Portugueses mais sensíveis a programas de fidelização que média europeia
A consultora Deloitte comparou as intenções de compra dos portugueses para o Natal, revelando que estão a pesquisar mais online sobre os produtos e que o fator preço se mantém como a variável “crítica” na decisão de compra, apesar de ter perdido peso. A maioria dá importância média/alta aos programas de fidelização, enquanto para os europeus têm pouca relevância
Ana Catarina Monteiro
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Este ano, os portugueses estão a pesquisar mais online sobre os produtos que pretendem comprar para o Natal. O fator preço mantém-se como a variável importante na decisão de compra, apesar de ter perdido peso.
O dinheiro volta a ser o presente mais desejado este Natal pela maioria dos portugueses (57%), no entanto só 16% afirma que irá oferecer esta categoria de presente.
Os livros lideram as intenções de compra dos consumidores nacionais (4%). Seguem-se roupa/calçado (39%) e chocolates (31%). O que contraria o desejo revelado pela maioria, que passa por receber dinheiro na quadra natalícia. Segundo a consultora, esta dinâmica verifica-se também em relação à media dos europeus.
“Existe, em média, na Europa um aumento da discrepância entre as intenções de compra e as expectativas de presentes. Um número significativo de europeus passou a ter este ano como principal expetativa de presente dinheiro ao invés de livros, resultando num desalinhamento com as intenções de compra, maioritariamente entre livros e chocolates”, esclarece Nuno Netto, Associate Partner da Deloitte.
Fator preço perde importância na decisão de compra
30% dos consumidores refere recorrer este ano mais ao online para procurar opiniões e sugestões. 41% pesquisa online para encontrar os melhores preços e 64% para evitar as compras por impulso, um decréscimo de 15 pontos percentuais face a 20014.
“Apesar do fator preço se manter de forma destacada como a variável crítica no processo de decisão de compra, com 51%, este valor diminuiu face aos 75% de 2014”, destaca Nuno Netto.
Cerca de 26% dos portugueses considera que entre 26% a 50% dos seus gastos finais são influenciados por promoções, uma percentagem superior à dos europeus. Apenas 4% dos consumidores mencionam que as promoções não têm qualquer impacto nas suas decisões de compra este Natal.
A primeira quinzena de dezembro é a altura escolhida pelos portugueses (35%) para fazerem as compras desta época, embora uma grande parte (24%) prefira deixar estas tarefas para a última semana antes do Natal – de 16 a 24 de dezembro.
Portugueses mais sensíveis a programas de fidelização que europeus
Os portugueses estão igualmente mais sensíveis aos programas de fidelização das marcas, com 52% dos inquiridos a revelar que este tipo de programas tem uma importância média/alta no seu processo de decisão.
Por sua vez, para os europeus estes programas têm uma importância média ou baixa. O que realmente influencia a decisão final de compra depende da natureza do que lhes é oferecido com esse ato (montante total, dinheiro ou coupons, entre outros).
A maior consciencialização para temas relacionados com a sustentabilidade acaba por influenciar também a decisão de compra. Os consumidores estão em 2015 mais disponíveis para comprar produtos ecológicos e sustentáveis. Ainda assim, o fator com maior influência continua a ser a informação disponibilizada nas embalagens.
Diferenças significativas entre homens e mulheres
No que diz respeito ao ‘top 10’ de preferências entre homens e mulheres, enquanto eles privilegiam tecnologia (smartphones, laptops e tablets), as mulheres preferem produtos de moda (calçado, cosméticos e joalharia). Existe igualmente uma divisão nas expetativas de presentes entre grupos etários, com os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, e adultos, dos 25 aos 44, a preferirem dinheiro, por contraste com os mais seniores (entre os 44 e os 64 anos) que pretendem livros. Para as crianças, os portugueses preferem oferecer brinquedos educativos (70%) e inovadores (10%).