Proposta de mediação entre sindicatos e APED deve ser recusada. “Mediadora não pode tomar uma das partes”, diz CESP
A proposta de mediação apresentada pelos serviços da DGERT e pela mediadora nomeada para o processo de negociação do contrato coletivo de trabalho (CCT) do setor da distribuição não tem, para já, a aprovação […]
Ana Catarina Monteiro
Luís Simões valida metas de redução de emissões de gases de efeito de estufa
Auchan lança nova edição do concurso ‘A Mesa dos Portugueses’
Gama de bolachas Nacional ganha nova imagem
Opentext e Stratesys assinam acordo para implementação de soluções na gestão de qualidade nas empresas
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
A proposta de mediação apresentada pelos serviços da DGERT e pela mediadora nomeada para o processo de negociação do contrato coletivo de trabalho (CCT) do setor da distribuição não tem, para já, a aprovação das estruturas sindicais. Se não houver alterações, não deve ser aprovada. Domingo termina o prazo de resposta à proposta de mediação.
A pedido do próprio, o CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal foi recebido esta manhã no gabinete da ministra do Trabalho, para uma reunião “formal”, em que apresentou as suas preocupações face à proposta de mediação para o processo de revisão do CCT. O documento chegou esta semana aos sindicatos.
“A análise que fazemos à proposta de mediação é de que ela vai mais longe, inclusive naquilo que diz respeito às propostas dos patrões em desfavor dos trabalhadores”, explica Célia Lopes, dirigente do CESP, contactada pelo Hipersuper.
“Consideramos que a mediadora não pode tomar uma das partes, tem que ser isenta e distante e tem que tentar resolver – e não agudizar – o conflito com uma proposta que pesa mais para um dos lados da balança”, salienta a responsável.
“Até onde sei, a proposta de mediação não tem acordo de qualquer estrutura sindical. Possivelmente cairá, exceto se houver alguma outra tomada de posição por parte da mediadora”, ressalva a dirigente.
A responsável explica ainda que, por acordo com o ministério, não pode avançar com mais considerações sobre a proposta de mediação recebida, cuja aprovação está em aberto até domingo, podendo haver alterações.
Foi a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) que, em dezembro passado, solicitou a mediação do Ministério do Trabalho na negociação do CCT, por considerar que as exigências das propostas sindicais, nomeadamente dos sindicatos afetos à CGTP, têm “falta de razoabilidade”.
As negociações em torno do CCT decorrem desde 2016 e, desde então, patrões e sindicatos ainda não chegaram a um consenso.
A última proposta de contrato coletivo apresenta pela APED, a 25 de outubro de 2019, contempla salários de 600 euros para algumas categorias profissionais, segundo o documento a que o Hipersuper teve acesso.
A proposta não foi aceite pelos sindicatos e a APED recusou-se a ceder a outras reivindicações na reunião seguinte, que decorreu em dezembro, ao mesmo tempo que avançou com o pedido de mediação.
Entre as reivindicações dos sindicatos (o SITESE – Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo está também envolvido nas negociações), estão um aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros (três euros por dia) e a valorização das carreiras e qualificações profissionais adquiridas ao longo dos anos de trabalho.
A falta de consenso nas negociações do CCT deram origem, em novembro, a uma concentração dos trabalhadores em frente à sede da APED e, mais recentemente, a 31 de janeiro, a uma greve dos trabalhadores da distribuição, a nível nacional.