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Ferrero defende utilização de óleo de palma depois de alerta para risco de cancro
A produtora italiana Ferrero veio a público defender o óleo de palma utilizado na confeção do creme Nutella, depois de empresas de retalho e produção alimentar em Itália boicotarem o ingrediente
Ana Catarina Monteiro
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A produtora italiana Ferrero veio a público defender o óleo de palma utilizado na confeção do creme Nutella, depois de empresas de retalho e produção alimentar em Itália boicotarem o ingrediente.
A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (European Food Safety Authority, EFSA) alertou os consumidores em maio do ano passado para o consumo do óleo de palma, indicando que o ingrediente utilizado em muitos produtos de grande consumo (como a Nuttela) tem maior potencial para gerar contaminantes cancerígenas, face a outros óleos vegetais, quando refinado a temperaturas acima dos 200 graus Celsius.
Depois de a Autoridade apresentar o estudo, a cadeia italiana de supermercados Coop boicotou o óleo de palma nos seus produtos de marca própria, enquanto “medida de precaução”. De igual forma, a produtora de produtos de padaria Barilla, do mesmo país, eliminou o ingrediente dos seus produtos e adicionou a indicação “sem óleo de palma” nos seus artigos.
Por sua vez, a indústria de óleo palma, fornecedora de grandes empresas de grande consumo, avaliada em 41 mil milhões de euros, foi defendida pela também italiana Ferrero. A produtora de chocolates lançou uma campanha de publicidade para defender a utilização do ingrediente na confeção do creme de chocolate e avelãs Nutella, o qual pesa cerca de um quinto das suas vendas. De acordo com Vincenzo Tapella, diretor de compras da empresa, em declarações à agência Reuters, “a substituição deste por outros óleos vegetais, como o óleo de girassol, alteraria o carácter do creme, o que representaria um passo atrás”.
O óleo de palma é o mais barato dos óleos vegetais e a Ferrero utiliza cerca de 184 mil toneladas deste ingrediente por ano. A substituição por outras alternativas aumentaria as despesas anuais da empresa em entre 7,5 milhões e 20 milhões de euros, aproximadamente, de acordo com as contas da agência.
A empresa garante que o óleo de palma é refinado a uma temperatura inferior aos 200 graus Celsius, o que faz diminuir os níveis de risco. Na sua página, a multinacional explica que o óleo de palma é essencial para conferir a “cremosidade e a textura do creme Nutella. Isto sem recorrer ao processo de hidrogenação – o que é realmente importante, uma vez que este processo produz gorduras trans que foram reconhecidas pelas autoridades e pelo mundo científico como particularmente nocivas para a saúde”.