APED de pé atrás em relação aos sacos de plástico
A APED, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, questiona a natureza ambiental da taxa imposta pelo Governo sobre os sacos de plástico
Ana Catarina Monteiro
CONFAFRI escreve ao ministro da Agricultura e à presidente da CE sobre o Regulamento Anti-Desflorestação
Salesforce investe em formações gratuitas em IA
Luís Simões valida metas de redução de emissões de gases de efeito de estufa
Auchan lança nova edição do concurso ‘A Mesa dos Portugueses’
Gama de bolachas Nacional ganha nova imagem
Opentext e Stratesys assinam acordo para implementação de soluções na gestão de qualidade nas empresas
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
A APED, Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, questiona a natureza ambiental da taxa imposta pelo Governo sobre os sacos de plástico.
Depois de ter sido pioneira na adopção de práticas de consumo sustentável, desenvolvendo até campanhas de sensibilização para a redução do consumo de sacos de plástico, a associação duvida da eficácia ambiental do imposto.
A iniciativa Saco Verde, foi lançada pela APED, como sensibilização para a redução dos sacos de plástico, e registou uma adesão, por parte dos consumidores, verificada em 11 milhões de sacos reutilizáveis vendidos desde o lançamento, em 1998.
Muitos associados têm já introduzido o pagamento simbólico dos sacos de plástico de forma a desincentivar uma utilização excessiva, bem como disponibilizam hoje várias soluções sustentáveis para o transporte das compras.
“Quem mais sensibilizou o consumidor foram os retalhistas, desempenhando um papel fundamental nesta questão, que levou inclusive a que, nos últimos anos, tenha havido já uma alteração significativa de comportamento dos consumidores”, afirma Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da APED.
A associação partilha as preocupações ambientais que o Governo tem na matéria mas, considera que existem medidas mais eficazes, que passam pela definição de metas a atingir.
“Tememos que esta taxa tenha essencialmente a natureza de um imposto e se desvie do seu principal objectivo: sensibilizar os consumidores, consistindo apenas numa forma de arrecadar receita”, sublinha a representante.
A APED considera ainda que esta opção da fiscalidade verde não incentiva ao investimento, por parte das empresas, nas campanhas de informação ao consumidor. Por outro lado, o pagamento dos sacos de plástico será efectuado nos pontos de venda, o que suscita reservas relativamente à eficácia do imposto criado, uma vez que “pode desviar o consumidor para opções menos amigas do ambiente”.
“A nossa expectativa é que durante a discussão do diploma na Assembleia da República se introduza clareza no diploma, que neste momento não conhecemos em detalhe, bem como no proceso de cobrança desta taxa a suportar pelos portugueses quando vão a uma loja e têm de levar as suas compras para casa”, sustenta Ana Isabel Trigo Morais.