Trabalho temporário diminuiu no 1º trimestre face ao mesmo período de 2023
O ensino básico mantém-se como nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 57%, no 1º trimestre do ano). As colocações de ensino secundário (entre 31% a 37%) ocupam o segundo lugar.
Hipersuper
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
A APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos e o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) divulgaram os Barómetros do Trabalho Temporário relativos aos meses de janeiro, fevereiro e março de 2024, fazendo a comparação com o período homólogo do ano anterior.
No 1º trimestre de 2024, menos 13.324 pessoas foram colocadas em trabalho temporário, comparativamente ao mesmo período de 2023. No total, a diminuição no número de colocações no 1º trimestre de 2024 face ao mesmo período do ano anterior foi de -13,5%: no período em análise em 2023 foram 98.696 as pessoas colocadas em trabalho temporário, enquanto em 2024 foram 85.372.
Por mês, verifica-se que em janeiro de 2024 houve menos 4.075 pessoas (-12,5%) colocadas em trabalho temporário. Uma diminuição que se verificou também em fevereiro – menos 4.393 pessoas (-13,5%) – e em março deste ano – menos 4.856 pessoas (-14,5%).
“Os valores estão ainda -24,3% abaixo das colocações do 1º trimestre de 2019 (112.781 colocações), -17,7%, -15,1% e -11,2% abaixo do mesmo período em 2020, 2022 e 2021 (103.945, 100.606 e 96.099 colocações, respetivamente)”, revela o barómetro.
Básico é a escolaridade predominante
O Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que desde junho de 2023 apresenta um decréscimo gradual, continua a diminuir desde o início do ano, fixando-se em 0,87 em janeiro e fevereiro e 0,86 em março. Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior.
Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, “verifica-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em janeiro (44%), em relação a 45% em fevereiro e março” refere o estudo, indicando ainda que ao nível da distribuição etária, entre 26% a 27% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no 1º trimestre de 2024.
O ensino básico mantém-se como nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 57%, no 1º trimestre do ano). As colocações de ensino secundário (entre 31% a 37%) ocupam o segundo lugar. Em fevereiro e março, as pessoas com licenciatura representavam cerca de 10% das colocações, quando em janeiro foram aproximadamente 6%.
As empresas de ‘fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis’ continuam a ser as que mais contratam em regime de trabalho temporário: cerca de 11% a 13% no 1º trimestre deste ano. Seguiram-se as empresas de ‘fornecimento de refeições para eventos e outras atividades’ (cerca de 8% a 9%) e as empresas de ‘atividades de serviços de apoio prestados às empresas’ (cerca de 7% a 8%).
‘Outras profissões elementares’ (entre 32% e 34%) e ‘Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes’ (17% a 19%) foram as profissões com mais trabalhadores neste regime, no 1º trimestre do ano.
“Temos consciência que o barómetro não espelha a totalidade das empresas que operam em território nacional e que têm o alvará regularizado, mas, por outro lado, acreditamos que, pela amostra setorial e pela representatividade que as empresas que servem de base ao barómetro que o mesmo reflete sem dúvida o estado atual deste setor”, sublinha o presidente da APESPE-RH.
Afonso Carvalho acrescenta que existem vários fatores que podem ajudar a explicar estes valores, “nomeadamente os setores de atividade que predominantemente utilizam mais ou menos trabalhadores com contrato de trabalho temporário e que, de uma forma geral, estão em baixa, a situação económica, a instabilidade que vivemos atualmente, os receios de contratação, o aumento da inflação e os excessivos custos associados à contratação de trabalhadores, independentemente do tipo de contrato, o que faz com que as empresas estejam muito mais prudentes e outras a travarem a fundo”.