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2014 em revista. O que marcou o comércio em Portugal

Passámos a pente fino o ano de 2014 no sector da distribuição, num texto dividido em três temas: legislação, tecnologia e insígnias

Rita Gonçalves
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2014 em revista. O que marcou o comércio em Portugal

Passámos a pente fino o ano de 2014 no sector da distribuição, num texto dividido em três temas: legislação, tecnologia e insígnias

Rita Gonçalves
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O último ano foi marcado pelas alterações legislativas nas actividades de comércio e por um avanço na tecnologia, sobretudo ao nível das soluções de pagamentos, disponíveis no retalho nacional.

1. ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO DO COMÉRCIO

Fevereiro – Entrada em vigor das PIRC

A 25 de Fevereiro de 2014 entrou em vigor o regime jurídico que impôs regras às práticas comerciais entre a distribuição e os fornecedores. O diploma das Práticas Individuais Restritivas do Comércio (PIRC) surgiu para combater os conflitos entre retalhistas e pequenos produtores. A distribuição representava, em Fevereiro do ano passado, cerca de 80% do comércio agro-alimentar e era dominado por dois grupos de distribuição com 50% de quota de mercado.

Com o objectivo de garantir mais transparência nas relações comerciais e assegurar que os preços praticados fossem os mais justos para toda a cadeia de abastecimento, o regulamento gerou polémica junto dos distribuidores, que anunciaram “impactos negativos”. Apesar de o Governo a considerar um impulso para as exportações, a APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição) solicitou de imediato a revisão do regime, alegando que “as normas em causa do são fonte da maior turbulência no sector, alimentar e especializado, e geradoras de elevadíssima incerteza jurídica, a pior ‘inimiga’ da Economia”, pela voz de Ana Isabel Trigo Morais, Directora-Geral da associação.

Junho – Agenda para a Competitividade do Comércio

Mas as alterações de sistema legislativo para o comércio não ficaram por aqui. Em Junho do ano passado, o Governo aprovou um conjunto de 36 medidas com o objectivo de fazer com que os sectores do comércio, serviço e restauração “liderem o processo da retoma económica” até 2020, informou o ministério da Economia. Com a Agenda para a Competitividade do Comércio, Serviço e Restauração (ACCSR) 2014-2020, o Governo pretende aumentar os trabalhadores com altas qualificações no comércio e serviços para 28% (em 2013 o valor era de 23%), colocar a exportação de serviços a representar 14% do PIB e aumentar as empresas do comércio que recebem encomendas via Internet para os 35% (21% em 2013).

Entre as medidas, destacou-se o apoio governamental a projectos de qualificação comercial que apostassem no emprego e que modernizassem os centros urbanos com oferta de proximidade.

O incentivo à modernização do comércio foi de 40 milhões de euros, “20 milhões em incentivos mais 20 milhões de linha de crédito para estes projectos em ambiente rural e urbano”, explicou o ministério acerca da nova fase da Comércio Investe. As medidas previam ainda a introdução do livro de reclamações electrónico, a revisão do código da publicidade (adequado à economia digital e ao comércio electrónico) e a criação de processos de contratação.

Dezembro – Lei da Fiscalidade Verde

Já no final do ano, reacenderam as contestações dos comerciantes, desta vez por causa da Lei da Fiscalidade Verde, que vai aumentar as taxas sobre os sacos de plástico à venda ao público, que passam a custar dez cêntimos em Fevereiro. Neste momento, decorre o período de adaptação do comércio à nova lei, cujas contribuições revertem para a Autoridade Tributária e Aduaneira.

Dezembro – Novas regras para a informação nos rótulos

As novas regras relativas à declaração nutricional obrigatória em todos os géneros alimentícios pré-embalados, entram em aplicação apenas no final de 2016. No entanto, em Dezembro do ano passado, entrou em vigor a legislação relativa à prestação de informação nos rótulos, sobre os géneros alimentícios. Todos os estabelecimentos de restauração e cafetaria, desde as grandes empresas fornecedoras de estabelecimentos públicos (como escolas, hospitais, entre outros), ou empresas privadas, até aos estabelecimentos mais pequenos, são obrigados a prestar informação sobre os alergénios dos alimentos confeccionados e vendidos ao público.

Nos produtos embalados ou pré-embalados, os alergénios passaram a ser destacados na própria lista de ingredientes, em vez de ter um resumo à parte. Na restauração e cafetaria, os estabelecimentos são obrigados a apresentar, de forma visível, a indicação de que dispõem da informação sobre os alergénios dos produtos à venda, assim como capacidade para responder aos clientes interessados.

A lista de substâncias ou produtos que provocam alergias ou intolerâncias apresentada pelo Regulamento é constituída, nesta fase, por 14 alimentos e derivados com potencial alérgico, embora possa vir a ser alterada, à medida que novas informações forem surgindo.

A lei indica ainda que os rótulos dos produtos têm que apresentar uma dimensão mínima dos caracteres com vista a facilitar a leitura. Também nas vendas à distância, como a via online, são obrigados a disponibilizar toda a informação relativa ao género alimentício.

A data de congelação da carne, preparados de carne congelada e produtos de pesca congelados não transformados, passa também a ser obrigatória, além da indicação da origem para todas as carnes (fresca, congelada, refrigerada, mesmo que picada e bovino). Esta regra entra em vigor a 1 de Abril 2015.

Outra das alterações da declaração nutricional é que o sódio passa a aparecer como “sal”, embora possa ser complementado com a declaração de que o teor de sal se deve exclusivamente à presença natural de sódio. As declarações acerca de vitaminas ou sais minerais que não representem mais de 5%, não podem ser incluídas na informação nutricional, sendo que a referência ao colesterol deixa de ser permitida.

O consumidor passam, assim, a ter “acesso a mais informação, mais clara, precisa, objectiva e assim poderá passar a fazer escolhas mais informadas”, como sublinhou Alexandra Bento, Bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

2. TECNOLOGIA NO RETALHO NACIONAL

Outubro – Primeiro ATM de bitcoins em funcionamento

Em 2014, o primeiro ATM de bitcoins em Portugal começou a funcionar no centro comercial Saldanha Residence, em Lisboa. Na véspera da inauguração da máquina, que converte euros na moeda digital, o Banco de Portugal emitiu um alerta a relembrar os consumidores para “os riscos de utilização e de comercialização de moedas virtuais”.

A bitcoin é a primeira moeda electrónica com um software próprio oficial. A rede onde é distribuída é apenas composta por utilizadores, o que lhe confere uma base de segurança e liberdade. Nenhum banco ou processador de pagamentos é necessário para transaccionar a moeda, como é referido na página da Bitcoin Portugal.

A alternativa aos meios de pagamentos convencionais permite pagar com qualquer dispositivo, e através de SMS, e-mail, redes sociais, com o telemóvel ou pessoalmente. Com este modo de pagamento é possível vender para qualquer parte do mundo e o comerciante pode ainda controlar as devoluções. Todas as tarefas são geridas pela rede, onde não existe nenhuma autoridade a controlar as transacções. Esta autonomia faz com que nenhum utilizador corra o risco de a sua conta ser bloqueada.

Actualmente, mais de 21 mil estabelecimentos comerciais já dispõem de sistemas de pagamento através de bitcoins, via Coinbase, em todo o mundo.

Alguns gingantes do retalho, como a Amazon, Overstock, CVS e Expedia, já adoptaram o sistema de pagamento, que transporta o dinheiro para o mundo virtual.

A opção está a difundir-se rapidamente pelos pontos de vendas de todo o mundo. Durante o ano passado, a Overstock decidiu, inclusivamente, passar a pagar os bónus aos seus colaboradores com as moedas electrónicas.

Segundo a Mashable, um indicador significativo que dá conta da evolução é o valor das transacções de bitcoins, durante os dias da Black Friday e da Cyber Monday.

Em 2013, o número escalou de 99 (US) dólares, transaccionados em bitcoins em 2012, para os 6 296 dólares, na Black Friday. Por sua vez, 487 milhões de dólares foram transaccionados no dia de promoções, dedicado ao e-commerce. Em Novembro de 2013, o valor de cada bitcoin aumentou mais de mil dólares.

SIBS lança solução de pagamentos móveis

Ainda durante o mês de Outubro do ano transacto, a SIBS lançou o serviço MB WAY, que permite fazer compras e transferências bancárias instantâneas através de smartphone ou tablet, com sistema iOS ou Android, de forma segura, simples e cómoda. A empresa garante que o serviço está totalmente disponível a partir de Abril de 2015.

“Trata-se da primeira solução de pagamentos móveis do sistema bancário português para fazer compras e transferências instantâneas, utilizando apenas o número de telemóvel ou email”, explicou Luís Flores, Administrador do Grupo SIBS.

Com o MB WAY, basta introduzir o número de telemóvel ou o email para fazer a compra ou transferir dinheiro de forma instantânea. O serviço é totalmente seguro “porque o utilizador não tem de partilhar os seus dados bancários com o comerciante ou com o destinatário da transferência. Além do PIN que é sempre usado para validar as operações, é definido um montante máximo de utilização diário”.

Como explicou Luís Flores, o serviço representa a “evolução natural do Multibanco e funciona como mais um canal para que os clientes bancários façam compras e transferências.

3. O ANO DOS GRUPOS DE DISTRIBUIÇÃO

Janeiro – DIA abre primeiras lojas Clarel em Portugal

A DIA Portugal inaugurou, no início de 2014, as primeiras lojas da insígnia Clarel, cadeia de distribuição especializada na venda de produtos de cuidado pessoal, higiene, beleza e do lar.

Lisboa, Odivelas e Vila Nova de Gaia receberam as primeiras quatro unidades da insígnia do Grupo Dia, fruto da aquisição da rede de lojas Schlecker, na Península Ibérica.

No início de Fevereiro, foram inauguradas mais quatro lojas, nas localidades de Viana do Castelo. As lojas apostam numa “imagem moderna, funcional e agradável, estão localizadas em centros urbanos, com uma área de vendas entre os 160 e os 260 metros quadrados, com um sortido de produtos com aproximadamente 5 000 referências”, organizado em seis secções: beleza, higiene, infantil, animais, drogaria e alimentação. Actualmente, a insígnia tem 50 lojas em Portugal.

Julho – Auchan abre primeira clínica de ‘telemedicina’ em Portugal

O grupo Auchan, em parceria com uma empresa externa, abriu em Julho do ano passado, uma clínica médica, junto do Jumbo em Almada. A cadeia francesa queria avaliar a prestação do conceito, no qual um enfermeiro atende doentes sem marcação entre as 10 horas e as 24 horas, com o custo de 30 euros, sendo que o contacto com o médico é feito através de sistemas de telemedicina ou videoconferência. Para um serviço de saúde rápido e acessível, a Clínica do Centro dispunha de um enfermeiro para a colheita de sinais e sintomas, enquanto o médico fazia o diagnóstico e a proposta terapêutica. A Saúde 3.0, que já havia estabelecido uma parceria com o grupo para os espaços de saúde, bem-estar e ópticas, ficou responsável por explorar o modelo de negócio.

A Ordem dos Médicos (OM) pediu entretanto esclarecimentos à Entidade Reguladora da Saúde e à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sobre as condições de licenciamento do projecto, que acredita ser uma “forma de vender gato por lebre e transformar a medicina num mero comércio, que será potencialmente prejudicial”.

A entidade veio a público ameaçar instaurar processos disciplinares a todos os médicos que estejam a praticar “em primeira linha” a telemedicina em clínicas instaladas em espaço comerciais. Na perspectiva dos médicos, “associar a prestação de cuidados médicos a uma actividade de comércio a retalho constitui uma flagrante violação deontológica da profissão e a definitiva imposição de um modelo mercantilista na saúde”. No entendimento da OM, “a situação viola de forma objectiva os artigos 94º a 97º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos (CDOM), que regulam a utilização da telemedicina, e não cumpre o dever de protecção de dados e confidencialidade defendido pela Comissão Nacional de Protecção de Dados.

No entanto, há quem entenda que não tarda muito para este ser um modelo de negócio comum na sociedade. A oferta de serviços médicos nos supermercados é uma tendência internacional e começou nos Estados Unidos, em gigantes como a Walmart e a Target. Sem centros de saúde ou urgências hospitalares acessíveis a qualquer cidadão, o conceito ganhou fama por todo o mundo, à excepção da Europa.

Agosto – Continente estreia listas de compras através de códigos de barras

O Continente, do grupo Sonae, foi a primeira marca do retalho a lançar uma aplicação que permite criar listas de compras, automaticamente e em qualquer lugar, através da leitura dos códigos de barras dos diferentes produtos. O funcionamento é simples. Para a utilizar, o cliente necessita de ter instalada no seu smartphone a aplicação Listas Continente.pt. Em seguida, basta ler o código de barras do produto que pretende e adicioná-lo à sua lista de compras. A grande vantagem é que o pode fazer em qualquer local, como por exemplo na comodidade de sua casa. Uma simples ‘visita’ à dispensa ou ao frigorífico permitirá ao cliente identificar os produtos que estão a terminar, ler os códigos de barras das embalagens e adicionar os respectivos produtos à lista de compras.

Depois de criada a lista, o utilizador pode, em qualquer altura, enviá-la para o carrinho da loja online. Por fim, só tem de aceder à loja online no seu computador, finalizar a encomenda e aguardar pela entrega em casa.

A aplicação encontra-se disponível gratuitamente para os sistemas operativos iOS e Android.

Mas as novidades da Sonae não se ficaram por aqui. Já no final do ano, a retalhista lançou um novo formato de negócio, virado para os animais.

Dezembro – Novo conceito de loja Sonae

A primeira loja ZU abriu na galeria do Continente de Matosinhos, no Porto, em Dezembro de 2014. O projecto nasceu com o objectivo de responder à necessidade das famílias em encontrar produtos e serviços especializados para cães e gatos. Com o novo conceito de ponto de venda, a Sonae, que detém a cadeia de hipermercados Continente, passou a comercializar “uma alargada gama de produtos das melhores marcas”, no que concerne a alimentação, produtos de higiene, têxteis, brinquedos e acessórios para cães e gatos.

Para já, a retalhista não prevê, ainda, a expansão geográfica do modelo de negócio mas já pensa no aumento da oferta. O grupo prevê o “alargamento da actividade a curto prazo”, e pretende passar a disponibilizar outros tipos de serviços para os animais, sendo que está confirmado um alargamento da oferta “ainda no primeiro trimestre de 2015”, com o lançamento de serviços veterinários, banhos, tosquias e treinos.

A insígnia promete revolucionar este segmento de mercado, proporcionando importantes mais-valias, que o grupo prevê que atinjam o reconhecimento das famílias, brevemente.

Marcas próprias da Sonae ganham 10 novos destinos

O ano foi positivo para o grupo, além de alargar a oferta ganhou mais destinos para onde exportar os produtos.

A retalhista alargou a actividade internacional durante os primeiros nove meses de 2014, aumentando a exportação de produtos na área alimentar. Ao todo, dez geografias foram acrescentadas ao portefólio de operações da empresa, o que fez com que “o volume de exportações aumentasse significativamente face ao mesmo período do ano anterior”, segundo Luis Moutinho, CEO da Sonae MC..

A aposta da Sonae MC no “wholesale” destaca os produtos das marcas por si desenvolvidas, nomeadamente a Continente, a Continente Gourmet, a É Continente, a Área Viva, a

Entre os mercados de exportação estão Cabo Verde, China Continental, Chipre, Croácia, Eslovénia, Macau, São Tomé e Príncipe, Sérvia, Tailândia e Timor, entre outros.

 Novembro – Jumbo continua a ser o mais barato

Depois de visitar 500 supermercados, em todos os distritos de Portugal, a Deco Proteste verificou que o Jumbo tem os preços mais baratos.

“Na morada certa, pode poupar € 350 por ano” revelou a organização sem fins lucrativos que, entre Julho e Setembro do ano passado, analisou mais de 40 mil preços para dois cabazes, sendo que cada um correspondia a um tipo de consumidor. Ao todo, foram seleccionados 83 produtos de características definidas, para um consumidor que privilegia as marcas de fabricante mais vendidas ou para quem combina marcas de fabricante com outras igualmente económicas.

A Deco apurou ainda que o Pingo Doce aproximou-se do Jumbo e ultrapassou o Continente com os preços mais baixos.

78 concelhos do País e quatro lojas online foram analisados. Globalmente, os preços do hipermercado do grupo Auchan são em média 11% mais baratos do que a cadeia que ocupa o último lugar do ranking, a SPAR.

Dezembro – Intermarché entrega prémios à produção nacional

A cadeia de hipermercados Intermarché lançou um concurso para premiar os três projectos que melhor combinaram inovação, sustentabilidade e respeito pelas origens, em Portugal. Os vencedores da primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional foram conhecidos numa cerimónia, no Centro Cultural de Belém.

A Atlantic Sun Farms Portugal, na categoria de Legumes e preparados de legumes, a Cooperfrutas – Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas de Alcobaça, na categoria de Frutas e preparados de fruta, e a Fio Dourado – Transformação e Comercialização de Produtos Olivícolas, na categoria de Produtos Processados, foram as empresas vencedoras.

O Intermarché assegurou o escoamento dos produtos dos premiados, durante um ano, sendo que a margem é repartida entre o produtor e a cadeia de distribuição, que garantiu também a visibilidade dos projectos e dos produtos em diversos meios, incluindo em loja.

A primeira edição do Prémio Intermarché Produção Nacional contou com o Apoio Institucional do Ministério da Agricultura e do Mar e do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, e teve como parceiros associados a Confederação dos Agricultores de Portugal, a Faculdade de Medicina Veterinária, o Instituto Superior de Agronomia e a Quercus.

 

Sobre o autorRita Gonçalves

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O contentor FalConic é apresentado como uma solução reutilizável e empilhável, concebida para o manuseamento, armazenamento e transporte de cargas secas de peso leve e médio.

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tagsCHEP

A CHEP apresentou o contentor FalConic, apresentado durante a FachPack 2024, uma das principais feiras europeias de embalagens, tecnologia e processamento, realizada entre 24 e 26 de setembro, em Nuremberga.

O contentor FalConic é apresentado como uma solução reutilizável e empilhável, concebida para o manuseamento, armazenamento e transporte de cargas secas de peso leve e médio. Criado e lançado pela divisão Pallecon da CHEP Europa, representa um marco significativo no empenho da CHEP em fornecer soluções inovadoras de alta qualidade para satisfazer as necessidades em constante evolução dos setores, como o embalamento e a coembalagem, mas também do comércio eletrónico, em que as embalagens de transporte de utilização única criam ineficiências e custos desnecessários nos processos de manuseamento e eliminação.

Feito com 80% de materiais reciclados pós-consumo (PCR), segundo a CHEP representa uma alternativa reutilizável a embalagens de transporte de utilização única, ajudando as empresas a minimizar o respetivo impacto ambiental. “A excelente possibilidade de dobragem do contentor também oferece um armazenamento otimizado, o que implica um menor número de camiões necessários para o transporte, contribuindo diretamente para a diminuição de emissões de carbono”, pode ler-se no comunicado.

“O contentor FalConic é um verdadeiro exemplo do nosso compromisso com a inovação, resiliência e sustentabilidade. É uma excelente aposta na experiência do cliente em toda a cadeia de abastecimento”, sublinha Nicholas Gibbons, General Manager da CHEP Pallecon, Europa.

“Agora, com a regulamentação relativa a embalagens e resíduos de embalagens a orientar o setor, é essencial atingir objetivos de capacidade de reutilização e de conteúdos reciclados. O contentor FalConic foi desenvolvido com esta visão em mente e orientado pelas opiniões dos nossos clientes. É com enorme expectativa que aguardarmos analisar o impacto positivo que terá no setor”, acrescenta.

O contentor FalConic ficará disponível para utilização pelos clientes a partir do início de 2025.

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Sonae inaugura novo escritório pet friendly no Sonae Campus

O novo espaço do Sonae Campus foi desenvolvido com o apoio da ZU, marca da MC. Com este novo espaço, cães e gatos podem usufruir de infraestruturas dedicadas aos animais, como zonas de descanso, estações de água e alimentação, zona de lazer com brinquedos e ainda a possibilidade de passear ao ar livre.

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A Sonae inaugurou um novo escritório pet friendly no Sonae Campus, a sede do Grupo na Maia. Os colaboradores das empresas aqui instaladas podem assim levar os seus cães e gatos para o local de trabalho. Esta iniciativa junta-se ao investimento que o Grupo tem feito em prol do compromisso em promover um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, criando um ambiente de trabalho mais inclusivo e flexível, adaptado às necessidades atuais das pessoas, sublinha a Sonae em comunicado.

Daniel Fonseca, diretor de Marca e Comunicação Corporativa da Sonae, realça que “a possibilidade dos colaboradores poderem trabalhar com flexibilidade e na companhia dos seus animais de estimação promove o bem-estar e reforça o nosso compromisso de colocar as pessoas no centro do que fazemos. Temos vindo a aumentar o conjunto de serviços disponíveis
no Sonae Campus, que facilitam o dia-a-dia dos colaboradores, e a criação deste espaço é mais um passo nesse sentido”.

O novo espaço do Sonae Campus foi desenvolvido com o apoio da ZU, marca da MC especialista em bem-estar animal, e oferece infraestruturas dedicadas aos animais, como zonas de descanso, estações de água e alimentação, zona de lazer com brinquedos e ainda a possibilidade de passear ao ar livre.

O Sonae Campus é um complexo que alberga mais de 3.500 colaboradores, num espaço de mais de 30 hectares, “concebido para promover um ambiente de trabalho dinâmico e colaborativo, o Campus integra várias infraestruturas de apoio ao bem-estar, como espaços de desporto (ginásio, campo de futebol e campos de padel), de lazer (bicicletas, jardins e espaços de
convívio), serviços de saúde (posto de análises clínicas, médico, nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta), salas de amamentação e vários serviços de conveniência (entrega de encomendas Continente e encomendas pessoais, cabeleireiro, lavandaria, quiosque, arranjos de costura, lavagem de automóveis e entrega de produtos farmacêuticos)”.

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Preço do cabaz alimentar mais barato na primeira semana de outubro

Iogurte líquido subiu 20%, couve-coração e curgete registaram um aumento de 14% e preço do azeite continua a escalar.

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O cabaz de 63 produtos alimentares essenciais monitorizado pela Deco Proteste custa 226,97 euros, custando agora menos 1,28 euros do que na última semana de setembro.

Produtos com maior variação de preço de 25 de setembro a 2 de outubro:
Iogurte Líquido 20%
Couve-Coração 14%
Curgete 14%
Azeite Virgem Extra 13%
Carapau 12%
Atum posta em óleo vegetal 10%
Dourada 10%
Cebola 9%
Polpa de tomate 7%
Pão de forma sem côdea 7%

Produtos com maior variação de preço desde o início do ano: de 3 de janeiro a 2 de outubro
Dourada 19%
Pão de forma sem côdea 17%
Novilho Carne para cozer 14%
Atum posta em azeite 14%
Óleo alimentar 9%
Arroz agulha 8%
Carcaça tradicional 7%
Manteiga Com sal 6%
Alho Seco 6%
Iogurte Líquido 5%

Os dados são da Deco Proteste que com o início da guerra na Ucrânia e a escalada da inflação, realiza todas as semanas uma análise dos preços de um cabaz constituído por 63 produtos alimentares essenciais que inclui carne, congelados, frutas e legumes, laticínios, mercearia e peixe, sendo considerados, entre outros, produtos como perú, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, fiambre, leite, queijo, manteiga, entre  outros.

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Charcutaria: Marcas adaptam-se às novas exigências do consumidor

Quinta de Jugais, Primor, Prisca Alimentação, Nobre e Izidoro têm ajustado as suas estratégias para responder às novas exigências dos consumidores portugueses, cada vez mais preocupados com a sustentabilidade, a alimentação saudável e a valorização dos produtos tradicionais.

Orgulhosos produtores de enchidos regionais da Serra da Estrela/Beira Alta Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais, reconhece a evolução do perfil do consumidor português, que agora demonstra maior preocupação com a sustentabilidade. “72% procuram consumir produtos mais sustentáveis e 87% consideram importante consumir produtos acondicionados em embalagens sustentáveis”, explica. A procura por produtos tradicionais e de origem nacional ou regional também tem crescido, refletindo uma preocupação crescente com a saúde e o bem-estar.

Artur Moreira, diretor comercial da Quinta de Jugais

Ao Hipersuper, Artur Moreira destaca o lançamento da marca “Pata Negra – Charcutaria de Porco Preto” como resposta a esta mudança de paradigma, onde os consumidores valorizam alimentos saudáveis com benefícios organoléticos, mesmo com preços mais elevados. “Temos vindo a inovar e a lançar soluções, marcadamente, saudáveis e sustentáveis com lançamento de produtos sem a utilização de nitratos, nitritos e fosfatos – a nossa Gama ‘Natura’”, refere, enaltecendo a redução de 35% no uso de plásticos nos últimos quatro anos e o investimento em painéis solares nas fábricas.
A Quinta de Jugais tem implementado várias mudanças nas fábricas, como o reaproveitamento de águas e a reciclagem de plásticos e cartão. “Volto a destacar o lançamento, em 2021 da nossa Gama “Natura” que se caracteriza pela não utilização de fosfatos, nitritos e nitratos, resultando em Produtos mais saudáveis e sustentáveis”, afirma. A valorização dos enchidos tradicionais da Serra da Estrela também faz parte da estratégia da empresa, que opta por comercializar apenas produtos com raízes na região, resistindo a expandir o portefólio para outros enchidos não típicos. Como resultado desta estratégia, lançaram recentemente o Chouriço de Carne com Pimenta e Alho e a Farinheira Doce, fruto do trabalho de investigação da Engª. Lúcia Ribeiro. “A nossa ligação à nossa Região é algo que nos é intrínseco”, garante.
Sobre o impacto das marcas próprias (MDD) das grandes cadeias de distribuição, admite que estas representam uma fatia significativa da faturação da empresa. No entanto, lamenta a falta de abertura da distribuição moderna para a inovação no setor, o que impede que os consumidores tenham acesso a novos produtos. “A nossa empresa foca-se na diferenciação, apostando em sabores e receitas “fora do comum”, como referi anteriormente, mas também disponibilizando formatos e apresentações menos convencionais”, explica, acrescentando que a Quinta de Jugais continua a produzir os enchidos regionais da forma ancestral, utilizando fumeiro natural com lenha de azinho, o que resulta em produtos únicos.
No que diz respeito à exportação, destaca a importância da diáspora portuguesa nos mercados internacionais, especialmente em países como França, Alemanha, Inglaterra e Suíça, onde os enchidos de qualidade são apreciados. A Quinta de Jugais tem participado em grandes eventos internacionais, como a Anuga e a SIAL Paris, onde este ano irá apresentar um stand totalmente dedicado à charcutaria regional, promovendo as marcas Quinta de Jugais e Salsicharia Beira Serra. A grande aposta será na promoção da marca Pata Negra, lançada em 2022, que tem sido um sucesso. “A grande aposta passa pela promoção e divulgação da nossa Marca de Charcutaria de Porco Preto – Pata Negra, que lançámos em 2022 e que tem sido um sucesso. A estratégia de médio prazo passa por, sem nunca descurar os nossos enchidos tradicionais, implantar e fazer crescer a Marca Pata Negra no exterior, para além do Mercado Nacional, como é óbvio, procurando aliar e oferecer produtos nobres e de alta qualidade a uma Marca fortíssima, por si só definidora da própria categoria.”, conclui.

Alberto Martins, diretor comercial da Primor Charcutaria Prima

“Ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis”
Com uma aposta contínua na inovação, na sustentabilidade e na adaptação às novas tendências de consumo, a Primor Charcutaria Prima está a posicionar-se como uma marca de referência, tanto em Portugal como no mercado internacional.
Alberto Martins, diretor comercial da empresa que nasceu em 1961 em Vila Nova de Famalicão pelas mãos de Joaquim Moreira Pinto e Ana Amélia, destaca a evolução do perfil do consumidor português, que está cada vez mais atento à saúde e à sustentabilidade. Os consumidores continuam preocupados com aumento dos preços, mas tendencialmente estão a mudar a perceção dos alimentos e consumo, tendo uma preferência por alimentos com ingredientes mais saudáveis, mais naturais e sustentáveis, que contribuam para cuidar da sua saúde e bem-estar”, afirma, sublinhando que as marcas precisam, hoje, de ir além da conveniência e do preço competitivo. Esta mudança tem levado a Primor a ajustar a sua oferta, inovando com novas gamas de produtos que respondem a estas exigências. O lançamento da gama Primor Puro é um exemplo. Alberto Martins explica que “foi elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes”. Este tipo de produto reflete a preocupação da Primor em desenvolver opções mais saudáveis e inovadoras no segmento da charcutaria. No entanto, o diretor comercial reconhece que há desafios neste caminho: “um grande exemplo desta dificuldade foi o lançamento da nossa Gama Primor Puro, uma gama elaborada a partir de ingredientes de origem natural, sem corantes nem conservantes, uma versão mais saudável e inovadora no segmento da charcutaria. O resultado são produtos de valor acrescentado, com preços mais elevados e com validades mais reduzidas (pelo facto de não terem conservantes artificiais), produtos para os quais, os nossos consumidores, ainda não estão preparados para assumir a um preço mais elevado”, expõe.
Paralelamente, a Primor tem acompanhado outras tendências do setor, nomeadamente a procura crescente por charcutaria de carnes brancas, como frango e peru. “A charcutaria de aves já representa mais de 30% do segmento total de charcutaria”, revela. A marca foi uma das primeiras a identificar esta oportunidade, apostando, desde 2007, na gama Balance, que inclui peitos e fiambres de frango e peru, mortadela e até bacon de peru. “Hoje é reconhecida e procurada como referência neste segmento”, evidencia.
Quanto à diferenciação da marca face às marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o diretor comercial da Primor Charcutaria Prima é claro: a inovação é uma das nossas principais prioridades. A empresa tem apostado em novos lançamentos, como o Bacon tipo inglês e a gama Clean Label, que oferecem produtos mais saudáveis e com menor teor de sal e gordura. Além disso, refere o papel da planta piloto da Primor, uma unidade produtiva de pequena escala que permite testar novos produtos e reduzir o tempo de lançamento no mercado. “ A uma escala muito reduzida, conseguimos obter protótipos para a validação de provas de conceito de cada novo produto. Permite-nos reproduzir todo o processo industrial, que antecede o scale-up, reduzindo o time-to-market dos novos produtos.  Aporta conhecimento e uma vantagem competitiva à Primor, ao nível do serviço aos nossos clientes que muito nos desafiam, a inovar e a apresentar projetos de desenvolvimento de novos produtos.”, enaltece.
No que toca à exportação, revela que o Grupo Primor já exporta para 23 países. ”Na Primor Charcutaria os cinco países que mais volume fazem são: Bélgica, Reino Unido, Moçambique, Alemanha e França. Na ICM os seis países que mais volume fazem são: Espanha, França, Bulgária, Brasil, China e Angola.”, explica. A estratégia para o futuro passa por consolidar a presença internacional e continuar a adaptar a oferta às exigências dos mercados externos.
Quanto às práticas sustentáveis, Alberto Martins destaca o investimento de 9,3 milhões de euros nos últimos dois anos, com metade deste valor destinado a projetos de inovação e sustentabilidade. Entre as iniciativas, menciona a instalação de unidades de produção de energia solar fotovoltaica (UPAC), que ajudarão a reduzir a pegada de carbono do grupo em 1.550 toneladas anuais.
Outro ponto essencial para a Primor é a redução do uso de plásticos e a aquisição de materiais com uma maior taxa de reciclagem. Estamos a tornar as nossas embalagens mais sustentáveis, sem comprometer a qualidade e a segurança alimentar, assegura. A automatização de processos produtivos também tem sido uma prioridade, com o objetivo de aumentar a eficiência, reduzir o desperdício e garantir a padronização dos produtos. E garante: “Para 2024 está previsto um investimento de aproximadamente 2 milhões de euros”.

Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação

“Continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses”
Vanda Serrumbia, responsável da direção comercial da Prisca Alimentação, explica que o perfil do consumidor de charcutaria em Portugal tem-se mantido relativamente estável, especialmente no que diz respeito aos artigos tradicionais e industriais. No entanto, “devido à retração económica, tem procurado soluções económicas que satisfaçam as suas necessidades, em especial na oferta das MDD”. A diretora reconhece que, apesar da crescente preocupação com a alimentação, “continua a haver espaço para o consumo de enchidos tradicionais portugueses, em especial nas épocas festivas”.
Em termos de práticas sustentáveis, a Prisca tem feito esforços significativos para melhorar o seu impacto ambiental. “A Prisca tem integrado várias práticas sustentáveis na produção, em especial na utilização de embalagens mais ‘amigas do ambiente’ (fatiados leaf skin – menos plástico e mais cartão), assim como em outras vertentes”, afirma Serrumbia. Além disso, a marca continua a valorizar os produtos locais e as tradições regionais, algo que considera essencial para a sua identidade. “A valorização de produtos locais e tradições regionais, mantem-se, uma vez que somos produtores centenários de enchidos regionais e assim mantemos a nossa génese”, reforça.
Sobre a crescente presença das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, admite que “as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição vão proliferando, também no nosso segmento, e têm ocupado um espaço significativo da oferta”. No entanto, destaca que a Prisca mantém o foco na “manutenção da qualidade e excelência da nossa marca, assim como na inovação, que tem sido o grande motor do nosso crescimento”. Um exemplo dessa inovação é o recente lançamento do kit para francesinhas, que espera “que seja um sucesso de vendas nesta reta final do ano”.
Relativamente à exportação, sublinha que este é “um desafio constante, que enfrentamos diariamente e com uma expressão cada vez mais significativa no nosso volume de negócios”.
A Prisca já está presente em mais de 60 países, o que é um marco de orgulho para a empresa. Neste campo, quanto às estratégias adotadas, a responsável destaca que “as estratégias para promover os nossos produtos têm sido marcadas pela presença em feiras deste certame e as oportunidades identificadas para o crescimento neste segmento são a capacidade de adaptação às necessidades dos clientes internacionais e a manutenção da qualidade de excelência de toda a nossa oferta”.

Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva

Consumidor está cada vez mais atento ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar
Inês Silva, brand manager da Izidoro/Grupo Montalva, aponta duas tendências distintas no perfil do consumidor em Portugal. “Por um lado, há um consumidor mais racional, que, face à perda de poder de compra, adota uma postura mais cautelosa, valorizando sobretudo a relação qualidade-preço e procurando sempre a melhor opção”, observa. Contudo, há também “um consumidor mais flexível e camaleónico, que alterna entre decisões racionais e emocionais, dependendo da categoria do produto e da sua ligação emocional à marca”. Neste cenário, apenas as marcas que conseguirem criar “uma ligação forte e autêntica com os seus consumidores” e oferecer “uma proposta de valor realmente diferenciadora e relevante” terão sucesso.
Segundo Inês Silva, a Izidoro tem como missão “democratizar o consumo nas categorias de fiambre e salsichas”, sempre com um foco na qualidade e no sabor. Para isso, a marca ajusta o seu portefólio às novas tendências de consumo, pensando sempre “na nutrição e conveniência”. Já a marca Damatta, com presença nas categorias de presunto e enchidos, tem um posicionamento diferente “preservando o melhor da tradição portuguesa” e é pensada para “momentos de indulgência e partilha à mesa”.
Nos últimos anos, Inês Silva nota que o consumidor está cada vez mais atento “ao impacto dos alimentos na saúde e bem-estar”. Em resposta a esta procura por produtos mais saudáveis, a Izidoro melhorou as fórmulas do Fiambre Perna Extra, reduzindo os níveis de sal e gordura e eliminando aromas artificiais, mantendo o sabor autêntico. A marca também aumentou as gramagens na gama de fatiados, oferecendo +30g grátis, e expandiu a oferta de receitas tradicionais com a nova gama de Porco Bísaro da Damatta.
A empresa tem-se focado igualmente na inovação e responsabilidade social. “ , lançámos uma edição limitada em parceria com o Manicómio, para sensibilizar para a temática da saúde mental. Além disso, reforçámos a gama Izidoro Veggie Lovers e introduzimos novos picados congelados, em resposta à crescente procura por alternativas vegetais e refeições já temperadas”, revela.
“Com um consumidor mais consciente e simultaneamente com menor poder de compra, temos ajustado a nossa estratégia, oferecendo produtos que combinam qualidade, bem-estar e valor, adaptando-nos continuamente às exigências de um mercado em rápida transformação.”, acrescenta.
Em termos de sustentabilidade, Inês Silva destaca que o Grupo Montalva combina “as mais avançadas tecnologias com as receitas tradicionais, sempre com um foco na sustentabilidade e na circularidade em todas as fases da produção, seguindo o princípio ‘Do Prado ao Prato’.”. A marca foi pioneira em Portugal ao obter a certificação de bem-estar animal para toda a cadeia de valor da carne de suíno. A empresa também investiu em painéis fotovoltaicos para reduzir a pegada carbónica e criou a PetAqua, uma unidade de transformação de subprodutos que promove a economia circular. “ “Introduzimos as novas embalagens ‘skin’, que reduziram em 70% o uso de plástico e são 100% recicláveis, reforçando o nosso compromisso com práticas mais sustentáveis. Com a marca Damatta, damos especial atenção à valorização das tradições regionais, preservando a autenticidade da charcutaria portuguesa e celebrando o que de melhor a nossa gastronomia tem para oferecer.”, reforçando o compromisso da marca com práticas mais sustentáveis.
Quanto ao impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, a responsável reconhece que “representam entre 60 a 70% do mercado nas nossas categorias”, tornando o mercado mais competitivo. No entanto, destaca que a principal diferenciação da Izidoro “vai além do preço”, alicerçada na confiança e qualidade dos produtos, resultado de “um know-how consolidado”. A marca distingue-se pelo controlo integral da cadeia de valor, oferecendo carne “100% portuguesa com certificação em bem-estar animal”, algo que atrai consumidores que valorizam produtos éticos e sustentáveis. “A inovação tem sido um dos principais motores do nosso desenvolvimento”, salienta, referindo o investimento contínuo em novas tecnologias, processos e produtos.
“Embora as marcas próprias das grandes cadeias de distribuição tenham ganho terreno”, Inês Silva assegura que a Izidoro continua a diferenciar-se pela sua “história, expertise e compromisso com a qualidade e inovação. “Estes fatores, juntamente com o controlo integral da cadeia de valor e o foco na sustentabilidade, permitem-nos oferecer uma proposta verdadeiramente única.”, conclui.

Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana

“Já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”
Paulo Camoezas, diretor comercial da Salsicharia Limiana, considera que o perfil do consumidor português se tem tornado cada vez mais exigente no momento da compra, valorizando produtos mais saudáveis e de maior qualidade. “O consumidor atual é extremamente exigente no ato de compra, e escolhe produtos essencialmente mais saudáveis, com maior qualidade. Exigem melhor qualidade a um preço competitivo”, afirma.
Com o surgimento das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, o responsável da empresa fundada em 1981 e com origem em Ponte de Lima, reconhece que houve uma verdadeira transformação no mercado: “Com o aparecimento das marcas próprias houve a primeira revolução, preços mais económicos, e na maior parte das vezes a mesma qualidade do fabricante”. No entanto, sublinha que, atualmente, as marcas se querem vender “têm de competir com as marcas próprias, às vezes coexistindo, e muitas das vezes com preços ainda mais competitivos”. Na Salsicharia Limiana, a resposta a esta concorrência tem passado por “trabalhar e investir muito na imagem do produto, na qualidade do mesmo, e principalmente na eficácia e eficiência de serviço”.
Quanto ao futuro da alimentação, Paulo Camoezas acredita que estamos a dar os primeiros passos para um paradigma de consumo mais saudável. “Produtos cada vez mais saudáveis, com menos sal, com menos gordura, com elevado teor cárnico e proteico” serão fundamentais, e a preocupação com o ambiente terá um peso crescente. “O consumidor dos próximos 10 anos vai olhar para a qualidade do produto, para o sabor, para o preço, mas também para a embalagem, se é amiga do ambiente ou não”. Na Salsicharia Limiana, já foi iniciada esta transição: “Já iniciámos esse caminho com a alteração de caixas e embalagens, utilizando menos cartão e menos plástico, e em muitos produtos já com embalagens de plástico e cartão reciclado e principalmente reciclável”.
“Estamos a reduzir a utilização de plásticos redesenhando as embalagens de forma a consumir menos recursos”, explica. Além disso, a empresa está a implementar energia fotovoltaica nas suas duas unidades de produção. “Estamos agora a meio de um projeto de colocação nas duas unidades de energia fotovoltaica 100% limpa”, revela.
Os produtos tradicionais são um dos pilares da Salsicharia Limiana. “Um dos pilares da nossa estratégia é precisamente manter os produtos o mais tradicionais possível, mantendo o sabor do antigamente”, explica Paulo Camoezas que refere: embora seja difícil conjugar a produção moderna com a tradição, esse equilíbrio é conseguido. “Fazer também o tradicional numa indústria que tem linhas de produção do mais moderno que existe atualmente é uma equação difícil, mas que conseguimos manter”. O foco principal da empresa é “o sabor característico do produto”, e a partir daí, tudo é desenvolvido.
Sobre a crescente presença das marcas próprias, Paulo Camoezas diz que a Salsicharia Limiana sabe coexistir bem com elas. “Estamos muito à vontade com marcas próprias, sabemos viver com elas, e por isso mesmo somos, em algumas cadeias de distribuição, a marca escolhida para esse efeito com resultados extremamente positivos para ambas as partes, mas principalmente para o consumidor”. O responsável destaca que, mesmo quando a empresa produz para outras marcas, mantém o mesmo nível de exigência. “Fazemos produto para a nossa concorrência, que reconhece em nós essa qualidade e competitividade que eles não conseguem obter”. Esta abordagem permitiu que a Salsicharia Limiana fosse líder em algumas cadeias de distribuição no fornecimento de marcas próprias.
No que diz respeito à exportação, destaca que a empresa tem consolidado a sua presença a nível internacional, embora enfrente desafios como os “aspetos cada vez mais burocráticos de alguns mercados” e a “localização geográfica periférica”, que encarece os custos logísticos. “O custo logístico de Espanha para França, por exemplo, é metade daquele que existe em Portugal”, o que reduz a competitividade em relação a outros países. Para promover os seus produtos no mercado internacional, a Limiana tem marcado presença em feiras importantes. “Temos ido a importantes feiras, dando posterior seguimento, não só dos potenciais clientes fornecedores de produtos portugueses para o chamado mercado da saudade, mas cada vez mais empresas locais para consumidores locais”.
Paulo Camoezas destaca o reconhecimento crescente dos produtos portugueses a nível internacional, notando que a diferença de qualidade entre os produtos portugueses e os de outros países, como Itália ou Espanha, está a desaparecer. “Hoje diria que em qualidade e apresentação já competimos de igual para igual nalgumas gamas com os espanhóis, por exemplo”, afirma, acrescentando que isso oferece uma “perspetiva de futuro fabulosa” para a Salsicharia Limiana e o setor alimentar português.

Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre

“Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”
Lia Oliveira, diretora de marketing e de comunicação externa da Nobre, confirma que, nos últimos anos, “existe uma maior preocupação com os hábitos alimentares” por parte dos consumidores portugueses. Segundo a responsável, “os consumidores estão cada vez mais informados na hora de escolher produtos”, procurando opções mais equilibradas que permitam seguir “uma dieta flexitariana e um estilo de vida equilibrado”. Perante este cenário, a Nobre tem vindo a ajustar o seu portefólio de produtos, apostando em soluções inovadoras e adaptadas às novas tendências de consumo. “A Nobre Cuida-t+ e Nobre Vegalia são dois exemplos desta adaptação”, explica Oliveira, destacando a importância de oferecer produtos com “teor de sal e gordura reduzido” e opções com proteínas alternativas, como forma de diversificar a alimentação.
A inovação tem sido uma prioridade para a marca, sendo o lançamento da Nobre Omelete um exemplo disso. “Esta nova gama, à base de ovo e produzida com ovos de galinha criadas ao ar livre, é ideal para os portugueses que pretendem diversificar o tipo de proteína que consomem nas suas refeições”, explica Oliveira. A marca introduziu ainda um produto inovador na gama Nobre Cuida-t+: “o fatiado de peito de peru com cenoura”, que combina “um legume com proteína numa solução muitíssimo saborosa” e que é também “uma fonte de fibra”. Para Lia Oliveira, o objetivo da Nobre é claro: “O bem-estar individual e uma alimentação equilibrada, flexível e conveniente será cada vez mais uma necessidade”.
No que diz respeito à sustentabilidade, salienta que a Nobre tem vindo a desenvolver práticas consistentes ao nível ambiental. “Um dos pilares é continuar a reduzir a nossa pegada ambiental”, refere, acrescentando que a marca tem investido na melhoria das suas embalagens, procurando soluções mais sustentáveis. “Substituímos as mangas de plástico dos frascos de salsichas por rótulos de papel”, exemplifica, sublinhando também a alteração dos rótulos das latas para “papel 100% reciclado” e a incorporação de plástico reciclado nas embalagens de fiambres. Além disso, a marca tem intensificado o apelo à reciclagem, tanto através da comunicação nas redes sociais como no aumento do tamanho dos ícones visuais das embalagens.
A Nobre também promove a economia circular, incentivando os consumidores a reutilizarem as suas embalagens. “Nas redes sociais da Nobre mostramos aos portugueses que é possível a reutilização das nossas embalagens”, explica Oliveira, destacando ideias criativas como a utilização de frascos de salsichas como pequenos vasos para plantas ou porta-lápis.
Sobre o impacto das marcas próprias das grandes cadeias de distribuição, Oliveira reconhece que estas “têm vindo a ganhar o seu espaço no mercado”, especialmente tendo em conta o contexto económico atual. No entanto, a Nobre mantém a sua posição firme no setor alimentar, continuando a ser “a marca top of mind no momento da compra”. A confiança dos consumidores na marca é justificada pela “variedade e qualidade” dos produtos, assim como pelo investimento contínuo em “comunicação, inovação e certificações de qualidade alimentar”.
A exportação também é um canal importante para a Nobre, permitindo alcançar novos mercados e consumidores. “Sabemos que diferentes mercados apresentam diferentes hábitos e preferências de consumo”, afirma Oliveira, destacando a adaptação dos produtos às necessidades dos consumidores locais. Contudo, a marca garante que mantém “o nosso selo de qualidade em todos os produtos que exportamos”, com o objetivo de estabelecer relações de confiança, tanto com os portugueses no estrangeiro como com novos consumidores.
“A inovação faz parte do nosso ADN”, refere Lia Oliveira, sublinhando que a Nobre continuará a expandir o seu portefólio de produtos, tanto no mercado nacional como nos mercados internacionais. “Estamos empenhados em apresentar os melhores produtos, como temos vindo a fazer em Portugal”, assegura, destacando o compromisso da marca em continuar a desenvolver soluções inovadoras e adaptadas às preferências regionais. A marca continuará a expandir-se internacionalmente, “com a garantia de que os produtos que disponibilizamos mantêm a qualidade a que a Nobre está associada”, conclui.

Este artigo faz parte da edição 426 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Closeup shot of male hand picking cherry red coffee beans on the tree

ESG

CONFAGRI saúda adiamento do Regulamento Anti Desflorestação

A Comissão Europeia vai propor prorrogação por um ano, do prazo da entrada em vigor do Regulamento Anti Desflorestação.

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Num comunicado publicado no dia 02 deste mês, a Comissão Europeia reconhece que, três meses antes da data de execução prevista, “vários parceiros mundiais manifestaram repetidamente preocupações quanto ao seu estado de preparação, mais recentemente durante a semana da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque”.

Com base nas reações recebidas fora da União Europeia e no facto de dentro da UE o estado dos preparativos entre as partes interessadas também ser desigual, a Comissão publicou um novo documento de orientação e propôs dar às partes interessadas mais tempo para se prepararem.

Se for aprovada, esta proposta tornará a lei aplicável em 30 de dezembro de 2025 para as grandes e médias empresas e em 30 de junho de 2026 para as micro e pequenas empresas.

Mas indica que este adiamento não põe em causa os objetivos ou o conteúdo do Regulamento Anti Desflorestação da União Europeia (EUDR). “Uma vez que todos os instrumentos de execução estão tecnicamente prontos, os 12 meses adicionais podem servir de período de introdução gradual para assegurar uma execução adequada e eficaz”, lê-se no comunicado de imprensa divulgado pela Comissão Europeia a 02 de outubro.

Óleo de palma , bovinos, soja , café, cacau, madeira, borracha e produtos derivados dos produtos enumerados – tais como carne de bovino, mobiliário ou chocolate – são os produtos abrangidos pelo regulamento.

CONFAGRI com “moderadas expectativas”

Num comunicado, a CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal) diz receber “com moderadas expectativas”, a notícia do adiamento do prazo de aplicação do regulamento.

“Seria impensável, com a falta de orientações e ferramentas disponíveis, que a grande maioria dos agentes do setor agroalimentar estivessem em cumprimento com o Regulamento a partir do dia 30 de dezembro de 2024”, aponta o presidente da Confederação.

Idalino Leão afirma ainda que a organização aplaude “a razoabilidade desta decisão, dados os impactos negativos a que iriam estar sujeitos não só os produtores nacionais e europeus, mas também todos os envolvidos na cadeia de valor e os próprios consumidores”,

O presidente da CONFAGRI crê que este adiamento “deve ser uma nova oportunidade para a Comissão Europeia ouvir o parecer, expectativas, necessidades e especificidades de quem está no terreno” para que seja possível “pensar e construir uma solução de aplicação do EUDR mais ponderada e consensual que não cause mais prejuízos que benefícios.”

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Mercadona

Mercadona

Retalho

Mercadona abriu em Évora

Já abriu o Mercadona em Évora, o primeiro da empresa no distrito, situado no Évora Retail Park (Quinta do Alcaide).

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A Mercadona abriu esta quinta-feira a primeira loja da cadeia em Évora, localizada às portas da cidade, no Évora Retail Park (Quinta do Alcaide). Com a abertura deste supermercado, foram criados 90 novos postos de trabalho, estáveis e de qualidade, com contratos sem termo desde o primeiro dia, contribuindo para a criação de emprego local.

Sofia Fonseca, diretora de relações externas da zona centro e sul de Portugal, sublinha em comunicados que “é com enorme satisfação que damos um importante passo na nossa expansão em Portugal, com a abertura da primeira loja na região do Alentejo. A abertura da Mercadona, em Évora, representa a chegada a um novo distrito e a uma nova cidade, reafirmando o nosso compromisso de estar cada vez mais próximos dos nossos Chefes (clientes), oferecendo-lhes um serviço atento e uma experiência de compra diferenciada. Hoje celebramos um marco especial no nosso plano de crescimento e estamos preparados para servir esta comunidade com dedicação e profissionalismo. Esperamos que os eborenses nos recebam com a mesma alegria com que abrimos as nossas portas, e que a Mercadona se torne no seu supermercado de confiança.”.

Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, destacou: “esta abertura insere-se num crescimento muito significativo que Évora tem vindo a assistir do ponto de vista económico. É muito importante para nós a diversificação da atividade económica e, portanto, ter mais uma grande empresa instalada em Évora, que vem criar 90 postos de trabalho, é naturalmente significativo. Damos as boas-vindas à Mercadona a Évora, é um contributo para o desenvolvimento económico de Évora que hoje assinalamos.”

A nova loja dispõe de 160 lugares de estacionamento contando além disso, com uma área especifica para bicicletas e trotinetes. A área de vendas é de aproximadamente 1.900 m2 e, à semelhança de outros supermercados da cadeia, os “Chefes” (clientes) vão poder contar com as secções de talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, cuidado do lar e animais de estimação, frutas e legumes, garrafeira e pronto a comer com self-service e várias opções de pratos preparados para levar ou comer na loja, numa zona exclusiva para o efeito. Os “Chefes” vão encontrar também um mural de sushi, com vários pratos asiáticos prontos a consumir, presunto cortado à faca e embalado no momento, uma máquina de sumo de laranja espremido na hora, carrinhos de compras leves, ergonómicos e sem moeda.

A retalhista sublinha que todas as lojas da Mercadona em Portugal são construídas respeitando o Modelo de Loja Eficiente que está gradualmente a ser implementado em toda a cadeia, com corredores amplos, poupanças energéticas de até 40% comparativamente a uma loja convencional, entrada com entrada dupla que evita correntes de ar e que se caracteriza pela sua acessibilidade e comodidade, sistemas de refrigeração mais sustentáveis, melhorias de isolamento nos móveis de frio, iluminação LED e gestão inteligente do consumo energético.

No âmbito da Política de Responsabilidade Social da empresa, e sendo também uma das principais medidas para a prevenção do desperdício alimentar na Mercadona, este supermercado doará diariamente, e desde o primeiro dia, bens de primeira necessidade à Santa Casa da Misericórdia de Évora, com a qual a Mercadona assinou um protocolo de colaboração.

 

 

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ESG

Lidl reforça meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050

O Grupo Lidl comprometeu-se a atingir o “net-zero”, em todas as unidades de negócio e nas cadeias de fornecimento.

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No âmbito da meta “net-zero”, o Grupo Lidl está a expandir a sua estratégia climática para incluir novos objetivos concretos de Scope 3 a nível internacional.

Assim, pretende até 2034 reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa na agricultura, silvicultura e outras utilizações do solo em 42,4%, e afirma o empenho em reduzir 35% das suas emissões nos setores da energia e indústria durante o mesmo período.

Para atingir a meta de zero emissões de gases com efeito de estufa até 2050, no futuro, o Lidl irá trabalhar de forma ainda mais próxima com os seus parceiros e fornecedores“, informa num comunicado onde acrescenta que se comprometeu com os seus maiores fornecedores, “que são responsáveis por 75% das emissões de Scope 3, relacionadas com produtos“, a atingir objetivos de redução até 2026, de acordo com a Iniciativa Science Based Targets, entidade que apoia as empresas na definição de objetivos com base científica para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, em consonância com a mais recente ciência climática.

Até à data, em todos os países, o Grupo Lidl já reduziu 52% das suas emissões operacionais de CO2 (Scope 1 e 2), redução que em Portugal foi de 55%. “Desde 1 de março de 2022, em todos os países, o Grupo Lidl passou a utilizar 100% de eletricidade verde em todas as lojas, centros logísticos e edifícios de escritórios. No caso do Lidl Portugal, já é utilizada exclusivamente eletricidade verde desde 2019“, refere ainda a multinacional de retalho alimentar.

“As alterações climáticas são um dos maiores desafios da atualidade. Com objetivos ambiciosos e ações decisivas, no Lidl, estamos a assumir esta responsabilidade e a trabalhar para sermos parte da solução“, destaca Cristina Hanganu, diretora de Corporate Affairs e CSR do Lidl Portugal.

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Alimentar

Patente da portuguesa Nolita permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados

A empresa Food Tech procura agora investidores para expandir aos EUA, a tecnologia que desenvolveu.

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A Nolita, startup portuguesa especializada no desenvolvimento de soluções para alimentos com menos açúcar, desenvolveu uma tecnologia que permite eliminar açúcares e adoçantes adicionados, utilizando fibras pré-bióticas.

Com esta inovação, a empresa pretende conquistar os consumidores dos EUA, “um mercado que representa cerca de 16% do setor global de produtos saudáveis, estimado em 1.500 mil milhões de dólares”, sublinha a empresa.

Para alcançar esse objetivo, a Nolita está à procura de investidores que possam ajudar a escalar o negócio nos Estados Unidos. “Estivemos recentemente na Fancy Food Show, em Nova Iorque, e percebemos o potencial deste mercado para os produtos Nolita. Acreditamos que podemos chegar a um milhão de euros em 2026 com o mercado dos EUA,” afirma Fernanda Vasconcelos, cofundadora e diretora geral da Nolita.

Em março deste ano, a empresa portuguesa registou a sua primeira patente, um produto que permite criar produtos sem qualquer adição de açúcares e adoçantes. Para caramelizar e adoçar os seus produtos, a Nolita utiliza fibras pré-bióticas naturais, fruto de “uma técnica termomecânica que molda as propriedades das fibras”. “Isso significa que apenas são aplicados processos físicos mínimos durante o fabrico do produto, evitando todo o processamento químico. Esta inovação pode ser aplicada em diversas categorias de alimentos, como granolas, barras de cereais, bolachas e muito mais”, informa a marca.

Atualmente, os produtos Nolita estão disponíveis em mais de 100 pontos de venda físicos de norte a sul do país, além de várias lojas online e marketplaces nacionais e internacionais, tanto no modelo B2B quanto B2C.

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Diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez,

Exportação

María José Sánchez: “Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction”

Em entrevista ao nosso jornal, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.

Em entrevista ao Hipersuper, a diretora da Fruit Attraction, María José Sánchez, enaltece a evolução da feira, que desde 2009 se transformou num ponto de encontro estratégico para o setor hortofrutícola global. María José Sánchez sublinha que Portugal, com uma forte representação através da Portugal Fresh, continua a ser um mercado crucial para a feira, e elogia a oferta portuguesa que considera “de alta qualidade e competitiva”.

Hoje, a Fruit Attraction é um evento de referência no calendário internacional. Como vê a sua evolução ao longo dos anos?
A Fruit Attraction teve uma evolução impressionante desde a sua primeira edição. Começámos em 2009 e, apenas alguns anos depois, tornámo-nos uma plataforma internacional chave para o setor hortofrutícola. Atualmente, contamos com a presença de expositores e visitantes de todo o mundo, o que reflete a importância deste evento como ponto de encontro estratégico para a indústria global. Ao longo dos anos, e com o apoio do nosso parceiro, FEPEX, soubemos adaptar-nos às necessidades do setor, integrando inovações, ampliando a nossa oferta e consolidando-nos como uma referência para a troca de conhecimento e desenvolvimento de negócios. Contudo, o verdadeiro sucesso tem sido a lealdade e o apoio dos profissionais do setor na feira.

Quais as principais inovações e novidades que a Fruit Attraction deste ano vai apresentar?
Como novidade, este ano o Pavilhão 1 será dedicado à Innova&Tech, a nova área que reúne os setores de Biotech Attraction e Smart Agro, destinada a empresas de inovação, investigação e desenvolvimento tecnológico em genómica vegetal. Neste espaço, poderemos encontrar todas estas propostas.
Além disso, o The Innovation Hub – no ponto de encontro entre os Pavilhões 1 e 3, com cerca de 40 produtos – será a área dedicada à inovação e novidades empresariais no setor. Neste contexto, a feira voltará a acolher os Innovation Hub Awards, que se tornaram um acontecimento essencial para apoiar a aposta empreendedora empresarial do setor, com as suas habituais categorias: Fresh Produce, F&V Industry e Ações de Sustentabilidade e Compromisso.

Qual a importância dos expositores e visitantes portugueses para a Fruit Attraction? A presença da Portugal Fresh é relevante?
Portugal é um mercado chave para a Fruit Attraction e a participação de expositores e visitantes portugueses é muito valiosa. A presença da Portugal Fresh, em particular, é um componente essencial que contribui para reforçar os laços entre as empresas portuguesas e o mercado internacional. Portugal é um país com uma oferta de alta qualidade e competitiva e a sua representação na feira fortalece o intercâmbio de oportunidades de negócios, além de impulsionar a visibilidade dos produtos portugueses a nível global.

Como são abordadas as questões relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental, temas cada vez mais importantes?
A sustentabilidade é uma prioridade. Na IFEMA MADRID, esforçamo-nos por promover práticas responsáveis. Para tal, tentamos aumentar o nível de sustentabilidade em todos os nossos eventos, bem como melhorar a eficiência das infraestruturas, entre outras ações.
Por outro lado, na Fruit Attraction, a sustentabilidade também é um dos temas centrais, e não só para nós, mas também para os participantes. Muitas das sessões realizadas na feira abordam este tema. Além disso, como já mencionei, temos uma categoria específica, Ações de Sustentabilidade e Compromisso, nos Innovation Hub Awards.

Como olha para os desafios globais, como as alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento, que afetam a produção e distribuição de frutas e legumes?
As alterações climáticas e as interrupções nas cadeias de abastecimento são dois dos principais desafios que o setor hortofrutícola enfrenta a nível mundial. As alterações climáticas estão a modificar os padrões de produção, afetando tanto a quantidade como a qualidade das colheitas, o que exige uma adaptação constante por parte dos produtores. Quanto às cadeias de abastecimento, as interrupções recentes mostraram-nos a importância de desenvolver redes mais resilientes e diversificadas. Na Fruit Attraction, trabalhamos para oferecer um espaço onde as empresas possam encontrar soluções inovadoras que as ajudem a enfrentar estes desafios, tanto ao nível da produção como da logística.

Que estratégias estão a ser implementadas para melhorar a rede de negócios e o networking entre os participantes da feira? Há novidades?
Um dos grandes objetivos da Fruit Attraction é oferecer uma plataforma de impulso e expansão internacional. Neste sentido, a IFEMA MADRID, com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pescas e Alimentação e do ICEX, volta a ativar o Programa de Compradores Internacionais, que traz a Madrid cerca de 700 compradores de 70 países, incluindo chefes de compras de retalho, importadores e grossistas, que darão um dinamismo especial ao negócio da feira.
A este programa junta-se o ‘País Importador Convidado’, com a China e a Arábia Saudita como protagonistas desta edição. Assim, a Fruit Attraction abrirá e fomentará uma via de relações comerciais com estes mercados, apoiada por um programa completo de mesas redondas, visitas guiadas à feira e sessões B2B.
Além disso, a nossa plataforma digital LIVEConnect desempenhará um papel fundamental, permitindo que os participantes se conectem e façam negócios para além da feira.

Entrevista publicada na edição 426 do Hipersuper

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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