Mercado de tecnologias e bens de consumo deverá subir em 2024
O mercado global de tecnologias e bens de consumo terá terminado 2023 com uma diminuição de 3% em comparação com 2022, mas em 2024 deverá retomar valores positivos. Esta é […]
Hipersuper
Portugal com representação histórica na Fruit Attraction 2024
CHEP Europa lança contentor FalConic feito com 80% de materiais reciclados
Sonae inaugura novo escritório pet friendly no Sonae Campus
Preço do cabaz alimentar mais barato na primeira semana de outubro
Charcutaria: Marcas adaptam-se às novas exigências do consumidor
CONFAGRI saúda adiamento do Regulamento Anti Desflorestação
Mercadona abriu em Évora
Lidl reforça meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050
Patente da portuguesa Nolita permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados
María José Sánchez: “Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction”
O mercado global de tecnologias e bens de consumo terá terminado 2023 com uma diminuição de 3% em comparação com 2022, mas em 2024 deverá retomar valores positivos. Esta é a principal conclusão da análise da GfK, empresa multinacional de estudos de mercado, aos resultados do mercado global de tecnologias e bens de consumo.
A inflação contínua e as tensões geopolíticas que se observaram em diversos pontos do globo em 2023, traduziram-se na relutância do consumidor em gastar, deixando os resultados aquém das expectativas de recuperação, refere o estudo global GfK Consumer Life. Nesse sentido, espera que a receita anual sofra um declínio de 3% relativamente a 2022, mas permaneça acima do nível pré-pandémico de 2019.
“Esta percentagem foi impulsionada principalmente pelos setores das tecnologias de informação e dos pequenos eletrodomésticos, que tiveram um desempenho acima das receitas de 2019, com mais 16% e 21%, respetivamente”, informa.
A importância do fator ‘preço’
De acordo com o estudo da GfK, o preço foi um fator cada vez mais importante para a decisão de compra dos consumidores em 2023. Retalhistas e fabricantes responderam a este desafio com períodos promocionais mais longos e maior diversidade na oferta dos descontos, o que permitiu aos consumidores comprar produtos com especificações mais elevadas que não poderiam pagar a preços normais.
Já os consumidores com rendimentos mais elevados, e mais resistentes à crise, permitiram que os produtos de gama alta continuassem a ter um desempenho superior à média do mercado, durante o último ano, revela ainda o estudo, referindo que a procura foi particularmente forte para aparelhos que simplifiquem o dia a dia, como os aspiradores a seco e a húmido.
2024: perspetivas positivas
Para 2024, a análise do GfK Consumer Life defende que o mercado global de bens tecnológicos de consumo deverá voltar a ser positivo, “ainda que em pequena escala, impulsionado por algumas tendências”. Uma delas é o chamado ciclo de substituição, que deverá regressar, quase quatro anos após a pandemia, especialmente para categorias de produtos que registam uma evolução mais rápida, como é o caso dos smartphones e portáteis.
Outra tendência é a que acompanha os grandes eventos desportivo, com as vendas de televisões a crescerem e em 2024 vão ter lugar os Jogos Olímpicos e o Campeonato Europeu de Futebol.
Divergência global é outra tendência que deverá afetar o mercado global de bens tecnológicos de consumo. Se 2023 ficou marcado por disparidades entre mercados – o Médio Oriente e África apresentaram mais 7% de receitas nos primeiros dez meses do ano, em comparação com 2022,enquanto a China enfrentou a deflação no mercado, a crise imobiliária e falta de confiança dos consumidores – prevê-se “que em 2024 esta divergência global aumente, uma vez que o PIB nacional continua a crescer em regiões como a Índia, enquanto que, na China e nos EUA, abranda, em relação em 2023”.
Por último, a descida da inflação, prevista para 2024, deverá aumentar a confiança dos consumidores a nível mundial. “No entanto, as elevadas taxas de juro poderão ser uma barreira ao investimento para consumidores e empresas”, alerta o estudo.
O GfK Consumer Life conclui que em 2024 o preço continuará a ser um critério importante para os consumidores no momento da compra e recomenda que retalhistas e fabricantes “assegurem que o valor da sua marca se mantém o mais estável possível aos olhos dos consumidores e com foco na relação qualidade-preço”.