Menos regulação e burocracia para atrair investimento
A previsibilidade, menos regulação e menos burocracia são essenciais para atrair investimento, considera Luís Reis, presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
Rita Gonçalves
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos
Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre
O presidente da Confederação dos Serviços de Portugal (CSP), Luís Reis, defendeu hoje que Portugal dá sinais de poder retomar o caminho do crescimento económico mas que a previsibilidade e a redução da regulação e da burocracia são essenciais para cumprir esse objectivo e atrair investimento.
“Temos a oportunidade de reposicionar o País, estamos num momento de viragem, mas os investidores exigem previsibilidade. Por isso, o meu apelo aos nossos governantes é: parem de fazer legislação e parem de produzir tantas regras”, sustentou Luís Reis na The Lisbon Summit, que decorre desde terça-feira em Cascais.
O presidente da CSP considerou ainda fundamental aliviar a carga fiscal e “uma melhoria drástica” do sistema judicial.
Questionando a abertura de Portugal ao comércio, ao investimento e ao negócio, Luís Reis respondeu positivamente mas levantou algumas reticências, ao contrário do que acontece com o turismo, onde a resposta é um rotundo sim.
“A actividade económica atingiu valores máximos desde Fevereiro de 2001 mas para que Portugal concretize este potencial é preciso manter o défice controlado, reduzir a dívida pública e controlar os gastos públicos”, sublinha Luís Reis.
“A eficiência e estabilidade do nosso quadro legislativo ainda é um problema para os investidores, empresas e cidadãos. Tal como está aberto ao turismo, Portugal deve estar aberto ao investimento e criar as condições necessárias para tal”, acrescentou.
Relativamente ao comércio e à balança das importações e exportações, estas últimas têm estado a crescer mas o poder de compra nacional está ainda 80% abaixo da média da Europa, o que constrange este sector.
Por outro lado, “o investimento público e privado em I&D está a crescer de forma consistente, o número de licenciados cresceu 50% entre 2001 e 2011, a legislação laboral foi revista recentemente e trouxe maior flexibilidade. Os investidores valorizam a nossa força de trabalho, capacidade de investigação e inovação, as nossas infra-estruturas e a nossa estabilidade política, mas falta melhorar o acesso ao financiamento, e reduzir a carga da regulação governamental”.
A CSP integra 20 por cento do PIB nacional, representa mais de 220 mil postos de trabalho, seis empresas do PSI-20, 7 das 10 empresas que mais investem mais em inovação em Portugal e é responsável por 1/3 do IVA cobrado.