Filipe Amaro, administrador do grupo Lanidor
Lanidor abre 10 lojas em Portugal até final do ano
A queda de vendas em Portugal, impulsionada pela crise financeira, levou o grupo Lanidor a apostar no crescimento além-fronteiras. Agora que saiu do vermelho, volta a apontar baterias ao mercado nacional, onde já completou 50% do investimento de 1,8 milhões de euros para aumentar a produção
Ana Catarina Monteiro
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A queda de vendas em Portugal, impulsionada pela crise financeira, levou o grupo Lanidor a apostar no crescimento além-fronteiras. Agora que saiu do vermelho, volta a apontar baterias ao mercado nacional, onde já completou 50% do investimento de 1,8 milhões de euros para aumentar a produção.
A recessão económica acarretou uma profunda reestruturação do negócio do grupo têxtil português Lanidor. Assistindo a uma quebra de “cerca de 40%” em vendas entre 2011 e 2013, a empresa sediada em Valongo do Vouga viu-se obrigada a ajustar a capacidade de produção para manter a sustentabilidade do negócio. Neste cenário, a retalhista de moda, dona das insígnias Lanidor, Companhia do Campo, Globe e Pablo Fuster, encerrou 38 lojas e despediu 200 trabalhadores entre “2011 e finais do primeiro semestre de 2016”, dá conta em entrevista ao HIPERSUPER o administrador, Filipe Amaro.
Para trocar as voltas à crise, a empresa apostou na internacionalização, através de franquias e lojas multimarca, tendo quase duplicado o número de países onde opera face a 2012. Hoje, a Lanidor está presente em 12 mercados, além do português, nomeadamente, Espanha, Roménia, Chipre, Qatar, Cazaquistão, Angola, Bélgica, Irlanda, Rússia e, mais recentemente, Equador, Egito e Líbano. Atrasada está a chegada à Arábia Saudita, apontada para o último ano, “por questões administrativas relativas ao parceiro que opera as lojas no Qatar, o qual irá explorar as lojas” também naquele mercado.
“Pretendemos continuar a expandir além-fronteiras com o sistema atual de franchising, assim como potenciar o desenvolvimento através de lojas multimarca no centro da Europa”, estipula o responsável. A aposta em lojas multimarca está patente, para já, na Holanda e na Bélgica. “São países muito maduros neste setor de retalho e achámos, à semelhança de outras grandes marcas, que este era a melhor opção para estarmos presentes nestes mercados”.
Vendas de 48 milhões previstas para 2017
Atualmente, o grupo opera a nível global 249 pontos de venda, dos quais 33 são multimarca, e a faturação voltou a crescer. Ao que ajudou o comércio eletrónico que, em uma década (a empresa vende online desde 2006), passou a representar 7,3% do negócio. “Tem crescido ao longo destes dez anos entre 17% a 22% ao ano”, sublinha, por sua vez, Paulo Pereira, diretor Informático do grupo.
Em 2016, o volume de negócios subiu 3,5% em termos homólogos, ascendendo aos 45,2 milhões de euros, fora as vendas da Quebramar, negócio no qual a empresa investiu em 2011 para adquirir uma participação de 31%. Este ano, a retalhista espera chegar aos 48 milhões de euros em vendas.
Portugal absorve 82% das vendas
Não obstante a crescente pegada internacional, o mercado português continua a ser o mais importante para o negócio, representando “cerca de 82% das vendas”. Por cá, a empresa opera neste momento 188 lojas e até final do ano serão acrescentados “dez novos espaços” ao parque nacional de lojas, sendo que quatro correspondem à insígnia Lanidor Woman – a mais importante para o grupo, absorvendo 60% das vendas globais -, duas Lanidor Kids, três Quebramar e uma Globe.
Além da expansão da cadeia de lojas, a empresa não descarta a via de crescimento através de novos negócios. Em cima da mesa, chegou a estar a possibilidade de compra da Throttleman, o que até hoje não aconteceu. “É uma possibilidade”, revela Filipe Amaro.
Investimento de 1,8 milhões para aumentar produção
Para fazer face ao aumento das vendas, nacional e internacionalmente, a empresa leva a cabo desde o final de 2016 um investimento de 1,8 milhões de euros na sua fábrica de malhas em Valongo do Vouga, com vista a aumentar em 40% a capacidade de produção para as 180 mil peças por ano. “Cerca de 50% da ampliação prevista já está realizada e essa parte já se encontra a produzir”.
O público-alvo do grupo que realiza “metade” da sua produção em Portugal são “maioritariamente mulheres, entre 30 e 45 anos, e com poder aquisitivo de nível médio”. Massimo Dutti, Zara, Mango (Woman), Zara, Zippy, H&M (Criança) são os principais concorrentes do Grupo Lanidor.