cada vez mais da necessidade de uma experiência de compra melhorada e exigente por parte dos clientes.
Uma compra de qualidade é o que os consumidores procura, a prevenção de perdas é a preocupação dos retalhistas, sendo essencial encontrar as medidas que melhor se adequem às duas realidades.