Symington junta-se a projeto internacional para descarbonizar setor do vinho
A Symington acaba de se tornar a primeira produtora vinícola portuguesa a ingressar no International Wineries for Climate Action (IWCA)
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Ana Catarina Monteiro
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A Symington Family Estates acaba de se tornar o primeiro produtor vinícola português a ingressar no International Wineries for Climate Action (IWCA), um grupo de trabalho colaborativo que tem como missão mitigar os impactos das alterações climáticas, através da descarbonização do setor mundial do vinho.
Desta forma, a empresa familiar, presente há cinco gerações no Douro, assume o compromisso de implementar medidas imediatas com vista à redução das suas emissões de carbono.
“O objetivo é que todos os membros da IWCA tenham uma estratégia de longo prazo para a redução em 80% das emissões de carbono até 2045, com uma meta intermédia de 50% até 2030”, explica a dona de marcas como a Graham’s, Dow’s, Cockburn’s ou os vinhos DOC Douro Quinta do Vesúvio, em comunicado.
Ao mesmo tempo que a Symington Family Estates, juntaram-se também ao IWCA produtores dos Estados Unidos, Chile e Nova Zelândia, expandindo assim o grupo a partir das produtoras que o fundaram, em fevereiro de 2019, nomeadamente a Família Torres (Espanha) e a Jackson Family Estates (EUA).
“Estamos muito satisfeitos em nos juntarmos à IWCA, como membros candidatos, por acreditarmos que o rigor dos seus processos a pode colocar na liderança na resposta do setor mundial do vinho a esta ameaça à nossa existência. Encorajamos outros produtores em juntar-se a nós na introdução de compromissos públicos concretos, com metas mensuráveis, para responder ao desafio da crise climática”, declara Rob Symington, diretor associado da Symington Family Estates.
Para serem reconhecidos como membros da IWCA, os produtores candidatos devem preencher vários requisitos que vão além da redução das emissões totais. Por exemplo, garantir a produção de, pelo menos, 20% da sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou demonstrar uma redução de, pelo menos, 25% de emissões de CO2 por unidade de vinho produzida, usando o ano referência do inventário de emissões GEE.
No âmbito deste grupo de trabalho, as empresas devem ainda realizar um inventário de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) seguindo os requisitos do protocolo estabelecido pelo WBCSD (World Business Council for Sustainable Development) e pelo WRI (World Resources Institute), abrangendo os impactos diretos, indiretos e decorrentes das atividades ao longo da cadeia de valores.