Balanço de 2012 e os desafios de 2013, por Tânia Vicente Coelho (Hays)
2012 foi positivo em termos de recrutamento ou novas contratações para o sector do retalho
Rita Gonçalves
Opentext e Stratesys assinam acordo para implementação de soluções na gestão de qualidade nas empresas
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Por Tânia Vicente Coelho, Senior Consultant & Team Leader, na Hays Recruiting experts in Retail
Se o ano de 2012 constituiu um desafio, o ano de 2013 adivinha-se bastante mais desafiante e o primeiro trimestre ditará as tendências do resto do ano.
É certo que as medidas de austeridade, em sintonia com a elevada carga fiscal, influenciarão em muito o poder de compra e os níveis de consumo dos portugueses, o que poderá levar a uma contínua quebra das vendas no Retalho. De acordo com os números do organismo de estatística europeu, Portugal registou uma quebra de 4,5% no mês de Outubro face a Setembro de 2012, sendo que na comparação anual (com Outubro de 2011) a quebra foi ainda maior, situando-se nos 6,7%. Em Novembro de 2012 a descida foi de 5,2%, tendo Portugal registado a terceira maior queda de vendas a retalho na Europa (revelam os dados publicados pelo Eurostat).
Não podemos deixar de referir a actual situação do Retalho Alimentar, que está a sofrer com a aplicação da taxa de IVA a 23%, o que dificulta a sobrevivência de algumas empresas num mercado em que as margens não geram lucro e as despesas se sobrepõem aos proveitos.
No entanto, embora o sector do Retalho não esteja propriamente estável e se encontre numa situação fragilizada face às consequências da actual conjuntura económica, numa análise mais minuciosa podemos afirmar que o ano de 2012 foi positivo em termos de recrutamento ou novas contratações para o sector.
É um facto que as exportações têm contribuído para contrabalançar o “estado de saúde” da economia, sendo muitas as empresas que viram na exportação/internacionalização uma oportunidade para o seu negócio. Assim, sectores como o dos Vinhos investiram, durante o último ano, na integração de profissionais orientados para a exportação e para a gestão de mercados internacionais. Outros investiram na expansão além-fronteiras, algumas marcas iniciaram o seu processo de internacionalização directamente ou através de parceiros. Os mercados mais apelativos para ambos os casos são a América Latina e o Médio Oriente, não descurando o mercado Africano.
Também os perfis de Marketing Digital/Online têm assumido um papel importante nas empresas (não somente no Retalho, mas nos vários sectores de actividade), como forma de captar novas oportunidades de negócio através do e-commerce e das redes sociais.
Por outro lado, 2012 foi um ano de iberização para as empresas que actuam no mercado nacional; em alguns casos os Departamentos de Marketing foram extintos e alocadas as responsabilidades desta área à sede ibérica em Espanha.
A quebra do volume das vendas do sector originou duas realidades distintas: por vezes, foram extintas as funções de gestão ou supervisão e as equipas de loja reduzidas, como forma de redução de custos. Noutros casos, a quebra das vendas veio acentuar ainda mais a necessidade de recrutar perfis de gestão e supervisão altamente orientados para objectivos, com elevada capacidade analítica e de focus no cumprimento de KPI’s, capazes de gerir eficazmente uma equipa e obter o envolvimento e compromisso de todos. A preparação das equipas de vendas para o produto e para o serviço de excelência tem sido fulcral para fazer face às dificuldades do sector do Retalho.
Todas estas alterações no mercado português têm encorajado os profissionais a procurar desenvolvimento de carreira e melhores condições económicas no estrangeiro. No entanto, esta tendência de emigração pode originar oportunidades para quem permanece no mercado nacional, pois algumas das funções são estratégicas e têm de ser substituídas. Afinal, assim se comprova que até na crise podem surgir oportunidades.
Tânia Vicente Coelho
Senior Consultant & Team Leader
Hays Recruiting experts in Retail