Restauração absorve metade dos espaços de retalho inaugurados no 1º semestre
Abriram 153 novos espaços de retalho em Portugal no primeiro semestre. Destes, praticamente metade (49%) diz respeito ao setor de restauração
Ana Catarina Monteiro
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Abriram 153 novos espaços de retalho em Portugal no primeiro semestre. Destes, praticamente metade (49%) diz respeito ao setor de restauração, destacando-se também o segmento de moda e acessórios com 29% do total, de acordo com os dados da consultora imobiliária Worx (ver gráfico abaixo).
O comércio de rua voltou a registar nos primeiros seis meses do ano “níveis de procura muito elevados e particularmente direcionados para a restauração”. Com a procura a pressionar os valores praticados, o comércio de rua em Lisboa volta a registar um aumento, fixando-se atualmente nos 120 euros por metro quadrado. Já na cidade do Porto, o preço mantém-se nos 50 euros por metro quadrado.
A lista de localizações preferenciais continua também a ser liderada pelas zonas da Avenida da Liberdade, Chiado, Cais do Sodré, Campo de Ourique e Príncipe Real, em Lisboa, privilegiadas sobretudo para a introdução de novos conceitos. A Avenida da Liberdade, por exemplo, recebeu como novos conceitos o restaurante JNCQuoi, instalado no Edifício Teatro Tivoli, e a Cervejaria Liberdade, no nº 185.
Segundo o departamento de Research & Consulting da Worx, “uma das grandes tendências é a aposta que tem sido feita na abertura de novos restaurantes localizados em unidades hoteleiras. O conceito de ir almoçar ou jantar a um hotel, sem estar hospedado, começa a assumir-se cada vez mais como uma opção para alguns consumidores, sendo espaços inovadores que atraem uma massa de clientes com maior poder de compra, empresários e turistas. Assim, a restauração continuará a dominar a tabela de aberturas com marcas que tentam trazer algo de novo”.
Não obstante, a freguesia das Avenidas Novas, na zona central de Lisboa, começa a receber a atenção dos novos negócios de retalho, após as obras de requalificação concluídas no início deste ano e que abrangeram a Avenida da República, Praça do Saldanha, Praça de Picoas e Avenida Fontes Pereira de Melo. A intervenção veio “contribuir para o incentivo a um maior tráfego pedonal, uma maior vivência da cidade, trazendo mais pessoas à rua através de vias de circulação mais amplas e convidativas”, explica a consultora.
Mercado de centros comerciais recebe investimento de 390 milhões de euros
No total, foram transacionados quatro centros comerciais no País entre janeiro e junho. São eles o Albufeira Retail Park, o Fórum Coimbra e Fórum Viseu, o Portimão Retail Center e o Vila do Conde Style Outlet, que representaram um volume total de 390 milhões de euros.
A Ikea Centers Portugal pretende concluir na segunda metade do ano o projeto que abrange um centro comercial Marshopping e um “designer outlet”, junto da primeira loja algarvia da marca sueca de decoração e mobiliário, que inaugurou em Loulé no primeiro semestre. No total, o complexo comercial representa um investimento de 200 milhões de euros.
Espera-se também no segundo semestre a abertura do Évora Shopping. Somando este aos ativos que a Ikea prevê abrir, o mercado nacional de centros comerciais alargará em 90 mil metros quadrados de ABL (Area Bruta Locável).