Portugal Sou Eu quer cimentar a internacionalização das marcas portuguesas
O Portugal Sou Eu festejou, com as empresas aderentes ao programa, 10 anos de atividade. “O balanço que se impõe no final desta 4ª. fase não deixa margem para dúvidas: […]
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O Portugal Sou Eu festejou, com as empresas aderentes ao programa, 10 anos de atividade. “O balanço que se impõe no final desta 4ª. fase não deixa margem para dúvidas: 4400 empresas registadas, das quais 1000 aderentes com produtos e serviços com selo Portugal Sou Eu atribuído (mais de 19 mil produtos e serviços com o selo) e 900 com o estatuto de estabelecimento aderente” refere em comunicado.
Nos últimos 10 anos, o Portugal Sou Eu contribuiu para melhorar o equilíbrio externo, quer pela via da valorização da oferta nacional, quer pela via da substituição competitiva de importações, abrangendo os bens de consumo e, mais recentemente, de forma mais intensa, os bens intermédios.
Ao valorizar a oferta nacional – produzir mais e com mais valor – o Portugal Sou Eu tem ajudado no aumento do peso das exportações, contribuindo para atingir a meta definida por Portugal para a intensidade exportadora (53% do PIB em 2030).
Durante a cerimónia, o presidente do Conselho de Administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, sublinhou que, “ao nível da intensidade exportadora, a nossa ambição deve ser ainda maior, por forma a posicionar Portugal numa situação mais próxima da registada por países europeus de dimensão semelhante ao nosso, onde o peso das exportações no PIB ultrapassa os 70%”.
Mas, para Luís Miguel Ribeiro, outro desafio se coloca à economia portuguesa e ao Portugal Sou Eu. “É certo que a valorização das exportações e da produção nacional é um dos caminhos para o progresso e sucesso da economia portuguesa. Todavia, se temos produtos portugueses altamente reconhecidos internacionalmente, falta-nos dar o passo seguinte: ter marcas globalmente fortes e reconhecidas. Temos um défice nesta matéria. Uma análise de benchmarking internacional permite-nos facilmente chegar a esta conclusão. Marcas portuguesas verdadeiramente globais e relevantes no panorama internacional são uma rara exceção. Temos um problema de branding. Somos muito melhores do que aquilo que aparentamos ser.”
Desde a primeira hora que o Portugal Sou Eu procurou fazer a ponte entre consumidores, empresas e instituições, fortalecer a cooperação, estimular a inovação e a competitividade das empresas aderentes e aumentar a procura de produtos e serviços com o selo do programa. Por isso, no dia em que comemorou 10 anos, o Portugal Sou Eu lançou uma campanha, que se prolonga até ao dia 30 de setembro, para estimular a consciência dos portugueses, no sentido de que Portugal precisa de todos.
Com a assinatura, “O que seria de Portugal sem ti?”, o argumento volta a ser a “cumplicidade”: a certeza de que nada nem ninguém vale sozinho, de que quando nos juntamos e confiamos uns nos outros vamos todos mais longe.