E agora…2014 !, por Sérgio Leote (Michael Page Retail)
Os planos de acção do retalho caracterizam-se por serem cada vez menos “irrevogáveis” e aplicam-se cada vez mais a um horizonte temporal mais curto
Rita Gonçalves
CONFAFRI escreve ao ministro da Agricultura e à presidente da CE sobre o Regulamento Anti-Desflorestação
Salesforce investe em formações gratuitas em IA
Luís Simões valida metas de redução de emissões de gases de efeito de estufa
Auchan lança nova edição do concurso ‘A Mesa dos Portugueses’
Gama de bolachas Nacional ganha nova imagem
Opentext e Stratesys assinam acordo para implementação de soluções na gestão de qualidade nas empresas
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Por Sérgio Leote, Consultor Sénior da Michael Page Retail
Esta altura do ano, caracteriza-se por ser particularmente animada para o sector de retalho. E um período particularmente intenso que arranca com a Operação Natal, a que se seguem os normais inventários e apuramento de resultados, culminando na época de saldos. Depois disto, é tempo de balanços, tempo de recontar as armas e preparar 2014. Sendo cada vez mais difícil fazer “futurologia” face a toda a imprevisibilidade e a todas as dúvidas que pairam sobre a economia, as empresas tentam traçar os seus planos de acção para conseguirem melhorar as suas performances. Estes planos de acção caracterizam-se também por serem cada vez menos “irrevogáveis” e aplicam-se cada vez mais a um horizonte temporal mais curto. O mercado compadece-se cada vez menos com a inflexibilidade e a capacidade de adaptação terá que ser cada vez mais apurada, exigindo-se que os timings para o efeito sejam cada vez mais breves. No sector do retalho a inflexibilidade traduz-se tipicamente em palavras como insucesso ou insolvência.
Podemos hoje ver alguns dados que poderão ser um bom pronúncio para o que será 2014, em todo o caso, o cenário continua a ser o de imprevisibilidade. Se atentarmos os investimentos imobiliários que se fizeram no sector do retalho em 2013, tendo sido quase o triplo do que foi feito em 2012, podemos prever um aumento de actividade. Os dados indicam ainda que a confiança dos consumidores recuperou em Dezembro, tendo atingido o valor mais elevado em mais de três anos. Também no desemprego, os números indicam uma redução, ainda que não seja linear se estes números serão verdadeiramente consistentes ou serão um epifenómeno provocado pelos chamados reforços de Natal, muitos deles nos sectores de retalho e hotelaria. Mas se isto são notícias ou dados que nos levariam a perspectivar um bom ano de 2014 , não poderemos deixar de referir que a incerteza do que será o pós-Troika, ou até mesmo o que será o próprio orçamento de Estado para 2014, decorrentes das apreciações do que é ou não inconstitucional, em muito contribuem para um sentimento de incerteza.
Utilizadas que estão algumas das palavras que foram destacadas por muitos portugueses como as palavras do ano, não poderia deixar de usar ou recorrer à palavra vencedora que foi Bombeiro. Permitindo-se-me fazer uma analogia, e destacando todo o respeito e apreço que os Soldados da Paz me merecem, creio que a postura dos players de retalho para este ano de 2014 deverá ser similar à de um Bombeiro, temerária e simultaneamente cautelosa.