Do problema à solução: a gestão logística na Sonae MC
A equipa de logística da divisão de retalho alimentar do grupo Sonae assumiu a meta de obter ganhos de produtividade na ordem dos 10%, em cada ano de atividade. O administrador da área esteve no 20º congresso da APLOG para explicar como
![Ana Catarina Monteiro](https://backoffice.hipersuper.pt/app/uploads/2024/06/silhueta-120x120.jpg)
Ana Catarina Monteiro
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A equipa de logística da divisão de retalho alimentar do grupo Sonae assumiu a meta de obter ganhos de produtividade na ordem dos 10%, em cada ano de atividade. O administrador da área esteve no 20º congresso da APLOG para explicar como
![João Günther Amaral, administrador logística Sonae MC](https://backoffice.hipersuper.pt/app/uploads/2017/11/joao-amaral-150x150.jpg)
João Günther Amaral, administrador logística Sonae MC
João Günther Amaral, administrador da área de logística da Sonae MC, subiu ao palco do 20º congresso anual da APLOG (Associação Portuguesa de Logística) para explicar como, em três anos, a dona do Continente reduziu em “15% os custos variáveis da sua operação logística”, através de um processo de melhoria contínua que começa na sala “Obeya”, onde a equipa de logística do grupo da Maia se junta quinzenalmente para avaliar a sua atuação. Uma estratégia que, não obstante a poupança de custos, agravou em “18% a dificuldade de gestão das operações” durante os mesmos três anos.
Entre as melhorias efetuadas está a “otimização do aprovisionamento da mercadoria” que percorre o oceano para abastecer as lojas dos Açores e Madeira. A mudança permitiu à retalhista obter uma poupança de “dois milhões de euros” nos custos anuais, destaca o responsável da Sonae MC, discursando sobre “Eficiência e Agilidade no Retalho Alimentar” na primeira sessão plenária do congresso realizado no Meeting Center da PT, em Lisboa, nos dias 25 e 26 de outubro.
Para reduzir as demoras detetadas nos processos de “despicking”, a equipa de logística decidiu reorganizar os centros de distribuição instalados na Maia e na Azambuja, cuja “maior eficiência logística” levou a que, hoje, o tempo que decorre entre o descarregamento dos produtos que chegam às lojas da Sonae e a colocação nas prateleiras seja “65%” menor, continua o responsável.
A Sonae investe “cerca de nove milhões de euros por ano na melhoria das operações logísticas” e, com este modelo de atuação, o grupo liderado por Paulo Azevedo tem como meta obter “ganhos de produtividade anuais na ordem dos 10% em termos de custos variáveis”.
As lojas Continente, incluindo o formato de supermercados Bom Dia, são o “negócio prioritário no sentido de inovação e melhoria dos processos” para a Sonae MC, que detém também as insígnias Meu Super, Go Natural, ZU!, Note!, Make Note, Bagga, Bom Bocado e Well’s. Uma estrutura suportada por centros de armazenamento e de processamento de produtos, a qual abastece, além do mercado nacional, os “mais de 40 países” para os quais o grupo exporta.
O responsável sublinha que o mercado de retalho em Portugal exige “cada vez mais eficiência”, não só pela anunciada entrada da espanhola Mercadona no País, em 2019, mas também pelo “crescimento dos formatos ‘discounters’ Lidl e Aldi, que pressiona as margens” dos concorrentes. João Amaral garantiu que, ainda assim, a Sonae “vai continuar a lançar” novos formatos de retalho. “Temos novidades na calha”, aponta, sem revelar quais.
Governo prevê redução de 30% de custos de transporte até à fronteira
É para “melhorar a atividade das empresas, fomentar as exportações e a economia do País”, que o Governo português prevê reduzir em “30% os custos de transporte de mercadorias até à fronteira”, com um investimento superior a “dois mil milhões de euros” previsto no Plano Ferrovia 2020, destaca Guilherme d’Oliveira Martins, secretário de Estado das Infraestruturas, que teve as honras de abertura do 20º congresso da APLOG.
O plano de ampliação e requalificação da rede ferroviária do País foi lançado em fevereiro de 2016 enquanto uma das prioridades do atual Ministério do Planeamento e das Infraestruturas para a competitividade empresarial. Prevê intervenções em “40% da rede ferroviária nacional”, envolvendo, “entre a construção de novas linhas e requalificação de vias-férreas existentes, 1200 quilómetros (km) de carris”.
A rede ferroviária nacional estende-se por 2562 km, pelos quais passam, em média por ano, dez milhões de toneladas de mercadorias. Neste momento, “estão em curso as obras nos corredores internacionais”, nas ligações à fronteira, e em 2018 “serão desencadeadas obras em todo o terreno”, antecipa o responsável realçando que, este ano, “as exportações de bens apresentam um crescimento de 12% até agosto, face ao período homólogo anterior”.
No que diz respeito à estrada, serão construídas 12 ligações rodoviárias entre “áreas empresariais consolidadas” nas regiões norte, centro e no Alentejo, um projeto que se traduz em “67 km” de novas estradas e um investimento de 102 milhões de euros ao abrigo do Programa de Valorização das Áreas Empresariais, sublinha Guilherme Martins.