Bayer quer comprar Monsanto por €55 mil milhões. “Valor está 37% acima do preço das ações”
“A aquisição da Monsanto seria uma oportunidade atraente para criar uma empresa líder na agricultura global ao, simultaneamente, reforçar a Bayer como empresa de ciências da vida que ocupa uma posição mais aprofundada num setor de crescimento de longo prazo”, lê-se no comunicado enviado à imprensa. O valor oferecido pela empresa situa-se “37% acima do preço do fecho das ações da Monsanto (9 de maio de 2016), de 89,03 dólares”
Ana Catarina Monteiro
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A fabricante alemã ligada à química e farmacêuticas Bayer confirmou esta semana a proposta de aquisição da Monsanto Company, multinacional norte-americana de agricultura e biotecnologia, líder no fornecimento de sementes geneticamente modificadas.
A Bayer fez uma oferta para adquirir “todas as ações ordinárias emitidas e em circulação da Monsanto Company por 122 dólares cada, em dinheiro”, ou por um “valor agregado de 62 mil milhões de dólares” [cerca de 55 mil milhões de euros], por meio de uma combinação de dívida e capital. “A proposta foi entregue por escrito a 10 de maio de 2016”, esclareceu esta semana a multinacional de produtos farmacêuticos, depois das especulações do mercado e das “questões dos stakeholders” quanto à proposta de fusão.
“A aquisição da Monsanto seria uma oportunidade atraente para criar uma empresa líder na agricultura global ao, simultaneamente, reforçar a Bayer como empresa de ciências da vida que ocupa uma posição mais aprofundada num setor de crescimento de longo prazo”, lê-se no comunicado enviado à imprensa. O valor oferecido pela empresa situa-se “37% acima do preço do fecho das ações da Monsanto (9 de maio de 2016), de 89,03 dólares”.
A operação reuniria as plataformas líderes de ‘Seeds & Traits’, Proteção de Cultivos, Biológicos e de Agricultura Digital. A multinacional alemã está interessada sobretudo na “liderança da Monsanto em ‘Seeds & Traits’”, para complementar a sua “linha de produtos de Proteção de Cultivos”.
“A Bayer está comprometida em capacitar os agricultores a produzirem alimentos saudáveis, seguros e acessíveis de forma sustentável e em quantidades suficientes para alimentar a crescente população mundial”, explica Liam Condon, membro do Conselho de Administração da Bayer AG e chefe da Divisão Crop Science. “Confrontados com o complexo desafio de operar num mundo onde há recursos limitados e onde a volatilidade do clima está a aumentar, há uma clara necessidade de produzirmos soluções mais inovadoras que promovam a próxima geração da agricultura”.
A fusão representaria ainda uma expansão geográfica da empresa de farmacêutica no “continente americano, na Europa e na região de Ásia/Pacífico”. Além disso, com a operação os acionista da Bayer devem obter um acréscimo de EPS (Ernings Per Share – ganhos por ação) central de “cerca de 5% no primeiro ano e uma percentagem de dois dígitos após esse período”. A empresa acredita que a aquisição irá trazer contribuições aos rendimentos anuais de aproximadamente 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,3 mil milhões de euros) após o terceiro ano, a que se juntam outros benefícios posteriormente.
Os bancos de financiamento BofA Merrill Lynch e Credit Suisse estão a atuar como os principais consultores financeiros da interessada, apoiando o financiamento da transação.
A empresa alemã está confiante na fusão mas a Monsanto ainda não deu uma resposta definitiva à proposta.