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Filipa Pinto Coelho, presidente da VilacomVida

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“Queremos ser Harvard da área da restauração para pessoas com dificuldade intelectual”

A VilacomVida contrata pessoas com incapacidade, sobretudo intelectual, para formar, mas a sua missão vai além da empregabilidade. A presidente da associação acredita que é preciso consciencializar a sociedade para normalizar a diferença através da mudança de mentalidades. Filipa Pinto Coelho está convicta que setor do retalho pode ter um papel preponderante nesta alteração de paradigma, para que um dia possamos falar de “não exclusão em vez de inclusão”.

Rita Gonçalves

Filipa Pinto Coelho, presidente da VilacomVida

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“Queremos ser Harvard da área da restauração para pessoas com dificuldade intelectual”

A VilacomVida contrata pessoas com incapacidade, sobretudo intelectual, para formar, mas a sua missão vai além da empregabilidade. A presidente da associação acredita que é preciso consciencializar a sociedade para normalizar a diferença através da mudança de mentalidades. Filipa Pinto Coelho está convicta que setor do retalho pode ter um papel preponderante nesta alteração de paradigma, para que um dia possamos falar de “não exclusão em vez de inclusão”.

Rita Gonçalves
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A VilacomVida contrata pessoas com incapacidade, sobretudo intelectual, para formar, mas a sua missão vai além da empregabilidade. A presidente da associação acredita que é preciso consciencializar a sociedade para normalizar a diferença através da mudança de mentalidades. Filipa Pinto Coelho está convicta que setor do retalho pode ter um papel preponderante nesta alteração de paradigma, para que um dia possamos falar de “não exclusão em vez de inclusão”

A associação VilacomVida nasce em Portugal com o projeto dos cafés Joyeux?
A associação nasce através da iniciativa de um grupo de pais de crianças e jovens com dificuldade intelectual e de desenvolvimento, como a trissomia 21 ou o autismo, em dezembro de 2016, com o objetivo de criar um projeto de vida autónoma para estas pessoas na transição da escola para a vida ativa.
É aqui que se concentra muito a angústia das famílias, porque não existem respostas na comunidade compatíveis com o desenvolvimento do potencial dos seus filhos, acabando por ser realocados em contextos ocupacionais ou ficando em casa dos pais. Este é o problema social que nos fez juntar como famílias.
Tenho um filho com trissomia 21, o Manel, e, quando fui confrontada com o diagnóstico, tive medo, muito pelo desconhecimento desta realidade e, nesse sentido, propus à direção a criação de um projeto de comunicação, de marketing de proximidade, capaz de mostrar as capacidades e os talentos que estas pessoas têm e convidando a sociedade a fazer parte. A ideia era não criar mais um projeto dependente da assistência da segurança social ou da angariação de fundos.

Um projeto empresarial?
Exatamente. Um projeto que criasse uma necessidade. No caso das empresas, perceberem que existem pessoas que podem ajudar a resolver problemas nas suas empresas sem ser numa perspetiva de solidariedade. E, ao mesmo tempo, que nos permitisse cumprir esta missão: fazer com que um dia a diferença já não se veja. Esta é a nossa visão: um dia a diferença vai fazer parte de nós.
Quando a associação nasce, já aposta neste tom de comunicação positiva sobre os talentos e as capacidades destas pessoas, partilhando histórias de sucesso e fazendo disto uma realidade desmistificada para todos os pais que enfrentam esta realidade e para todos nós, enquanto cidadãos.
É, neste contexto, que entretanto nos cruzamos com o projeto do café Joyeux que tinha aberto o primeiro café em França, em dezembro de 2018.

Como aconteceu?
Entrámos em contacto com o projeto porque corporizava o que estávamos em vias de fazer: íamos lançar em Portugal os Cafés Convida, um conceito de café-restaurante inclusivo e solidário que permitisse integrar estas pessoas, sendo a associação o seu empregador.
Fomos ao encontro do fundador do projeto, Yann Bucaille, a Paris, e juntou-se aqui uma dupla perspectiva. Do nosso lado, eu representar as famílias e uma associação que queria fazer mais pela vida autónoma, com um projeto complementar, ajudando também outras associações, através da proximidade e da comunicação positiva, que queiram integrar no mercado de trabalho pessoas que estão ao seu cuidado. Trabalhar em rede é muito a postura deste projeto. Juntos somos mais fortes. Ajudando também estas entidades que fazem um trabalho incrível há muitos e anos e não beneficiaram como nós de uma mentalidade que se está a abrir para esta realidade, com a lei das quotas, por exemplo.

Quando é que sente que as mentalidades se começam a abrir?
A lei das quotas abriu os olhos das empresas para esta realidade. Por outro lado, as empresas que têm muito o foco da sustentabilidade e que já têm estratégias de responsabilidade social, acabaram por ver também, nesta comunicação e nesta visibilidade da diferença, uma forma de comprovarem que, de facto, estas pessoas podem ter a sua profissão e serem úteis nas empresas. Terem o seu lugar, um salário, não estarem ali por favor, sendo produtivas dentro das tarefas que desempenham que, também, podem ser simples, repetitivas e rotineiras, como estas pessoas o pedem.
As redes sociais ajudaram a ganhar visibilidade, percebemos que havia feedback muito positivo das pessoas em relação ao nosso projeto e, daí, seguimos para o piloto “Café com Vida”, que durou 18 meses e fechou com a pandemia. Este piloto abriu caminho para passarmos a representar a marca Joyeux em Portugal e para ganhar o apoio do programa das parcerias para o impacto, do Portugal Inovação Social, integrado no pacote Portugal 2020.

Para que projeto?
Com o projeto piloto do Café com Vida conseguimos provar impacto e ganhámos o projeto de gerações autónomas, que era um projeto de formação em contexto de trabalho, para potenciar empregabilidade e a proximidade à comunidade.

Onde abriu o café piloto?
Em Santos, na Fundação Portuguesa das Comunicações. Naquele café, que apoia uma causa, as pessoas puderam contactar com a diferença, perceberam a funcionalidade, foram bem servidas, voltaram e passaram a palavra de um projeto de qualidade. Com este projeto, comprovamos este conceito. Eu era a gerente, tinha uma pessoa a trabalhar comigo e contratámos a nossa primeira técnica, para medir o seu impacto, com especialização em integração de pessoas com dificuldade intelectual no mercado de trabalho. Quando este projeto piloto fecha, na pandemia, percebemos que o modelo funciona, é atrativo e tem qualidade.

Quantas pessoas constituíam a equipa?
Entre a cozinha e copa, era uma equipa de seis, três dos quais jovens, que estavam com estágio profissional e já tinham planos de integração. O gerente e o supervisor, ou dois supervisores quando o negócio começou a crescer – hoje o modelo dos cafés Joyeux- foram recrutados por terem jeito e alma para a formação e terem experiência de restauração, tinham como função ensinar estes jovens a saber ser, a saber estar, as competências e as técnicas. A ideia passou por criar uma equipa totalmente inclusiva, que também se sentisse enriquecida por estar a ter um papel na vida destas pessoas. Então, começámos a perceber que o projeto estava a contribuir para algo que na restauração é muito complicado de gerir, a elevada rotação de pessoas e a taxa de absentismo.

Fidelizava?
Sim, a pessoa sente que faz pare do projeto e não vai mudar para o restaurante ao lado por uma questão financeira. O elemento emocional na gestão daquela equipa começou também a contribuir para a estabilidade e para o crescimento do projeto.
Entretanto, introduzimos caterings para empresas, por uma questão de sustentabilidade e também a pedido da própria fundação. A resposta a um serviço que se começa a profissionalizar, permitindo-nos empregar mais pessoas que estavam na comunidade, na escola ou em casa. Através do nosso trabalho, em rede com outras associações, conseguimos recrutar pessoas para fazerem parte dessas equipas contratadas temporariamente para servir os caterings.
Descobrimos que a área da restauração estava por desbravar, por ser a área ideal para pessoas com dificuldade intelectual. Porque a ficha técnica da receita é sempre igual, a salada tem que ser lavada todos os dias.

Tem rotina, é isso?
Sim, e a rotina dá muita confiança a estas pessoas, porque se tornam especialistas naquela mesma tarefa. Percebemos que podemos ter um papel ativo na indústria da hotelaria gerando empregabilidade e contribuindo para a mão de obra neste setor.

Como funciona a formação?
A formação é sempre feita em contexto de trabalho. Estou perfeitamente confiante que, hoje, com a escola de formação que temos no Joyeux, e com quatro cafés, que temos um projeto que está a formar colaboradores polivalentes no setor da restauração, que, ao fim de dois anos, podem continuar connosco, porque têm um contrato sem termo, mas que têm capacidade para suprir muitas necessidades de outros parceiros na área da hotelaria e restauração, não por uma componente de solidariedade, mas porque eles vão ser polivalentes, e na indústria da restauração falta um bocadinho esta perspectiva da polivalência. Formam para a cozinha, para o bar ou para empregado de mesa. Nos cafés Joyeux ensinamos a competência técnica para trabalhar na cozinha, na caixa, no serviço de mesa e na sala. Passam seis meses em cada uma destas áreas.
Atualmente, temos dois processos de empregabilidade em curso com a Associação de Hotéis de Portugal, com quem assinámos um protocolo dia 14 de fevereiro de 2023, que tem como objetivo fazer um caminho de inclusão com as equipas dos seus associados.

A formação é muito completa.
Com as escolas Joyeux, a qualidade formativa para pessoas com dificuldade intelectual, e hoje com a parceria da Zara Home, outro tipo de incapacidades também, sem querer parecer presunçosa, queremos ser a Harvard da área da restauração para pessoas com dificuldade intelectual, a quem os parceiros vêm buscar pessoas para integrar nas suas equipas. Porque o modelo de formação é transformador, muito completo, que permite o saber ser, o saber estar, a pontualidade, a imagem, o cuidado, o trabalhar em equipa que depois desbloqueia aquilo que normalmente está na origem de casos de insucesso nessa tentativa de ir para o mercado de trabalho. Este modelo prepara-os para o mercado de trabalho, acima de tudo, porque lhes dá autoestima. Permite-lhes descobrir superpoderes, por isso é lhes chamamos de super-heróis, que eles nem sabiam que tinham. Esta autoestima está um bocadinho escondida, por força de um contexto de crescimento que não é fácil, a nível escolar, a nível social.

Qual é o principal ponto diferenciador deste projeto?
A grande transformação deste projeto não é tanto empregar pessoas com dificuldade intelectual, porque já existem muitas entidades que o fazem e projetos que deviam ter mais visibilidade, mas, acima de tudo, proporcionar a abertura de um novo mundo com um projeto diferenciador e uma equipa preparada para fazer as pessoas crescerem, dar essa autoestima e criar um equilíbrio ao nível social, competências de vivência em comunidade, necessárias em qualquer situação.

Quando abre, então, o primeiro café?
O contrato de franchising de representação desta marca foi assinado em abril de 2021. E, em novembro, abrimos o primeiro café em São Bento, em frente à Assembleia da República. Contratámos as primeiras nove pessoas e pusemos em prática o modelo de formação da escola Joyeux, que importámos, acompanhados por supervisores que têm a competência e orientação para a formação, que dão a técnica e a confiança que estes jovens precisam para brilhar. E é por isso que este projeto é diferenciador.

Na prática, empregam para formar?
Fazemos duas coisas diferentes do que já se faz. Sim, empregamos para formar. Assinamos contratos de trabalho sem termo com pessoas que em 99% dos casos não têm experiência profissional. Arriscamos contratá-las porque sabemos que esse formato de contrato lhes vai dar autoconfiança, que é oposta àquela que ele não deverão sentir quando passam a vida a correr os estágios de três ou seis meses.
O contrato de trabalho é um pilar desta estratégia que devia ser uma referência para todas as pessoas que empregam pessoas com vulnerabilidade. Porque o que acontece hoje é que a pessoa vai para uma empresa fazer um estágio, há um programa de formação [Emprego apoiado em mercado aberto] financiado, mas, depois, se a empresa decide recrutar essa pessoa, a medida leva uns meses a ser aprovada. As empresas querem contratar mas têm de esperar pela medida. Este jovem vai para casa, desaprende tudo o que aprendeu, porque há uma necessidade permanente de reforço, caso contrário na dificuldade intelectual há retrocesso quase em dobro, e quando vem a medida do emprego apoiado muito provavelmente já não é rebuscado porque seguiu outro caminho, se desinteressou, desaprendeu. E o dinheiro investido na formação perdeu-se.

Fazem ao contrário.
Sim, a pessoa é contratada, não perde direito à formação e a esse apoio tão importante para as empresas fazerem este caminho com produtividade durante dois anos. São apoiadas para empregar e para formar. É o contrato emprego – formação que existe no Café Joyeux, em Paris, e que infelizmente não temos em Portugal.

Qual é a segunda coisa que fazem diferente?
A segunda vem do contacto com a sociedade e da sua transformação. O professor que não sabe se aquele jovem terá capacidade para ter uma ocupação profissional. Se esse professor tiver contacto como cidadão na base social com esta realidade, vai saber que pode dar este passo sem medo.

E acreditar.
Sim. A mudança que queremos veicular, em conjunto com os nossos parceiros, é uma mudança de paradigma. Não podemos continuar a falar só sobre a perspetiva da empregabilidade, mas também pela perspectiva da transformação social. O que vai fazer com que um dia passemos a falar de não exclusão, em vez de falar de inclusão. A diferença virar paisagem. Normalizando a diferença, para que quando a empresa esteja a fazer um processo de recrutamento não faça diferença entre as pessoas nas entrevistas. Neste contexto, o setor do retalho pode ter um papel transformador da sociedade.
Estamos a desenvolver projetos com alguns parceiros, nomeadamente com a Casa do Impacto, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, projeto que vencemos no ano passado com o Café Escola Cascais. Uma das componentes do pagamento do prémio é o KPI (indicador-chave de desempenho) com base na transformação social dos clientes. Estamos a medir este impacto nos cafés. A perspetiva da pessoa que visitou o espaço mudou para a positiva, negativa ou ficou igual? Para medir o impacto na sociedade. Essa é a segunda grande inovação deste projeto. Passar a falar da transformação social e do papel da inclusão nessa transformação. E não só da empregabilidade porque estamos a dar emprego a pessoas que de outro modo não teriam essa oportunidade. Ainda não tenho números para partilhar.

Como é que funciona em termos de progressão na carreira?
Estamos a perceber junto dos primeiros jovens que vão agora terminar o curso de dois anos se podem dar o passo adicional em responsabilidade criando novas categorias em termos de perspetiva de carreira. Estamos na fase de perceber o que pode ser o próximo passo em termos de promoção que passará por exemplo pela criação da categoria intermédia, de assistente de supervisor. Amanhã, se calhar, de supervisor e, quem sabe, um dia gerente.

E de remuneração?
Recebem o salário mínimo nacional equivalente às horas de trabalho.

Hoje, têm quatro cafés?
Sim, o segundo abriu no edifício da Ageas Seguros no Parque das Nações. Servimos 1200 colaboradores diariamente. É um modelo insight (empresa), partilhamos o espaço com a associação Crescer, que gere o restaurante e nós gerimos um quiosque onde servimos também pratos quentes. O terceiro café abriu em Cascais e o quarto na Cofidis em Telheiras. Quando iniciámos, identificámos como projeto de crescimento abrir seis cafés até 2026 e em 2023 já tínhamos quatro. Este ano, vai ser de consolidação das equipas, da operação, da eficiência dos custos e da uniformização do processo de compras. Porque a rentabilidade que tivermos nessa gestão vai permitir criar mais postos de trabalho amanhã. Como contratamos sem termo, temos de abrir mais cafés para criar mais postos de trabalho.

Estima cumprir esse plano de crescimento até 2025?
Sim, vamos cumprir.

A quantas pessoas já deram oportunidade de trabalho e formação?
Penso que para cima de 40.

Os cafés são autossustentáveis?
Ainda não são porque há a componente da prestação interna dos serviços partilhados que ainda não conseguem remunerar. Pagam a operação, os salários, a renda, na componente operacional já são autossustentáveis, à exceção do de Cascais que acabou de abrir. Falta assegurar que faturem o suficiente para pagar os serviços centrais que alimentam esta rede.

Têm dois modelos de negócio?
A VilacomVida é uma IPSS com dois modelos de negócios sociais, embora com a mesma missão. Os cafés Joyeux, hoje quatro espaços, que prestam serviço de catering, vendem uma marca própria de café em grão e cápsulas, torrefaccionado localmente, para consumidor em casa e nas empresas, além de um blend da Nespresso, através de uma parceria de co-branding com esta marca. O modelo de negócio funciona de duas maneiras: angariamos fundos para abrir loja de rua ou as empresas que querem ter um café dentro das suas instalações avançam com o Capex para abrir o café, como acontece na Cofidis, por exemplo, e pagam a diferença do desconto que querem dar aos seus colaboradores num encontro de contas mensal e ainda garantem um resultado positivo que nos permita crescer. Se o EBITDA for superior ao estimado, dividimos a diferença com a empresa. No modelo de rua, angariamos fundos e desenvolvemos um plano de negócio. É um modelo mais difícil de se tornar sustentável porque pagamos rendas em linha com os valores de mercado.

O outro projeto é mais recente.
Sim, resulta de uma parceria com Zara Home. O grupo Inditex criou o conceito inclusivo For&From e queria expandir o conceito para Portugal. Chegaram até nós através dos cafés Joyeux porque procuram parceiros com visão empresarial, orientada para o resultado positivo, sem medo, porque o lucro numa instituição sem fins lucrativos faz crescer. Visitámos alguns espaços em Espanha, percebemos o modelo de formação, e ganhámos a gestão da primeira Zara Home For&From em Portugal. A Inditex encontrou o espaço e fez-nos um donativo para pagar os custos das obras. Funciona da seguinte forma: compramos o produto à casa mãe por um preço mais acessível porque é de uma coleção anterior.

*Entrevista publicada na edição 420

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

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Leia a edição 424

João Melo, diretor-geral do Meu Super, está em destaque na edição 424 do Hipersuper. Em entrevista ao nosso jornal partilha as estratégias que têm levado ao crescimento e expansão da […]

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João Melo, diretor-geral do Meu Super, está em destaque na edição 424 do Hipersuper. Em entrevista ao nosso jornal partilha as estratégias que têm levado ao crescimento e expansão da cadeia de supermercados Meu Super, que se tornou uma referência quando falamos de proximidade.

Nesta edição pode também ler uma entrevista com a diretora executiva da ACIBEB. Ana Isabel Alves fala sobre o impacto socioeconómico do setor do vinho em Portugal, que gera 168 mil empregos e contribui significativamente para as receitas fiscais do país. A entrevista aborda ainda as políticas de preço, a importância da PAC e as novas tendências de consumo.

Estivemos na apresentação da Cofidis Portugal que revelou as conclusões do estudo europeu que analisa os hábitos de compra e pagamento dos consumidores. Carla Monteiro, responsável comercial da CofidisPay, destaca os principais resultados desse estudo fala sobre os objetivos e valores que a empresa continuará a defender.

A Missão Continente apresentou o Relatório de Impacto Social, que demonstra o compromisso da marca com a inclusão social, saúde e educação. Mais de 11 mil pessoas foram beneficiadas através de diversos projetos, mostrando a importância da transparência e do envolvimento comunitário. Fomos falar com Nádia Reis, diretora de comunicação e responsabilidade social do Continente, que sublinha: a transparência é mesmo “pedra basilar, é estrutura central naquilo que é a atuação da Missão Continente”.

Nesta edição de junho leia também a entrevista com Leonor Assunção, brand manager da marca Nacional do Grupo Cerealis, que destaca o papel significativo da marca no grupo e como tem equilibrado a sua herança com a necessidade de inovação para se manter relevante num mercado em constante mudança.

Esta edição, inclui também com um artigo sobre as bebidas de verão que combinam sabor, conveniência e responsabilidade ambiental, refletindo as mudanças nos hábitos de consumo e a crescente preocupação com a sustentabilidade. Escrevemos ainda sobre a importância das conservas no verão, enfatizando a conveniência e a praticidade desses produtos e a importância dos molhos e condimentos, especialmente em saladas e grelhados.

Também estivemos na presentação das tendências de consumo nos setores da panificação, pastelaria e chocolate para 2024, com foco em sustentabilidade, saúde e inovação. O estudo “Taste Tomorrow” identifica as preferências dos consumidores por produtos naturais, saudáveis e sustentáveis​​.

Fomos ouvir Bruno Borges, CEO da iServices, que fala sobre a evolução da empresa, os planos de expansão e as tendências no setor de tecnologia e Gonçalo Morais Tristão, presidente do CEPAAL, que entrevistamos, na sequência do 7º Congresso Nacional do Azeite. O responsável aponta a criação de mais valor à produção nacional como um dos grandes desafios do setor e a questão da água como um grande obstáculo.

Pode ler ainda como as alterações ao estilo de consumo moldam inovação nas águas e os artigos de opinião de Emanuele Soncin, business unit director de Portugal, Espanha e França da Checkpoint Systems, Sara Monte e Freitas partner da Monte e Freitas | ERA Group, Filipe Luz head of sales strategy & team performance da CEGOC, Vitor Ribeiro Gomes, CEO da Pendular e Patrícia Martins, consultora industrial na Bosch Industry Consulting e a análise de César Valencoso Consumer Insights Director da Kantar sobre  as Oito regras para uma inovação bem sucedida no Grande Consumo.

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Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura

O Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura, a decorrer até 16 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém. Este ano, […]

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O Intermarché volta a marcar presença na Feira Nacional de Agricultura, a decorrer até 16 de junho, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém. Este ano, a feira tem como tema a “Exploração Extensiva” e o Intermarché apresenta um stand renovado para receber todos os visitantes.

Durante a Feira, estão a ser realizadas provas de vinhos da marca Seleção de Enófilos, que proporcionarão aos visitantes a oportunidade de conhecer a qualidade e diversidade dos vinhos selecionados pelo Intermarché com a presença DE especialistas que presentes para esclarecer dúvidas e proporcionar uma experiência enriquecedora todos os dias pelas 18 horas.

Haverá ainda degustações dos produtos da marca PorSi, conduzidas pelos próprios produtores, permitindo aos visitantes conhecer a origem e os métodos de produção dos produtos Programa Origens.

O Programa Origens, iniciativa destinada a promover a produção nacional, terá um papel de destaque durante este evento. O Intermarché irá oferecer frutas provenientes de produção nacional, com o objetivo de promover os produtos locais e reforçar o compromisso do Intermarché com a sustentabilidade e o apoio aos produtores nacionais, avança a insígnia alimentar do Grupo os Mosqueteiros em comunicado.

 

 

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Auchan reforça compromisso com a proteção dos oceanos e junta-se à campanha da MSC

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta.” destaca Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

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A Auchan reforça a sua visão 2032 – Alimentar uma Vida Melhor e Preservar o Planeta – e junta-se à campanha da Marine Stewardship Council (MSC) que tem como mote ‘A Pesca Sustentável significa mais peixes’.

Com um compromisso assumido com a sustentabilidade, a Auchan assume, desde 2009,  uma política de comércio sustentável de pescado destacando-se dois compromissos da retalhista: a diminuição, suspensão ou cessação da comercialização das espécies que se identifiquem ameaçadas, tal como fez, em 2008, com todas as espécies de tubarão ameaçadas, tornando-se, assim, na primeira insígnia de distribuição internacional a implementar esta medida de resposta à situação de sobrevivência deste peixe emblemático; e, privilegiar a oferta de produtos provenientes de pesca sustentável ou com menor grau de risco para a biodiversidade. Exemplo disso são o Bacalhau Produção Controlada Auchan comercializado desde 2019 e a Pescada Congelada Auchan, ambos com uma certificação MSC, exemplifica a retalhista.

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta. Já temos uma oferta de produtos da nossa marca com certificação por parte de entidades com quem colaboramos na procura por alimentos que promovam uma vida melhor para os nossos clientes. A campanha da MSC, em defesa dos nossos oceanos e da pesca sustentável, está muito alinhada com os nossos objetivos e, por isso, fez todo sentido podermos juntar-nos a esta causa”, explica Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

“No MSC, valorizamos e apreciamos enormemente o apoio da Auchan Retail pela pesca sustentável e pelo trabalho que a nossa organização está a fazer em Portugal. Estamos convencidos de que, graças ao apoio de retalhistas como a Auchan Retail a iniciativas como o Dia Mundial dos Oceanos, avançamos para uma maior consciencialização da sustentabilidade do mar e dos seus produtos na sociedade em geral”, afirma Laura Rodríguez, diretora da MSC Portugal e Espanha.

Para assinalar e promover a preocupação com os oceanos, a MSC lançou uma campanha, que estará no ar até ao final de junho, e que pretende destacar o impacto positivo da pesca sustentável na preservação da vida marinha. Assim, na Auchan, existe uma seleção de produtos que têm o selo de certificação da MSC, que atestam a origem, confiança, credibilidade e manuseamento de peixes selvagens e outros produtos de mar.

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

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Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o […]

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O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o Comité Executivo do Grupo Fnac Darty e irá reportar diretamente ao CEO do Grupo Fnac Darty, Enrique Martinez.

Por sua vez, Domingo Guillén Figuerola, atual diretor de vendas omnical da Fnac Espanha, assumirá as funções de diretor-geral da Fnac Espanha, sucedendo a Annabel Chaussat, que ocupa a posição até 15 de junho de 2024. Domingo Guillén Figuerola ficará sob a responsabilidade hierárquica de Nuno Luz.

Nuno Luz iniciou o seu percurso na Fnac Portugal como diretor comercial, em maio de 2016, e assumiu a direção geral da empresa em outubro de 2017. Sob a sua liderança, a Fnac consolidou o seu crescimento e desenvolvimento de forma sustentada, impulsionados pela abertura de novas lojas FNAC e Nature & Découvertes, pela aquisição da PC Clinic e pelo aumento da venda de serviços. Recentemente, encabeçou, com sucesso, a operação de aquisição da MediaMarkt, em Portugal. 

É de recordar que o mercado ibérico é um mercado estratégico para o Grupo Fnac Darty, tendo registado 732 milhões de euros de vendas, em 2023. Na Península Ibérica, o Grupo conta com 88 lojas do universo Fnac.

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El Corte Inglés e To Be Green celebram parceria para dar nova vida aos têxteis usados

O El Corte Inglés e a To Be Green, spin-off da Universidade do Minho, celebraram uma parceria para, a partir de roupa usada e recolhida nas lojas El Corte Inglés […]

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O El Corte Inglés e a To Be Green, spin-off da Universidade do Minho, celebraram uma parceria para, a partir de roupa usada e recolhida nas lojas El Corte Inglés de Lisboa e Vila Nova de Gaia, produzir 300 novos artigos com o têxtil reciclado, dando-lhe uma segunda vida.

Os clientes podem agora deixar as suas roupas e outros têxteis num contentor próprio para o efeito, que se encontra no Espaço Resíduo 0, no piso -1 nos Grandes Armazéns de Lisboa e de Vila Nova de Gaia, informa a retalhista.

No âmbito deste projeto, a Universidade do Minho e o El Corte Inglés criaram um Concurso de Eco Design, dirigido aos alunos do último ano de licenciatura do Curso de Design e Marketing de Moda com o objetivo de encontrar a melhor proposta de design para a produção de aventais com o têxtil reciclado que, no futuro, serão utilizados pelas equipas de restauração do El Corte Inglés.

O projeto inclui ainda o fabrico de mantas a partir dos fios dos têxteis recolhidos, que serão depois entregues a várias instituições IPSS parceiras do El Corte Inglés. Para desenvolver esta componente do projeto e a sua implementação, participam também o CITEVE, como centro tecnológico e de investigação e várias empresas da Setor Têxtil e Vestuário (STV) portuguesas.

Este é o terceiro projeto de Economia Circular criado pelo El Corte Inglés. Em 2022 lançou a “É uma Cerveja”, uma cerveja artesanal feita a partir das sobras de pão dos Supermercados do El Corte Inglés e que está à venda também nos Supermercados e nos restaurantes da Associação CRESCER, que se dedica à empregabilidade de pessoas em situação de sem-abrigo. Parte das receitas reverte para a associação.

No ano seguinte, o El Corte Inglés lançou o “É um Gelado” em parceria com a gelataria Nannarella, que criou um sorvete feito a partir das frutas “menos bonitas” dos Supermercados El Corte Inglés. Também este produto está à venda no El Corte Inglés e Nanarella e parte das receitas reverte para a Associação CRESCER.

“Para o El Corte Inglés é um grande passo e um motivo de grande orgulho este novo projecto. Tem sido feito um investimento em projectos de economia circular que promovam o combate ao desperdício alimentar mas ainda estávamos a estudar a melhor forma de apresentar aos nossos clientes uma oportunidade de se desfazerem das suas roupas com a garantia de que teriam o melhor destino. Esta é a nossa proposta e com ela assumimos o compromisso de dar uma nova vida aos têxteis que nos forem confiados”, explica Vasco Marques Pinto, da área de responsabilidade social corporativa do El Corte Inglés.

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Gestão de pessoas é o maior desafio para as lideranças de organizações cada vez mais dependentes da tecnologia

Estudo da consultora QSP, organizadora do QSP SUMMIT, realizado a propósito da 17ª edição do evento, que vai decorrer de 2 a 4 de julho de 2024, no Porto – Matosinhos, com o mote ‘Rethinking Organizations’

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  • Modelos de educação e formação desajustados face às necessidades das organizações são um dos principais problemas identificados pelos profissionais do tecido empresarial.
  • Principais desafios para a gestão está nas pessoas, seja pela dificuldade de engagement dos colaboradores, seja pela de retenção de talento nas empresas.
  • Reconhecimento e valorização dos colaboradores (63,7%), comunicação aberta e transparente (52,6%), e uma liderança inspiradora (50,4%) são as três características consideradas mais importantes na gestão das organizações.
  • Gestores valorizam as pessoas, mas reconhecem a importância da tecnologia para o sucesso das organizações. A inteligência artificial (AI) será a tecnologia com maior impacto na gestão organizacional.

Quais são os principais desafios para o futuro empresarial? Como é que as organizações se estão a adaptar? E como é que os colaboradores sentem estas mudanças nas empresas onde trabalham? A QSP – Marketing Management & Research procurou responder a estas e outras questões, através de um estudo realizado no âmbito do lançamento de mais uma edição do QSP SUMMIT, junto de profissionais do tecido empresarial, sobretudo quadros médios e superiores, que partilham a sua visão sobre as mudanças e desafios inerentes ao mundo empresarial.

Para a grande maioria dos gestores que partilharam a sua visão sobre o mundo empresarial neste estudo, as pessoas assumem-se como o principal desafio de gestão. Tanto pela dificuldade de incutir uma cultura organizacional e o engagement dos colaboradores (apontada 60% dos inquiridos), como pela dificuldade de atrair e reter profissionais qualificados nos seus quadros (53,3%), uma preocupação com grande relevância para as organizações já que estes são cada vez mais escassos. 77% dos profissionais consideram os modelos de educação e formação atuais desajustados face às necessidades das organizações. Em contraponto, apenas 14,1% consideram ajustados, com os restantes 8,9% a não saberem.

Pedro Carneiro, Head of Marketing Research da QSP, entidade organizadora do QSP SUMMIT, refere que “estes valores demonstram que há um claro desconforto com os modelos educacionais atuais e uma vontade de reformulação de forma a corresponder melhor às necessidades das organizações, seja pela prioridade dada ao conteúdo teórico em detrimento do saber fazer, pela desconsideração das soft skills, ou mesmo pela pouca ligação ao mundo empresarial, como os resultados do estudo indicam. Os desafios que as organizações enfrentam, num ambiente de concorrência feroz e em constante mutação leva a que, principalmente os gestores de topo, sintam que os recém-formados devam estar mais preparados para as dinâmicas do mundo empresarial ”.

A agilidade na adaptação às mudanças do mercado, outro dos muitos temas debatidos ao longo dos três dias da edição deste ano do QSP SUMMIT, que decorre de 2 a 4 de julho, surge como o terceiro maior desafio atual da gestão (52,6%) para os inquiridos do estudo.

Valorizam colaboradores, mas falta investimento na diversidade e na sustentabilidade

Quais são as três características consideradas mais importantes na gestão das organizações? Os profissionais inquiridos destacam o reconhecimento e valorização dos colaboradores (63,7%), a comunicação aberta e transparente (52,6%), a liderança inspiradora (50,4%) e a agilidade organizacional (35,6%). A QSP procurou então perceber se estas características são promovidas nas organizações e percebe-se que em 25,2%, 20%, 22,3% e 26,7% dos casos, respetivamente, são pouco ou nada promovidas.

Embora assumam a valorização dos colaboradores como um fator importante na gestão, os inquiridos dão pouca relevância à inclusão, diversidade e equidade dentro das organizações. É vista como a característica mais importante na gestão das organizações por apenas 11,9% dos profissionais, sendo pouco ou nada promovida por 20,8% dos inquiridos do estudo realizado pela QSP.

Também a responsabilidade social e a sustentabilidade merecem pouco destaque pelos gestores. É destacada por apenas 20%, mas também há 23,7% que referem não ser promovida internamente nas organizações onde trabalham. Nos casos em que efetivamente há uma promoção, ainda que moderada, da sustentabilidade e responsabilidade social (76,3%), as iniciativas mais referidas como prioritárias em termos de responsabilidade social corporativa são a ética nos negócios (59,2%), a transparência (49,5%), a redução do impacto ambiental (48,5%) e a promoção da diversidade e inclusão (39,8%).

Para além da tecnologia, as pessoas são o centro da mudança

O estudo realizado pela QSP revela que 97,8% dos profissionais consideram a inovação essencial para o sucesso das organizações e 85,2% defendem que a tecnologia está a impactar positivamente a forma como as organizações operam. Nos próximos anos, espera-se que a inteligência artificial (AI) seja a tecnologia com maior impacto na gestão organizacional segundo 83% dos inquiridos. E, embora 18,8% não discriminem, espera-se que tanto a inteligência artificial generativa (57,1%), como a preditiva (50,9%) venham a ter um impacto significativo. Pedro Carneiro realça que “tratando-se de temas pouco difundidos no léxico dos portugueses, é natural haver alguma confusão nos conceitos do que é AI generativa e AI preditiva, porém fica claro que a inteligência artificial marcará o futuro da gestão organizacional”.

Há também 63% que acreditam que a Big Data e a análise de dados venha a ser a tecnologia com mais impacto no futuro a curto/médio prazo e 40,7% que apontam a automação. Outras tecnologias, como a Internet of Things (21,5%), a blockchain (14,1%), a realidade aumentada e virtual (9,6%) e o metaverso (8,9%) também são referidas.

No entanto, nem todas as empresas parecem estar preparadas para a mudança. 16,3% dos profissionais indicam que a sua organização tem uma capacidade baixa, ou até muito baixa, de adaptação à mudança e 43% veem a sua organização com uma capacidade moderada. No prisma oposto, 40,7% acreditam que a sua organização tem uma capacidade de adaptação à mudança elevada ou até muito elevada.

O estudo da QSP indica ainda que, atualmente, o foco no cliente e nas necessidades do mercado parece ser a estratégia prioritária da maioria das empresas, no entanto os inquiridos acreditam que, embora isso seja muito importante, o foco deveria estar principalmente no desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores e também na flexibilidade organizacional e agilidade na tomada de decisões. O investimento em tecnologia e inovação, embora seja indicado por 33,3% dos profissionais como área prioritária atual nas suas empresas, deveria ser prioritária para 46,7%, demonstrando que ainda há um longo caminho a percorrer e que o investimento em tecnologia e inovação ainda não é o suficiente.

Para Pedro Carneiro, “mais uma vez, e ainda que o investimento em tecnologia e inovação seja visto como muito relevante e uma realidade cada vez mais premente para as organizações, os profissionais destacam o desenvolvimento de habilidades e competências dos colaboradores, demonstrando que, hoje, as pessoas continuam a estar no centro das organizações e a preocupação maior do tecido empresarial passa por garantir quadros valiosos e preparados para as mudanças que se adivinham”.

Rethinking Organizations

Os resultados do estudo realizado pela QSP – Marketing Management & Research, realizado junto de mais de 130 profissionais do tecido empresarial, permitiram fazer uma primeira análise sobre a temática do evento, explorando o cenário evolutivo do mundo empresarial e as estratégias que vêm a reformular as organizações como as conhecemos.

A 17ª edição do QSP SUMMIT, que vai decorrer de 02 a 04 de julho de 2024, no Porto – Matosinhos, será o palco para o debate e a partilha de conhecimento. Sob o tema ‘Rethinking Organizations’, mais de três mil e quinhentos participantes terão a oportunidade de ouvir durante os três dias do evento mais de 90 oradores a debater sobre as tendências da dinâmica organizacional e como as empresas estão a adaptar-se para enfrentar os desafios do mundo atual.

Mais informações podem ser consultadas no website oficial do evento http://www.qspsummit.pt/.

 

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Associações de Portugal e Espanha pedem maior reconhecimento do setor da distribuição na Europa

APED, ASEDAS e ANGED lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Asociación Española de Distribuidores, Autoservicios y Supermercados (ASEDAS) e a Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución (ANGED) lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 9 de junho, as associações signatárias apelam a um maior diálogo dos atores políticos europeus com este setor, que “está no centro da economia europeia e do bem-estar dos cidadãos deste território”, sendo um dos 14 ecossistemas estratégicos definidos pela Comissão Europeia na sua proposta de reforma da política industrial europeia.

“É o elo de ligação entre fabricantes e 450 milhões de consumidores, o maior empregador do setor privado na Europa – 26 milhões de pessoas -, gera 10% do PIB da União Europeia, com mais de 99% das cinco milhões de empresas retalhistas e grossistas na Europa a serem Pequenas e Médias Empresas (PME)”, destacam.

O aumento dos preços da energia e dos combustíveis, constrangimentos no transporte internacional, impactos decorrentes de conflitos armados, escassez de matérias-primas e inflação são os principais desafios apontados ao setor pelas associações signatárias do manifesto.

A estes, acrescentam “um verdadeiro ‘tsunami’ regulatório, com mais de 3.000 normas regulamentares em constante evolução e alteração, que aumentou consideravelmente os custos de funcionamento das empresas”.

A partir deste cenário, APED, ASEDAS e ANGED apontam a necessidade de serem criadas novas soluções e maior flexibilidade na regulamentação laboral para responder às novas necessidades do mundo do trabalho e aos novos estilos de vida e necessidades dos consumidores.

Defendem ainda uma regulamentação que garanta segurança jurídica e um ambiente empresarial estável, que assegure condições de concorrência e acesso a um mercado que permita o desenvolvimento dos seus modelos de negócio.

E apelam a que o quadro regulamentar garanta a segurança alimentar em todas as circunstâncias, relações comerciais estáveis na cadeia, utilização de tecnologias que reforcem a segurança dos estabelecimentos comerciais e deem uma garantia da qualidade dos produtos e a rotulagem adequada, aliada ao combate ao desperdício alimentar.

“Perante um mercado cada vez mais globalizado e que permite que comerciantes de países terceiros obtenham uma vantagem competitiva sobre empresas da União Europeia, os signatários defendem a necessidade de estabelecer condições de concorrência equitativas entre as empresas europeias e os operadores internacionais, bem como garantir um level playing field, com as mesmas regras para todos os operadores, independentemente de operarem em ambiente físicos ou digitais”, alertam ainda.

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Missão Continente doou em 2023 mais de 360 mil euros através do projeto Sacos Solidários

No total, desde o início do projeto, em 2021, já foram angariados, com a ajuda dos consumidores, mais de 810 mil euros através da venda de mais de 1,5 milhões de sacos.

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Em 2023, a Missão Continente doou mais de 360 mil euros, através do projeto ‘Sacos Solidários’, a 20 instituições que atuam em áreas vitais como apoio à infância e juventude, o apoio animal, organizações internacionais, a diversidade e inclusão e o combate à fome, pela venda de 721 165 sacos. No total, desde o início do projeto, em 2021, já foram angariados, com a ajuda dos consumidores, mais de 810 mil euros através da venda de mais de 1,5 milhões de sacos.

A Missão Continente realizou esta terça-feira a entrega simbólica do valor angariado em 2023, entregues a 20 instituições, que totalizaram um apoio de 360 582,50 euros.

As 20 instituições apoiadas são: o Movimento Transformers, a Obra do Frei Gil, a CrescerSer, a Casa S. Francisco Assis, a PRAVI, a Liga Port, a Direitos Animal, a Associação Animais de Rua, a Animalife, a UNICEF, a Um pequeno gesto, a Hope for fulanis, a The Big Hand, o Espaço T, a Corações com Coroa, o Teatro do Vão, a Associação Salvador, a Refood, a Comunidade Vida e Paz, a Porta Solidária e as Cáritas Paroquial Matriz Portimão.

“O projeto ‘Sacos Solidários’ é um símbolo do compromisso contínuo da Missão Continente com o bem-estar das nossas comunidades. Através da colaboração dos nossos clientes e parceiros, conseguimos alcançar resultados incríveis e continuar a construir um futuro mais solidário e sustentável. Estamos muito satisfeitos com o impacto positivo que esta iniciativa tem tido e estamos entusiasmados por continuar a trabalhar em conjunto para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.”, sublinha Rita Barrocas, coordenadora de responsabilidade social do Continente.

Durante o evento de divulgação dos resultados da edição anterior, foi ainda apresentada a nova coleção dos ‘Sacos Solidários’ para 2024. A edição deste traz novos temas e parcerias, reafirmando o compromisso da Missão Continente com a construção de um mundo mais solidário e sustentável. Os temas selecionados para esta edição incluem a Saúde Mental, o Acesso a Cuidados e Bens Essenciais, a Educação e o Envelhecimento Ativo. Estas áreas foram identificadas como prioritárias durante a Sessão Plenária do Conselho Estratégico da Missão Continente de 2022.

A Saúde Mental continua a ser uma área de foco para a Missão Continente, com apoios a instituições como a ASMAL, a CAPITI, o Centro Dr. João dos Santos e o Gondomar Social. O objetivo é promover o bem-estar psicológico e combater estigmas associados a esta área.

No âmbito do Acesso a Cuidados e Bens Essenciais, a Missão Continente colaborará com a Associação Cais, Associação Crescer, a Associação Just a Change e a Misericórdia de Gaia, garantindo que todos possam viver com dignidade e segurança.

Para a área da Educação, a Missão Continente apoia instituições como a Academia Johnson Semedo, a ADCE, o Grupo Social de Sto. Agostinho e a Santa Casa da Misericórdia de Cascais, assegurando oportunidades educacionais de qualidade para todas as crianças.

O Envelhecimento Ativo será promovido através de parcerias com a Pedalar sem Idade Portugal, o Centro Cultural e Social de Sto. Adrião, o Centro Paroquial da Mexilhoeira Grande e o Centro Social Paroquial de Sta. Margarida de Abrã, garantindo um envelhecimento com dignidade e vitalidade.

Os sacos solidários, disponíveis por 1,50€ nas lojas Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia, destinam-se a apoiar causas sociais considerados relevantes e fraturantes, revertendo 0,50€ por cada saco vendido para as instituições parceiras.

 

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Mendes Gonçalves adquire Territórios Criativos para impulsionar ecossistema empreendedor

A Casa Mendes Gonçalves adquiriu a empresa de consultoria e formação na área do empreendedorismo Territórios Criativos. Esta aquisição faz parte da estratégia do grupo de investir em empresas e […]

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A Casa Mendes Gonçalves adquiriu a empresa de consultoria e formação na área do empreendedorismo Territórios Criativos. Esta aquisição faz parte da estratégia do grupo de investir em empresas e negócios que contribuam para o fortalecimento do ecossistema empreendedor em Portugal, com um forte enfoque no impacto social e económico” sublinha em comunicado.

Carlos Gonçalves, administrador do Grupo, destaca a importância desta aquisição para os planos futuros da empresa. “Acreditamos que, ao integrar os Territórios Criativos no nosso grupo, estamos a dar um passo significativo para apoiar o desenvolvimento de novos negócios e a criação de valor sustentável no nosso país. Este investimento reflete o nosso compromisso com o empreendedorismo e a inovação, áreas cruciais para o progresso económico e social de Portugal,” afirma.

Com esta aquisição, Luís Matos Martins, fundador dos Territórios Criativos, assumirá a liderança desta nova unidade de negócio dentro do grupo Casa Mendes Gonçalves. Luís Matos Martins expressa o seu entusiasmo pela nova fase que se inicia: “Esta aquisição é estratégica, pois permitirá a consolidação e diversificação do nosso negócio no mercado em que atuamos, mas também a expansão para territórios onde o grupo Mendes Gonçalves se encontra presente, trazendo oportunidades para o desenvolvimento de novos projetos.”.

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Coviran reforça presença no norte

Com a celebração do 13.º aniversário em Portugal, a Coviran acaba de reforçar a sua posição no norte do país, com a abertura de dois novos supermercados: em Vila Real […]

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Com a celebração do 13.º aniversário em Portugal, a Coviran acaba de reforçar a sua posição no norte do país, com a abertura de dois novos supermercados: em Vila Real e em Bragança

A primeira inauguração foi na Vila de Boticas (distrito de Vila Real), um novo espaço, que disponibiliza um variado sortido ao nível do livre serviço, onde se destacam as secções de frutaria, padaria, talho, charcutaria, mercearia e congelados. Situada na Avenida de Chaves, número 5, a loja tem o horário de funcionamento das 08h30 às 13h00 e das 14h30 às 19h30, de segunda a sábado.

O mais recente supermercado Coviran, abriu no Mercado Municipal de Bragança (loja 106), e conta com secções de congelados, charcutaria, frutaria e padaria, reforçando o compromisso da insígnia na oferta dos produtos mais frescos.  O horário de funcionamento é das 8h30 às 19h00, de segunda a sexta-feira e das 8h30 às 13h00 ao sábado – encerra ao domingo.

“Estas novas aberturas vêm reforçar a marca Coviran no norte do país. Pretendemos dar continuidade ao nosso plano de expansão, sempre com o compromisso de servir as comunidades locais, de contribuir com novos postos de trabalho e levar conveniência e qualidade para o dia a dia dos nossos clientes.”  sublinha Acácio Santana, diretor geral da Coviran Portugal.

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