Walmart investe 2 000 milhões de dólares para potenciar compras online
A Walmart, maior cadeia de hipermercados a nível mundial, acumula uma queda de 30% em bolsa nos últimos 12 meses. Por outro lado, a Amazon é a que mais tem crescido na bolsa de Wall Street
Ana Catarina Monteiro
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A Walmart, maior cadeia de hipermercados a nível mundial, acumula uma queda de 30% em bolsa nos últimos 12 meses. Por outro lado, a Amazon é a que mais tem crescido na bolsa de Wall Street.
A gigante norte-americana está a ter problemas na adaptação do seu negócio ao comércio eletrónico, dá conta o El País. A retalhista assiste à desvalorização no mercado altamente concorrido dos Estados Unidos, onde a Amazon é o “gigante na sala”.
A Walmart “é quatro vezes maior que a Amazon em faturação” mas em termos de capitalização as posições invertem-se. A cadeia de lojas está avaliada em 190 mil milhões de dólares enquanto a gigante do comércio eletrónico vale 320 mil milhões.
A retalhista física detém uma plataforma online desde 1999 mas a administração sempre teve como prioridade a abertura de grandes superfícies, até agora. O grupo vai investir 2 000 milhões de dólares nos próximos dois anos para potenciar as compras online, que representam apenas 3% do lucro operacional.
Os espaços da multinacional são visitados por 260 milhões de clientes por semana e geram vendas de 1 300 milhões de dólares, na moeda norte-americana, diariamente. Nos primeiros nove meses, a cadeia de lojas conquistou um total de 354 100 milhões de dólares em vendas.
Dada a sua dimensão, a rede de lojas tem apostado numa estratégia agressiva na negociação de preços dos produtos, apresentando o fator preço como a melhor proposta de valor para os consumidores. Mas a tática não tem resultado desde o advento das compras online e corre o risco de levar a perdas nas receitas.
Em média, os clientes da cadeia têm um rendimento 25% inferior ao dos 41 milhões dos assinantes do serviço ‘prime’ da Amazon, que são também mais jovens que os da cadeia. Um dos objetivos da Walmart passa por atrair consumidores com mais capacidades financeiras.
Para fazer frente ao decréscimo que tem assitido, a cadeia de hipers e supermercados – divisão que gera 55% das receitas – tem apostado na modernização dos espaços para segurar a preferência dos clientes. No entanto, pouco mais de uma centena dos 4 600 pontos de venda detidos nos Estados Unidos foram renovados até ao momento.
Além da alteração dos espaços, a estratégia da maior rede de lojas do mundo passa por introduzir mais produtos frescos e apoiar os produtores locais e na introdução de inovações como o seu próprio sistema de pagamentos eletrónicos, lançado durante a temporada de compras de Natal.
A retalhista pode agora tirar proveito da dimensão do parque de lojas e dos facto de estarem, em média, a uns oito quilómetros de 75% dos núcleos de população dos EUA para impulsionar o negócio e crescer no canal online.