Da união de sete produtoras nasceu o vinho que celebra o centenário de Amália
O desafio foi lançado pela Fundação Amália Rodrigues e aceite por sete produtoras portuguesas: criar um vinho evocativo do centenário de nascimento de Amália Rodrigues. Numa edição limitada a 1920 […]
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O desafio foi lançado pela Fundação Amália Rodrigues e aceite por sete produtoras portuguesas: criar um vinho evocativo do centenário de nascimento de Amália Rodrigues. Numa edição limitada a 1920 garrafas e cuja receita reverte para a Fundação, chega agora ao mercado o Amálias 100, um tinto que combina a tradição do fado à riqueza da viticultura nacional.
Rita Nabeiro da Adega Mayor, Francisca Van Zeller da Van Zellers & Co, Maria Manuel Maia da Poças, Luísa Amorim da Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, Rita Pinto da Quinta do Pinto, Mafalda Guedes da Sogrape e Catarina Vieira da Herdade do Rocim foram as produtoras que se juntaram nesta iniciativa pioneira que fez nascer um vinho de uvas selecionadas das regiões Douro, Dão, o alto e baixo Alentejo e Lisboa.
O propósito foi criar um vinho “maior que uma marca ou região”, que representasse o país “e que eternizasse a fadista na memória coletiva”, referem numa nota.
Segundo a Fundação Amália Rodrigues, o dinheiro angariado pela com a venda das 1920 garrafas, será revertido para as instituições que apoia, como a Casa do Artista, e ainda para obras de recuperação da casa de Amália Rodrigues.
Fruto da vindima de 2020, o tinto Amálias 100 foi elaborado a partir das castas Touriga Nacional (27%); Alicante Bouschet (26%); Alfrocheiro (20%); Touriga Franca (13%); Trincadeira (7%); e Field Blend Vinhas Velhas (7%).
Durante 18 meses, cada lote “foi então elevado à excelência” para depois serem unidos num vinho único. Seguiram-se 12 meses de estágio, pata surgir um vinho “de aspeto límpido e brilhante, de cor vermelha profunda com laivos violáceos e reflexos carmim”. A nota de prova indica ainda apontamentos de bálsamo, cedro e menta, envoltos em notas doces de alcaçuz. “Um conjunto extremamente elegante, onde se evidencia a cereja negra, o mirtilo e a amora silvestre”.
“No palato, é um vinho de grande equilíbrio, intensidade e concentração. De forma muito estratificada, vai revelando nuances de fruta do bosque confitada, especiaria branca e chocolate negro”, lê-se ainda.