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Assunção Cristas, Ministra da Agricultura

FMCG

Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: “A indústria é essencial para a agricultura”

Em entrevista ao Jornal Hipersuper, a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, admite que, “quando o Estado, através do Governo, pretende substituir-se aos empresários na sua função básica de escolher o que produzir, como o fazer e em que quantidades, é normalmente um estorvo”. Por isso, “a resposta apenas poderá ser dada pelos empresários do sector agro-alimentar”.

Victor Jorge

Assunção Cristas, Ministra da Agricultura

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Assunção Cristas, Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território: “A indústria é essencial para a agricultura”

Em entrevista ao Jornal Hipersuper, a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, admite que, “quando o Estado, através do Governo, pretende substituir-se aos empresários na sua função básica de escolher o que produzir, como o fazer e em que quantidades, é normalmente um estorvo”. Por isso, “a resposta apenas poderá ser dada pelos empresários do sector agro-alimentar”.

Victor Jorge
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Considerando a indústria transformadora “essencial” para a agricultura nacional, a Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, incita as empresas portuguesas a investir lá fora, considerando que esse investimento “poderá traduzir-se na conquista desses mercados, funcionando como uma autêntica ponta de lança para futuras exportações”.

Hipersuper(H): Portugal negociou com a União Europeia a antecipação das ajudas aos agricultores, para os auxiliar a enfrentar a perda de rendimento provocada pela seca prolongada no valor de 300 milhões de euros (num total e 600 milhões). O que é que esta antecipação poderá significar para a agricultura e agro-indústria nacional?

Assunção Cristas (A.C.): O principal objectivo do pedido em causa é o de antecipar a criação de alguma liquidez para um momento tão breve quanto possível. Tratando-se de apoios comunitários, essa antecipação tem que obedecer a regras impostas pela própria comissão, pelo que não é possível concretizá-la, como seria meu desejo, imediatamente.

H: Que repercussões tem esta seca, aliada ao aumento dos combustíveis, no sector agrícola nacional, bem como na agro-indústria? É possível contabilizar os prejuízos resultantes desta seca?
A.C.: As repercussões são, infelizmente, muito grandes e todas elas negativas, embora variando de sector para sector. Aliás, e se me permite, um dos problemas que a nossa sociedade tem, por ser tão urbana, é o de não ter a noção da importância real da chuva para a agricultura. No entanto, é fácil de perceber, se pensarmos no que aconteceria se, numa indústria alimentar, fosse cortado o fornecimento de energia eléctrica, por um período longo de tempo. A fábrica parava, não haveria produção, e adulterar-se-ia aquela que estivesse em armazém. É esta, na agricultura, a importância da água. Sem água não há produção.

Nas actuais circunstâncias de seca, para as indústrias transformadoras, nomeadamente as alimentares, a questão coloca-se mais em termos de eventual dificuldade no acesso a matérias-primas produzidas em Portugal.

Quanto à quantificação dos prejuízos, infelizmente eles só podem ser contabilizados à medida que vão ocorrendo, até ao final do ano agrícola. De todo o modo, existe um Grupo de Trabalho e uma Comissão Interministerial que estão a acompanhar em permanência a evolução da situação, e a proceder à contabilização dos respectivos efeitos.

H: Acredita que, devido a esta realidade, os preços dos produtos agrícolas possam vir a conhecer um aumento significativo e que será o consumidor final a pagar, mais uma vez, a factura?
A.C.: Isso só poderá acontecer de forma pontual. Repare que Portugal é um País importador (no sentido em que a produção não é suficiente para fazer face ao consumo interno ou, dito de outra forma, dado que importamos mais do que aquilo que exportamos) de muitas das matérias-primas que se destinam à indústria.

Nestas circunstâncias, aquilo que se passa em Portugal não afecta minimamente o que se passa no mercado mundial. Tome por exemplo o milho ou outros cereais: produza Portugal aquilo que produzir, o preço a que as indústrias em Portugal se podem abastecer, não oscilará um cêntimo que seja. Apenas nas situações muito específicas de fornecimento de frescos (hortícolas, frutas) se poderá notar algum aumento de preço. É o que poderia acontecer, por exemplo, na indústria do concentrado de tomate, em que a matéria-prima não pode ser transportada a grandes distâncias: se houvesse expectativa de uma quebra grande de produção, poderia haver alguma subida de preço como forma de forçar mais terra a produzir. Mas chamo a atenção para o facto de, nas culturas de regadio, desde que exista água para rega, não existem razões para temer quebras de produção.

H: Durante muitos anos o Ministério da Agricultura esteve muito virado para a produção primária. Hoje é cada vez mais consensual que tem de haver uma visão de fileira e que a indústria transformadora pode ter uma papel decisivo na sua dinamização e na recuperação da economia nacional. Com vê este elo de fileira?
A.C.: A indústria é essencial para a agricultura. Ou dizendo de outra forma: o elo imediatamente a seguir à agricultura é essencial para o seu bom desempenho. Em muitos casos, esse elo é a indústria, noutros casos, como o dos produtos para consumo em fresco, é a distribuição. Aliás, os grandes sucessos da agricultura portuguesa, aqueles que ficam para a história, são uma evidência disso mesmo: o tomate para concentrado, a beterraba para açúcar, a azeitona para azeite, a uva para vinho. Talvez me esteja a esquecer de algum, mas estes são exemplos cabais da importância de termos fileiras a operar em sintonia entre os diversos elos.

E isto nada tem de desprimor para a agricultura. Como em qualquer actividade, quem “manda” é o consumidor final, com quem o produtor agrícola raramente está em relação directa. Assim sendo, a indústria transformadora ou, por vezes, a distribuição, são os motores da produção de matérias-primas agrícolas, passando para estes os sinais do mercado, e desenvolvendo parcerias que podem ter diversas expressões, como por exemplo o apoio tecnológico.

Mais uma vez o refiro: exemplos como o da indústria do tomate (este mais antigo, mas ainda vivo) ou da indústria açucareira a partir de beterraba (este mais recente, mas precocemente interrompido) são exemplos de colaboração exemplares, e que garantiram a Portugal lugares de topo a nível mundial na produção das respectivas matérias-primas agrícolas.

H: Que iniciativas está o Ministério da Agricultura a desenvolver para potenciar ainda mais esta visão integrada de fileira e que medidas/parcerias pensa dirigir para a indústria transformadora?
A.C.: A iniciativa com mais visibilidade foi a criação da PARCA – Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agro-alimentar – na qual têm assento entidades representantes dos diversos elos da cadeia alimentar. Esta plataforma, na qual a FIPA participa desde a primeira hora, tem um programa de trabalho bem definido, tendo já concluído o tratamento do tópico “transparência de mercados” com importantes decisões. Segue-se o tema da equidade ao longo da cadeia (que inclui as questões da auto-regulação, da legislação e da interprofissão) e, para concluir este primeiro ano, a valorização da produção nacional.

Em paralelo com esta iniciativa, outras coisas vão acontecendo de muito positivo, de que gostaria de salientar a importância de os sectores avançarem de forma decidida para as interprofissionais. Temos excelente legislação nesta matéria, e é um domínio que nos permite ir resolvendo, caso a caso, os problemas de sectores muito específicos. Mas atenção: o seu sucesso depende da vontade dos diferentes actores, desde a produção até à distribuição e ao consumo, passando pela indústria transformadora.

H: Quais são, de facto, as culturas/produtos em que Portugal deverá apostar, de forma a, efectivamente, conseguir dinamizar o sector agro-industrial e a economia de Portugal?
A.C.: Essa é uma pergunta, permita-me a expressão, de polichinelo. E a resposta apenas poderá ser dada pelos empresários do sector agro-alimentar. É uma visão que tem que ser abandonada, essa de ser o Governo a definir o que é que deve ser produzido ou não. Nem na agricultura, nem em qualquer outro sector isso deverá acontecer. Quando o Estado, através do Governo, pretende substituir-se aos empresários na sua função básica de escolher o que produzir, como o fazer e em que quantidades, é normalmente um estorvo. Aquilo que nos compete, isso sim, é conseguirmos interpretar correctamente as estratégias das empresas, e articularmos os meios que estão à nossa disposição por forma a apoiarmos o desenvolvimento dessas estratégias.

Em matéria agrícola, mais do que apoiar directamente a produção de um ou outro produto, compete-nos contribuir para a criação das condições estruturais que permitam êxito aos produtores, quaisquer que sejam as suas opções. E aqui há dois ou três factores transversais que considero absolutamente estruturantes para a agricultura portuguesa (e, portanto, também para a indústria que precisa de uma agricultura competitiva): apostar fortemente nas infra-estruturas de rega que permitam um uso mais generalizado e mais eficiente da água, incentivar de forma decidida a organização da produção em todos os sectores e estimular um melhor funcionamento e uma maior equidade na cadeia agro-alimentar.

H: Tema recorrente e de difícil resolução são os prazos de pagamento e preços estabelecidos por quem compra os produtos aos agricultores, nomeadamente, a distribuição moderna. No início do ano ouvimos a Ministra da Agricultura admitir, no decorrer do Congresso da APED que “a relação de poder entre distribuidores e produtores não é equilibrada”, destacando mesmo que “quem está na posição mais fraca, sente-se esmagado”. Esse sentimento de esmagamento continua?
A.C.: Que o poder negocial não é homogéneo ao longo das cadeias alimentares, é um facto indesmentível: nos patamares onde a concentração é maior, o poder negocial aumenta e, com ele, a tentação para as práticas abusivas aumenta também. Aquilo que referi no congresso da APED, refiro-o também aqui (ou no congresso da FIPA) em relação a algumas práticas da indústria para com os agricultores. Repare que o problema não é da distribuição em si mesma, nem tão pouco da indústria. O problema, repito-o, é das tentações em que as partes podem cair quando concentram muito poder.

Respondendo directamente à sua questão: sim, o sentimento de existência de práticas abusivas continua a existir. Mas também existem passos importantes de aproximação que foram dados, e que a meu ver permitirão ultrapassar de forma construtiva muitos dos obstáculos. Nestas e noutras matérias, gosto de ser muito frontal. E por isso, não quero deixar de chamar a atenção para o facto de a maior parte da produção agrícola ser escoada para a indústria e não para a distribuição. Também aqui existem problemas, em muitos sectores, que temos de nos esforçar para resolver.

H: O que é que o Ministério da Agricultura está a fazer para equilibrar a relação de poder entre distribuição e produção?
A.C.: Como há pouco lhe referi, trabalhamos com os representantes da distribuição como trabalhamos com os representantes da indústria, com o objectivo de equilibrar as relações entre todos, mas estamos particularmente preocupados, no Ministério da agricultura, com a posição frágil dos agricultores relativamente a ambos. Todo o trabalho está centralizado na PARCA, mantendo o Ministério, para além disso, as relações bilaterais que vai entendendo úteis e profícuas com as entidades representantes da indústria e da distribuição. Acreditamos que estamos a dar os passos certos, sem exacerbar as posições.

E, digo-lhe, temos encontrado vontade e motivação, tanto da indústria como da distribuição, para resolver os problemas que existem com a agricultura, o que me apraz registar.

H: Será, portanto, no âmbito da Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Alimentar (PARCA) que serão encontradas as soluções para todas estas questões?
A.C.: Diferentes tipos de questões terão que ser resolvidas de formas diferentes. É evidente que a PARCA não é um remédio para todos os males que assolam as relações entre os agricultores e a indústria e distribuição. Mas é um fórum de onde outras vias podem emergir. Já lhe referi a importância que dou à criação de interprofissionais dinâmicas, e alguns actores deram já os primeiros passos nesse sentido, por exemplo no sector das hortofrutícolas frescas.

Como é evidente discutiremos igualmente outras vias, de que já tenho falado, como por exemplo a questão dos contratos obrigatórios e do conteúdo mínimo desses contratos. Seguindo aliás as recomendações do Grupo de Alto Nível do Leite, este é um sector onde iremos certamente avançar nesta base. No limite, e isto nem é necessário dizer, revisitaremos a legislação existente, robustecendo-a se for caso disso.

Mas não nego que será para mim uma desilusão se, neste momento particular da vida do nosso País, não for possível encontrar plataformas de acordo abrangentes para resolver parte dos problemas que existem nesta matéria. A via legislativa, sendo possível, nem sempre é a mais eficaz.

H: No âmbito da PARCA foi, também, anunciado que, a partir de Maio de 2012, os preços praticados entre a produção e a distribuição passam a ser públicos, cumprindo, assim, o seu grande objectivo para o primeiro trimestre de 2012. É esta a forma encontrada para a tal “transparência nos preços”, reforçando a ideia que a Sra. Ministra deixou durante o congresso da APED de que “precisamos de ter uma cadeia alimentar em que todos ganhem na medida do seu trabalho, dos custos que têm e do seu empenho”? Será suficiente?
A.C.: Que é uma forma, não tenho quaisquer dúvidas, pois só com esta transparência é possível ver objectivamente onde é que existem os problemas de desequilíbrio. Se as partes o quiserem, pois há informação que depende delas, as decisões tomadas pela PARCA neste domínio serão um contributo inestimável. Se será suficiente para resolver problemas, é evidente que não. A transparência é um meio de diagnóstico e não um meio de cura. Mas se tivermos a possibilidade de olhar a formação dos preços ao longo da cadeia de forma transparente, será evidente onde é que a falta de equidade está presente.

H: Tema frequentemente debatido é, também, o Código de Boas Práticas, não tendo sido possível chegar a um acordo entre as três entidades (CAP, CIP e APED). Em que pé estamos neste ponto?
A.C.: O Governo é, nessa matéria, um mero espectador. Obviamente interessado, na medida em que acredita que um Código de Boas Práticas pode ser um instrumento de enorme valia. Mas, como instrumento de auto-regulação, é um assunto da inteira responsabilidade das entidades que referiu, ou de outras que estiverem ou venham a estar envolvidas.

Tanto quanto sabemos, neste momento as partes em questão não conseguiram ainda chegar a um acordo, pelo que da parte do Governo mais não podemos fazer nessa matéria do que desejar que tal acordo venha a ser possível com a maior celeridade, pois faz muita falta ao funcionamento da cadeia agro-alimentar.

H: O secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira, admitiu, no início do ano que o Governo está “empenhado em incentivar” a assinatura de um Código de Boas Práticas, de forma a que possa existir “maior equidade” e “maior transparência”. Contudo, deixou o aviso que se não se passar do campo das intenções à prática, o Governo terá de “ponderar mecanismos de regulação que permitam obviar as dificuldades conhecidas neste sector”? De que mecanismo de regulação estamos a falar?
A.C.: Sem querer interpretar as palavras do Senhor Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, parece-me claro que, se não existirem acordos de auto-regulação globais levados à prática, restam duas vias possíveis. A via legislativa pura, a que atrás me referi, e a via dos acordos de auto-regulação pontuais ou sectoriais, que poderão resolver uma parte significativa dos problemas que existem com a agricultura. As interprofissionais são disso um exemplo, como também já lhe referi. De resto, e naquilo que compete ao Estado, asseguraremos sempre uma fiscalização eficaz, por forma a garantir que a legislação é cumprida.

H: O que poderá a agricultura e agro-indústria nacional esperar do processo de revisão da PAC (Política Agrícola Comum) para o período pós-2013? O que alteraria ou que propostas poderão ser apresentadas para benefício da tal fileira da agricultura/agro-indústria nacional?
A.C.: O que neste momento existe são as propostas da Comissão, que estão a ser alvo de processo negocial entre os diversos Estados-membros. As propostas são, de uma forma geral, e no seu espírito, positivas para Portugal. No entanto, apresentam um conjunto de questões com as quais estamos em desacordo e que podem traduzir-se em claro prejuízo para o País. Mas, resumindo a questão, diria o seguinte: para nós é importante que os dois pilares da PAC (ajudas directas ao rendimento e ajudas ao desenvolvimento rural) sejam olhadas de acordo com as suas lógicas específicas.

No caso das ajudas directas ao rendimento (o chamado 1.º pilar), onde Portugal recebe valores claramente inferiores à média comunitária, é importantíssimo que exista uma maior equidade, e que o apoio que os agricultores portugueses venham a receber seja mais próximo da média europeia. É isso que está proposto, embora de forma envergonhada e com um prazo de concretização excessivamente longo.

No caso dos apoios para o desenvolvimento rural (o chamado 2.º pilar), é essencial que Portugal, com atrasos ainda significativos no desenvolvimento e organização do espaço rural, mantenha apoios que lhe permitam, com a maior brevidade possível, alcançar níveis de desenvolvimento mais próximos daqueles que se verificam nos seus parceiros europeus.

Sem entrar em pormenores sobre o greening e a definição de agricultor activo, gostaria de chamar a atenção para três aspectos que me parecem muito importantes para nós, e que não estão vertidos de forma conveniente na proposta da Comissão: a importância que queremos dar ao regadio no 2.º pilar, a importância de fortalecimento das OPs (mais do que a criação de novas, é preciso fortalecer as que existem) e o estímulo à produção.

H: Governo e empresários, em uníssono, apresentam a exportação e internacionalização como a porta de saída para a recessão da economia nacional. O que é que o Governo e, em particular o Ministério da Agricultura, estão a fazer para potenciar o desempenho da fileira agro-industrial nos mercados externos?
A.C.: Pouco tempo após ter chegado ao Governo fui confrontada com diversos comentários sobre a ausência, para Portugal, de uma estratégia para a internacionalização do agro-alimentar. À medida que fui contactando com as diversas associações e grupos empresariais que operam neste sector, apercebi-me que, de facto, a política do Estado português, apesar de bem-intencionada, era bastante errática.

Deixe-me, no entanto, fazer uma observação importante: neste domínio, tal como no domínio da escolha daquilo que se deve ou não produzir que há pouco referi, quem tem estratégias são as empresas. Ao Estado compete interpretar essas estratégias, dar-lhes uma coerência, e colocar-se ao serviço delas. E é exactamente isso que estamos a fazer. Solicitei ao sector agrícola e alimentar, através da Associações Empresariais representativas que, até ao final do 1.º trimestre de 2012, elaborasse um documento que traduzisse os objectivos de internacionalização, as acções a empreender e os meios necessários para tal, para cada um dos sectores e mercados. Sabemos que os trabalhos estão a avançar a bom ritmo, embora com um ligeiro atraso. Espero que, no final de Abril, tal documento esteja pronto. A partir dele, poderemos articular de forma construtiva toda a nossa acção de facilitadores de implementação dessa estratégia.

Para além disso, e como é do conhecimento público, entendeu o Governo que eu, enquanto Ministra da Agricultura, passasse a integrar o Concelho Estratégico para a Internacionalização da Economia, reconhecendo a importância vital que o agro-alimentar tem para o País.

Temos, para além disso, desenvolvido actividade diversa, em perfeita articulação com a AICEP, visando a concretização de iniciativas empresariais, algumas das quais deram já origem a novos contratos de exportação. Foi o caso de uma visita à Suécia, que permitiu a celebração de um contrato de exportação de azeite e que despoletou a organização da vinda a Portugal de um conjunto de distribuidores suecos interessados nos produtos horto-frutícolas nacionais (que deverá decorrer no mês de Abril).

Foi também, e mais recentemente, a ida a Angola de uma missão empresarial (organizada pela AIP e pela AICEP), que terá certamente os seus frutos a esse nível.

Finalmente, gostaria de acentuar que a internacionalização, passando obviamente pelas exportações, deverá ir mais além. É importante que exista investimento português no estrangeiro, pois esse investimento virá sempre a traduzir-se na conquista desses mercados, funcionando como autêntico ponta de lança para futuras exportações.

 

 

 

Mercados emergentes suportam crescimento do Carrefour

Os resultados positivos do segundo maior retalhista mundial e líder europeu tiveram nos mercados emergentes onde actua a principal fonte para o crescimento. As contas do Carrefour indicam um crescimento no primeiro trimestre de 2012 de 0,9% (1,5% incluindo combustíveis) face a igual período em 2011, totalizando as receitas 22,490 mil milhões de euros.

 

Sobre o autorVictor Jorge

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Mercadona abre supermercado em Leiria

A Mercadona conta com um total de 53 espaços abertos, dois dos quais no distrito de Leiria (depois ter aberto, em 2022, nas Caldas da Rainha).

A Mercadona abriu uma nova loja esta quinta-feira em Leiria, na Rua de Santa Clara nº 76. A abertura deste supermercado continua a refletir a aposta da Mercadona no seu plano de expansão em Portugal, onde, ao final de cinco anos, a empresa conta com um total de 53 espaços abertos, dois dos quais no distrito de Leiria (depois ter aberto, em 2022, nas Caldas da Rainha). Esta loja criou 90 novos postos de trabalho, contribuindo para a criação de emprego local.

“É com imenso entusiasmo que abrimos a nossa 53ª loja de 2024 em Leiria, a primeira do município e a segunda do distrito dando assim mais um grande passo no plano de expansão em Portugal. Para além de estarmos cada vez mais próximos dos nossos “Chefes” (clientes), criámos 90 postos de trabalho, contribuindo assim para o aumento da empregabilidade local. Esperamos que os leirienses continuem a desfrutar do nosso sortido, de uma equipa de colaboradores pronta para os receber e esperamos que encontrem neste novo espaço Mercadona o seu supermercado de confiança.”, sublinha Carla Cunha, diretora de relações Externas da zona Centro-Norte de Portugal.

Edificada nas antigas instalações da Sarvinhos, emblemática empresa da região e do setor vitivinícola, a nova loja da Mercadona em Leiria tem uma área de vendas de 1.900 m2, à semelhança de outros supermercados da cadeia, conta com as secções de Talho, Peixaria, Charcutaria, Pastelaria e Padaria, Perfumaria, Cuidado do Lar e Animais de Estimação, Frutas e Legumes, Garrafeira e Pronto a Comer com self-service e várias opções de pratos preparados para levar ou comer na loja, numa zona exclusiva para o efeito. Além disso, os “Chefes” (clientes) podem também contar com um mural de sushi, onde se pode encontrar ainda uma grande variedade de pratos asiáticos prontos a consumir, presunto cortado à faca e embalado no momento, uma máquina de sumo de laranja espremido na hora, carrinhos de compras leves, ergonómicos e sem moeda.

Dispõe de 237 lugares de estacionamento e mais dois destinados ao carregamento de veículos elétricos. É o caso desta loja, em Leiria, onde existem 434 painéis solares. Ao gerar energia renovável de origem fotovoltaica nas coberturas das lojas, para autoconsumo, a empresa melhora o comportamento ambiental e poupa cerca de 20% de energia elétrica anualmente.

Todas as lojas da Mercadona em Portugal são construídas respeitando o Modelo de Loja Eficiente que está gradualmente a ser implementado em toda a cadeia, com corredores amplos, poupanças energéticas de até 40% comparativamente a uma loja convencional, entrada com entrada dupla que evita correntes de ar e que se caracteriza pela sua acessibilidade e comodidade, sistemas de refrigeração mais sustentáveis, melhorias de isolamento nos móveis de frio, iluminação LED e gestão inteligente do consumo energético.

No âmbito da Política de Responsabilidade Social da empresa, e sendo também uma das principais medidas para a prevenção do desperdício alimentar na Mercadona, este supermercado doará diariamente, e desde o primeiro dia, bens de primeira necessidade ao Lar Santa Isabel, que integra o Centro Social Paroquial Paulo VI (CSPPVI). Uma instituição local de solidariedade social com a qual a Mercadona assinou um protocolo de colaboração.

 

 

 

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MO reabre loja remodelada em Sintra

Situada no centro comercial Alegro Sintra, a loja MO apresenta agora um design mais moderno.

Logística

Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização

Estudo revela as prioridades convergentes e divergentes entre retalhistas e fornecedores, bem como as principais tendências e desafios para o mercado português.

A 12ª edição do estudo “Benchmarking Supply Chain”, análise setorial do grande consumo coordenada pela GS1 Portugal, demonstra que há uma crescente eficiência da cadeia de abastecimento do setor, com foco específico no fluxo order-to-cash (processo completo que uma empresa segue desde a receção de um pedido até ao pagamento).

Publicada recentemente, pela GS1 Portugal, esta análise destaca um desfasamento significativo entre as prioridades dos retalhistas e a perceção dos fornecedores. Enquanto os retalhistas se focam na precisão dos pedidos (quantidades, referências, prazos e validades), especialmente durante períodos promocionais, bem como na qualidade da mercadoria e numa comunicação eficaz, os fornecedores atribuem maior importância à colaboração fluída com os retalhistas, à eficiência nos processos de descarga e administrativos, além da visibilidade do stock, sublinha o estudo.
Esta divergência revela uma clara necessidade de melhorar a comunicação e o entendimento mútuo para otimizar a cadeia de abastecimento e promover uma relação mais eficaz entre os intervenientes.

O estudo identificou também alguns dos principais desafios para a cadeia de abastecimento em Portugal: a eficiência em períodos de picos de procura: A importância da eficiência logística durante momentos de maior procura, como promoções ou a época natalícia, tornou-se um fator essencial, exigindo maior planeamento e capacidade de resposta; a tecnologia e informação, com a integração de sistemas de informação a continuar a ser um pilar para a eficiência colaborativa, apesar de a sua importância ter sofrido uma ligeira diminuição e a sustentabilidade que emerge como uma tendência global que impacta diretamente a logística e as expetativas dos consumidores e empresas por práticas mais responsáveis.

O relatório conclui também que, apesar dos desafios, os fornecedores portugueses demonstram uma melhoria contínua na performance logística pelo terceiro ano consecutivo. O foco no cumprimento de pedidos, na entrega atempada e na qualidade da mercadoria continua a ser essencial, com a tecnologia a desempenhar um papel facilitador na comunicação e gestão de dados.

“O Benchmarking Supply Chain, um estudo com características únicas no contexto nacional, pela análise bidirecional de fornecedores e retalhistas, que coordenamos há 12 anos consecutivos, evidencia a importância de uma constante colaboração entre retalhistas e fornecedores para melhorar a eficiência da cadeia de abastecimento em Portugal.”, refere João de Castro Guimarães, diretor-executivo da GS1 Portugal. “O simples facto de se disponibilizarem para esta mútua avaliação, no âmbito deste estudo, há mais de uma década, é já um sinal nítido de atitude colaborativa. Nesta edição em particular, as diferenças nas prioridades assinaladas por estes dois elos fulcrais da cadeia de valor destacam a necessidade de comunicação cada vez mais eficaz e de um alinhamento estratégico. Na GS1 Portugal continuaremos a apoiar esta cooperação, pela promoção da digitalização, da inovação e sustentabilidade, matriciais à nossa estratégia e essenciais para superar os desafios de um mercado em rápida transformação e cada vez mais competitivo”, acrescenta.

Sobre o autorHipersuper

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Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal

Empresa de distribuição da Symington Family Estates amplia a oferta com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal.

A Portfolio Vinhos, empresa de distribuição da Symington Family Estates, amplia a sua oferta com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal.

Ao longo dos seus 166 anos de história, Marqués de Riscal tem sido uma força pioneira e consistente na produção de vinho espanhol, com um portefólio único de vinhas na Rioja, Castilla y León e Rueda, presente em cerca de 110 países.

Na Marqués de Riscal, a inovação sempre esteve ao serviço da tradição, permitindo expressões cada vez mais puras e fiéis dos terroirs e uvas espanholas. Há uma década, Marqués de Riscal assumiu um compromisso com a agricultura biológica. O respeito pelo meio ambiente, pela fauna autóctone e pelo ecossistema torna o cultivo mais sustentável e prolonga a vida das vinhas, assegurando a qualidade futura dos vinhos. A empresa possui 350 hectares totalmente certificados na Rueda, 370 hectares na Rioja, com pouco mais de 100 em conversão.

A Portfolio Vinhos passa a disponibilizar no mercado português os seguintes vinhos:
Arienzo de Marqués de Riscal Tinto 2019
Marqués de Riscal Reserva Tinto 2019
Marqués de Riscal Reserva XR Tinto 2019
Marqués de Riscal Gran Reserva Tinto 2018
Marques de Riscal Gran Reserva 150 Aniversário Tinto 2017
Barón de Chirel Tinto 2019
Marqués de Riscal Branco 2023
Marqués de Riscal Sauvignon Blanc Branco 2023
Marqués de Riscal Limousin Gran Vino de Rueda Branco 2022

Sobre o autorHipersuper

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Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros

O Grupo os Mosqueteiros renova o seu compromisso com a comunidade e expressa o seu profundo reconhecimento pelo trabalho incansável dos bombeiros.

Face aos trágicos incêndios que têm afetado Portugal e reconhecendo o papel crucial dos bombeiros no combate a estas calamidades, o Grupo os Mosqueteiros reforça o seu compromisso com a comunidade local através da doação de produtos alimentares aos Bombeiros Voluntários entregues nos postos de comando centrais que dão assistência a várias localidades.

“Reconhecemos o esforço incansável e o sacrifício dos bombeiros na proteção das nossas comunidades, especialmente em tempos de crise como os incêndios que temos enfrentado. É com grande sentido de responsabilidade e gratidão que continuamos a apoiar estes verdadeiros heróis,” afirma Pedro Subtil, presidente do Conselho de Administração do Grupo os Mosqueteiros em Portugal.

Através desta doação, o Grupo os Mosqueteiros renova o seu compromisso com a comunidade e expressa o seu profundo reconhecimento pelo trabalho incansável dos bombeiros, demonstrando que a solidariedade é uma prioridade em tempos difíceis.

Sobre o autorHipersuper

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Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024

A Nhood acaba de ver reconhecida a eficácia da sua estratégia de gestão e inovação, através da conquista do selo Superbrands por parte dos Centros Comerciais Alegro – ativos imobiliários sob a sua gestão.

Com presença em Alfragide, Castelo Branco, Montijo, Setúbal e Sintra, os Centros Comerciais Alegro são distinguidos com o selo Superbrands 2024, um reconhecimento “que coloca a marca Alegro no patamar das marcas de excelência em Portugal e sublinha o trabalho que tem sido implementado pela Nhood enquanto gestora de espaços comerciais inovadores e que respondem ativamente aos novos estilos de vida”.

É a primeira vez que esta distinção, que destaca as marcas mais relevantes no mercado com base num estudo junto do consumidor e na avaliação de um conselho de especialistas, é atribuída a centros comerciais em Portugal. Assim, os Alegro são reconhecidos por se destacarem e superarem no trabalho que desenvolvem todos os dias para os seus clientes, recebendo o selo Superbrands pela mão da organização internacional independente que se dedica à identificação e promoção de Marcas de Excelência em 89 países.

Maura Teixeira, Diretora de Marketing & Inovação Ibéria da Nhood, sublinha que “a atribuição do selo Superbrands é um reconhecimento do trabalho de gestão da Nhood, no que diz respeito à evolução e crescimento da marca Alegro. Orgulhamo-nos do caminho que temos feito para dar resposta aos objetivos dos nossos clientes, proprietários dos ativos que gerimos, seja através da inovação, da oferta diferenciada (com usos diversificados, além do retalho), ou, essencial na nossa visão, da escuta ativa do território. Cada decisão é tomada em linha com o que aprendemos ao envolver a comunidade, a par das análises de mercado, da definição de estratégias e, claro, da coordenação dos diferentes stakeholders. Assim, conseguimos adaptar a nossa ação à realidade de cada local, mantendo sempre o core da marca. O resultado é um ecossistema dinâmico e distinto, onde todos – das equipas de gestão às equipas no terreno, incluindo lojistas, parceiros e clientes – contribuem diretamente para o sucesso da marca Alegro”.

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Logística

InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha

Para a InPost, a Península Ibérica é um dos mercados mais importantes na estratégia de crescimento e expansão deste modelo de entrega de encomendas, considerado mais eficiente e sustentável.

A InPost acaba de superar os 11.000 Pontos Pack e Lockers em Portugal e Espanha, convertendo a Península Ibérica num dos mercados mais importantes na estratégia de crescimento e expansão deste modelo de entrega de encomendas, considerado mais eficiente e sustentável.

O aumento do número de Lockers (cacifos inteligentes) e Pontos Pack (pontos de recolha/entrega) em Portugal e Espanha reforça o compromisso da empresa com estes países e com os seus clientes, que passarão a usufruir de uma rede cada vez mais alargada e próxima. “Continuamos comprometidos com ambos os países e os seus cidadãos continuam a aumentar a sua confiança em nós, pelo que formamos um conjunto perfeito no qual podemos continuar a evoluir e a dar o nosso melhor para o bem de toda a sociedade e do planeta”, afirmou a propósito Nicola D’Elia, CEO para Portugal, Espanha e Itália do Grupo InPost.

Segundo a InPost, em Portugal há mais de 2.300 Pontos Pack e Lockers distribuídos por todo o país, o que facilita o acesso e a seleção destes pontos de recolha de acordo com as necessidades de cada utilizador.

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Logística

Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras

Este investimento pretende potenciar a capacidade operacional do Grupo Paulo Duarte junto do seu mais recente cliente, a cimenteira Secil, num acordo válido para os próximos cinco anos.

O Grupo Paulo Duarte voltou a reforçar a sua frota com a aquisição de seis veículos autobetoneiras, num valor de cerca de 1,1 milhões de euros.

Este reforço vem no seguimento da estratégia de expansão e diversificação de negócios do grupo, sublinha em comunicado. Com uma forte aposta na qualidade e excelência, a empresa continua determinada a atender às crescentes exigências do setor logístico e de transportes, providenciando soluções adaptadas às necessidades específicas de cada cliente, acrescenta.

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Bebidas

CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos

As vindimas na Região Demarcada de Lisboa entram em fase de cruzeiro, com a maioria das adegas já em plena laboração.

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Os primeiros dados da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa (CVR Lisboa) confirmam uma redução da produção em 2024, mais acentuada do que os 15% inicialmente previstos, chegando em muitos casos a 40%.

“A entrada em produção das novas vinhas plantadas nos últimos anos não será suficiente para contrariar este cenário de quebra, sendo que as condições climatéricas das próximas três semanas serão decisivas para o desfecho do ano vitivinícola”, revela Francisco Toscano Rico, presidente da CVR Lisboa.

Francisco Toscano Rico acrescenta que esta é uma vindima em que “o grau de profissionalismo e a capacidade de intervenção dos viticultores vai fazer toda a diferença. Quem tratou preventivamente, entrando na vinha no momento certo, não tem perdas tão acentuadas na produção e tem qualidade na vinha, comprovada no momento da entrega das uvas nas adegas”.

Nesta vindima espera-se um aumento significativo da produção do vinho ´Leve Lisboa´, característico por apresentar uma menor graduação alcoólica e boa acidez, que confere frescura. “Este aumento está em linha com as novas tendências de consumo, bem patente no crescimento extraordinário, de cerca de 80%, das vendas do vinho ‘Leve Lisboa’ nos primeiros oito meses deste ano”, refere ainda.

Mais vendas

As vendas totais dos Vinhos de Lisboa registaram, até ao passado mês de agosto, um novo recorde absoluto, com a venda de cerca de 50 milhões de garrafas durante os primeiros oito meses de 2024, mais dois milhões do que no período homólogo, o que representa um crescimento de 4% face a 2023, alavancado pelo aumento nas vendas dos vinhos brancos e rosés e dos vinhos ‘Leve Lisboa’.

A Região Demarcada de Lisboa, que engloba nove denominações de origem – Carcavelos, Colares, Bucelas, Arruda, Alenquer, Torres Vedras, Lourinhã, Óbidos, Encostas d’Aire e Sub-região Medieval D’Ourém -, tem o mercado nacional como um dos principais mercados de consumo, representando já quase 20% do total de vendas. A exportação está próxima dos 80%, repartidos por cerca de 100 países, liderados pelos Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil, Canadá, países escandinavos, Alemanha e Polónia.

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Mira Maia Shopping

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Retalho

Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre

O Mira Maia Shopping vai ter novas lojas e realizar várias remodelações que pretendem melhorar a experiência de todos os visitantes e tornar o centro comercial mais funcional.

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O centro comercial integrante do Grupo Névoa refere que no que diz respeito às novas aberturas, a loja de produtos para animais de estimação Tiendanimal substituirá a atual Pet Outlet, com um espaço renovado e expandido, abrangendo uma área total de 342 m2, para melhorar a exposição e a variedade dos produtos. O centro comercial também trará novidades no setor automóvel com a abertura do Studio Auto, realizada no passado dia 16 de setembro, dedicado à lavagem e tratamento automóvel, que funcionará no piso -1.

Em relação às remodelações, a MO está a realizar um conjunto de obras para melhorar o seu espaço, e a loja de roupa feminina Trucco mudou no passado dia 6 de setembro de localização dentro do centro, para o piso 0, com o objetivo de oferecer uma experiência melhorada aos seus clientes.

Em outubro, o centro comercial contará também com a abertura da ourivesaria D’oro Jóias, que oferecerá uma variedade diversificada de peças de joalharia e relojoaria de luxo.

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