É o e-commerce um mar de oportunidades?
No comércio tradicional, as micro e pequenas empresas têm uma taxa de sobrevivência de 76% nos dois primeiros anos, enquanto no comércio online um terço das lojas não sobrevivem a este período
Rita Gonçalves
CONFAFRI escreve ao ministro da Agricultura e à presidente da CE sobre o Regulamento Anti-Desflorestação
Salesforce investe em formações gratuitas em IA
Luís Simões valida metas de redução de emissões de gases de efeito de estufa
Auchan lança nova edição do concurso ‘A Mesa dos Portugueses’
Gama de bolachas Nacional ganha nova imagem
Opentext e Stratesys assinam acordo para implementação de soluções na gestão de qualidade nas empresas
Vale da Rosa lança formato pick & go
Vinhos exclusivos da Garrafeira Continente conquistam 18 medalhas no Concours Mondial de Bruxelles
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Por Francisco Costa, Partner da Odisseias
Cada vez mais os novos empreendedores ao lançarem os seus negócios apostam no online, no e-commerce, porque acham que é só criar um site e está feito! Contudo, estão a esquecer-se que um negócio online enfrenta tantas questões como um negócio que esteja no comércio tradicional.
Empreendedor ou empreendedorismo são palavras que já fazem parte do nosso vocabulário, e a maioria dos portugueses quer criar o seu próprio negócio. Mas há um longo caminho desde a ideia que está no papel até termos a empresa criada, e há muitos empreendedores que optam por cortar caminhos e tornar as coisas simples para conseguirem gerar retorno o mais rápido possível. E a solução acaba por ser o e-commerce, devido à simplicidade de criar uma loja online, e esquecem-se das dificuldades que podem também surgir através deste canal.
No comércio tradicional, as micro e pequenas empresas têm uma taxa de sobrevivência de 76% nos dois primeiros anos, enquanto no comércio online um terço das lojas não sobrevivem a este período. E há duas justificações muito simples para este facto: não estamos só a competir com as lojas do bairro, mas com as lojas de todo o mundo, e o segundo deve-se a um menor planeamento. Toda a gente acha que no online se vai fazendo com o tempo, sem ser criado um plano de negócio ou um plano de marketing.
O que apresento até aqui não é para ninguém desistir de investir no online, muito pelo contrário. O e-commerce é o presente e o futuro, mas com um planeamento cuidado. Lembre-se que se tem uma loja em Lisboa vai estar a vender para um máximo de 2,5 milhões de pessoas, mas se estiver online pode ter 7 mil milhões de potenciais clientes. E a concorrência também não vai ser certamente a mesma. A guerra de preços que tem com o minimercado da esquina, vai ter agora uma maior dimensão, e os players vão ser inúmeros.
Além disso, lembre-se que muitos negócios já morreram porque o online não chegou. O melhor que pode fazer é complementar a sua empresa com vários canais. Se está online, por que não apostar no mobile ou no retalho, ou até em ambos? Uma oferta através de um maior número de canais vai permitir que chegue a mais pessoas, e consequentemente vai gerar um maior volume de vendas. As marcas devem apostar na omnicalidade, mas de uma forma a que os diferentes canais se potenciem entre si. A existência de um canal online, físico e mobile dentro da mesma marca permite incrementar os índices de confiança dos consumidores na marca, no sentido em que o cliente sabe que existe uma presença física no retalho de uma marca que vive também do online e/ou do mobile.
O comportamento dos consumidores é que lidera esta mudança. Cada vez mais os portugueses vêem publicidade online, pesquisam e comparam os produtos que querem, compram online. Por isso, se quer ser um empreendedor e ter o seu próprio negócio aposte no online, porque este é um mar de oportunidades, mas não se esqueça que aqui também precisa de estudos de mercado, de planos de negócios e de estratégias.