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Deolinda Silva, PortugalFoods, entrevista ao Hipersuper, Frame It

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Distribuição

“O próximo grande desafio da indústria é capacitar as empresas para a sustentabilidade”

Capacitar as empresas para a sustentabilidade e o cumprimento das regras ESG é um grande desafio mas também um caminho sem retorno para a indústria agroalimentar nacional, sublinha Deolinda Silva, diretora executiva da Portugal Foods, em entrevista ao Hipersuper.

Ana Grácio Pinto
Deolinda Silva, PortugalFoods, entrevista ao Hipersuper, Frame It

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“O próximo grande desafio da indústria é capacitar as empresas para a sustentabilidade”

Capacitar as empresas para a sustentabilidade e o cumprimento das regras ESG é um grande desafio mas também um caminho sem retorno para a indústria agroalimentar nacional, sublinha Deolinda Silva, diretora executiva da Portugal Foods, em entrevista ao Hipersuper.

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Ana Grácio Pinto
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Capacitar as empresas para a sustentabilidade e o cumprimento das regras ESG é um grande desafio mas também um caminho sem retorno para a indústria agroalimentar nacional, alerta Deolinda Silva, em entrevista ao Hipersuper. “É fundamental que as nossas empresas não percam o seu lugar na cadeia de abastecimento, porque quem não cumprir as exigências vai estar fora”, alerta a diretora executiva da PortugalFoods, a marca umbrella do agroalimentar nacional. Um setor que conseguiu na pandemia manter a postura de crescimento dos anos anteriores e que prevê fechar 2023 com números acima do ano anterior.

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Formada em 2008 por empresas, entidades do sistema científico e tecnológico e associações regionais e nacionais, a PortugalFoods promove a inovação e a internacionalização das empresas de todo o agroalimentar português. É, portanto, a marca umbrella do setor e líder do Portuguese Agrofood Cluster, o cluster para o agroalimentar nacional, reconhecido publicamente pelo Governo em 2017. “É uma entidade que veio mudar um pouco a forma de trabalhar o setor, sobretudo a indústria alimentar e bebidas”, define Deolinda Silva, nesta entrevista ao Hipersuper, em que dá a conhecer algumas das atividades e projetos e mercados prioritários definidos para 2024.

Em que aspetos a PortugalFoods veio apoiar o setor agroalimentar nacional e alterar procedimentos e formas de trabalhar a produção?
A PortugalFoods celebrou 15 anos, uma data que muito nos orgulha pelo contributo ao setor agroalimentar. É uma entidade que veio mudar um pouco a forma de trabalhar o setor, sobretudo a indústria alimentar e bebidas. Propôs-se desde o início a reforçar a competitividade do setor, muito apoiada em dois eixos fundamentais: a inovação e a internacionalização.
Esta maneira de trabalhar estes dois eixos, faz com que a PortugalFoods seja diferenciadora e permita que as empresas, durante estes anos, tenham vindo a posicionar-se, a tornar-se mais resilientes e mais capazes de estar presentes nos mercados internacionais. A melhorar muito a qualidade dos seus produtos, a eficiência dos seus processos e a ter capacidade de estar em mercados onde já não se coloca a questão da sua qualidade. A excelência dos produtos portugueses é perfeitamente percetível, atualmente.
Portanto, demos o nosso contributo para a evolução extremamente positiva que tem acontecido no setor. Nomeadamente nos números da exportação.

Que papel tem tido na visibilidade e no posicionamento internacional do setor agroalimentar português e no seu crescimento na exportação?
Desde a primeira feira internacional que fizemos, em 2012, e que foi um processo de aprendizagem brutal, a evolução da nossa presença nos eventos internacionais tem sido incrível. Quer seja nas grandes feiras – como a Anuga ou a SIAL Paris onde estamos com uma mancha portuguesa de produtos que já marca a posição de Portugal como produtor de excelência – quer em outras ações. Temos um calendário bastante ambicioso de cerca de 20 ações por ano, desde missões empresariais a vários países a missões inversas com a vinda de compradores a Portugal. Tentamos inovar em ações em determinados mercados.
Por exemplo, foi bastante marcante este ano uma ação que dinamização no estado do Texas (EUA) junto de uma cadeia de retalho específica, e onde Portugal esteve presente durante 15 dias com uma oferta de produtos como nunca vi. Foi uma ação muito particular, voltada para o que aquele retalhista e aquele mercado pretendem. Os EUA é um dos mercados prioritários, sempre foi importante mas tem-se vindo a posicionar sobretudo no pós pandemia, e não pode ser pensado como um mercado único: tem vários mercados, várias cadeias de retalho, várias forma de trabalhar. E pensamos que essa capacidade de trabalhar caso a caso, ação a ação, será mais eficaz para as nossas empresas.

Deolinda Silva, PortugalFoods, entrevista ao Hipersuper, Frame It

Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, em entrevista ao Hipersuper

O facto de irem aos mercados debaixo do ‘chapéu’ de uma associação agregadora como a PortugalFoods, é um elemento facilitador?
Em qualquer ação, seja uma missão internacional ou um grande evento, a participação agregada é potenciadora da presença das empresas nesses mercados. Temos empresas com uma maturidade grande nestes processos de exportação e que, mesmo assim, preferem ir de forma agregada. Por outro lado, temos micro, pequenas e médias empresas que têm muito a ganhar em ir juntamente com outras empresas que já têm mais experiência nos mercados externos.

O Portuguese Agrofood Cluster, de que a PortugalFoods é promotor líder, é o cluster do agroalimentar nacional. O foco está na inovação do setor?
O Portuguese Agrofood Cluster foi reconhecido pelo Governo português em 2017. A PortugalFoods é a entidade gestora e este é o único cluster que é um consórcio, formado ainda pela Portugal Fresh – que trabalha muitíssimo bem a internacionalização das frutas, legumes e flores, o InovCluster, do Centro, e o AgroCluster, do Ribatejo. Tem uma dinâmica transversal ao setor que permite e permitirá no futuro, otimizar os recursos.
Tentamos ter um posicionamento homogéneo, concertado, para que não haja duplicação da utilização de recursos. Por exemplo, sabemos o que cada um está a fazer acerca da presença em feiras e noutro tipo de projetos.
Sem dúvida, na Portugal Foods e nas outras entidades do cluster, trabalhamos de forma muito específica a inovação, que é a base para que as empresas estejam presentes nos mercados com produtos novos, com processos mais eficientes. Tivemos dois grandes projetos mobilizadores muito interessantes, o MobFood e o Clean Label (cLabel+) que estão terminados mas esperamos continuar a poder concorrer aos mobilizadores porque são projetos que têm realmente um impacto muito grande no setor.
O projeto MobFood foi o primeiro e costumamos dizer que houve um antes e um pós MobFood. Teve um investimento total de cerca de 10 milhões de euros e agregou 44 empresas e universidades num consórcio que durante quatro/cinco anos esteve a desenvolver produtos, processos e criou sinergias que serão duradouras no tempo. Há um intangível deste projetos que faz com que todo o setor se movimente em termos de inovação, e no fundo também prepara melhor as empresas para os mercados externos.
Nesta dinâmica de colaboração e inovação, podia destacar ainda que fomos dinamizadores do pacto de inovação VIIAFOOD, uma agenda mobilizadora do PRR que tem um investimento total de 113 milhões de euros e que agrega 49 entidades – 29 empresas e 20 entidades do sistema científico e tecnológico nacional, universidades e centros de investigação.
É um projeto de grande dimensão e muito ambicioso, com quase dois anos de funcionamento e conclusão em 2025. Tem uma componente de investigação e desenvolvimento tecnológico, mas há, sobretudo, uma investimento grande em inovação produtiva.

Ter uma produção sustentável é e terá que ser um goal para as empresas produtoras nacionais. A PortugalFoods acompanha as empresas nesse ‘caminho sem retorno’?
O próximo grande desafio da indústria é capacitar as empresas para a sustentabilidade, para o cumprimento das regras ESG. É fundamental e estamos a trabalhar nisso com muito cuidado e muito rigor. É preciso capacitar primeiro as empresas em termos de informação e há bastantes verbas disponíveis através da Secretaria de Estado da Internacionalização e da AICEP. Inicialmente para a formação dos quadros das empresas, para a capacidade de uma empresas em fazer o seu diagnóstico e perceber como está em relação aos indicadores fundamentais para cumprir com as regras. E, a partir de 2025, apoios concretos para as empresas investirem e melhorarem os seus processos a nível do EGS.
É fundamental que as nossas empresas não percam o seu lugar na cadeia de abastecimento, porque quem não cumprir as exigências vai estar fora. As empresas exportadoras estão mais bem preparadas porque têm vindo a sentir esta pressão por parte dos retalhistas internacionais. Mas a partir de agora, não há só ‘pressão’, há regras e há metas. Por exemplo, o Green Deal na Europa (Pacto Ecológico Europeu), que tem metas muito ambiciosas, é algo a que temos que estar atentos. É, conforme referiu, um ponto sem retorno.

Num país maioritariamente de micro, pequenas e médias empresas, alterar procedimentos para uma produção mais sustentável acarreta investimentos, às vezes difíceis de comportar sem os apoios…
Exatamente. No fundo, o nosso papel é também esse, enquanto entidade facilitadora e dinamizadora que tem uma rede grande. Em termos de capacitação, promovemos workshops, eventos que transmitam, sobretudo às micro, pequenas e médias empresas, a informação necessária para começarem a agir. E com os projetos, montarmos dinâmicas que lhes permitam aceder a ferramentas para, por exemplo, criarem o seu relatório de sustentabilidade e apresentá-lo perante uma instituição de crédito, uma seguradora, um retalhista. No campo da exportação também são muito importantes as certificações, e a sustentabilidade está também presente nessa questão.

Escassez de mão de obra, fatores climáticos, aumento de inflação, problemas que se juntaram à já recorrente questão da burocracia e da carga fiscal… 2023 pode ser classificado como um ano desafiante para o setor agroalimentar exportador?
Todos os anos têm sido muito desafiantes. Podemos marcar a pandemia como o início de anos ainda mais desafiantes. As próprias exportações têm vindo a ter um comportamento muito interessante apesar de todas estas crises, na pandemia e no pós pandemia, a recuperar muito bem em 2021 e 2022, já com números bastante interessante, e a continuar a crescer em 2023.
Mas diria que a pandemia mostrou que o setor teve a capacidade e a flexibilidade de corresponder ao que lhe foi pedido, sobretudo em Portugal. Também tornou essas empresas mais resilientes, e é essa resiliência que está a permitir que o setor, apesar das dificuldades – do aumento da energia, do aumento dos combustíveis, da escassez de recursos humanos – esteja a ser capaz de manter números de produção e de exportação interessantes.

Na PortugalFoods há a preocupação com a formação de mão de obra na produção, na indústria?
Sim, temos vindo a pensar essa questão e em 2024 poderemos arrancar com a formação, se vier a existir um apoio aos clusters nestas áreas. Era algo que estava já previsto no Pacto Setorial para a Competitividade e Internacionalização que foi firmado, em tempos, com o Ministério da Economia. O objetivo é criar capacitação e formação específica. E num setor como o agroalimentar, que é composto por tantas fileiras, essa formação é ainda mais específica.

É claro que haverá sempre formação mais transversal, para a digitalização, para a sustentabilidade, mas há necessidade nalguns setores de haver formação específica. Por exemplo, no setor das carnes a questão dos cortes.  Se houver essa capacitação, vamos poder melhorar ainda mais a qualidade.

É possível fazer uma avaliação de 2023 em termos de exportações? Relativamente a 2022 houve aumento de exportações?
Tentamos fazer sempre um paralelo com os números de 2019, o ano anterior à pandemia e quando as exportações no setor alimentar estavam a crescer a dois dígitos. Apesar da pandemia, o setor continuou a crescer, embora nos anos de 2020 e 2021 com uma desaceleração mas mesmo assim com números acima de 2019.
Em 2022 houve um fechar de ano com um valor em torno dos 8.6 mil milhões de euros e pensamos fechar 2023 com um número superior. De janeiro a setembro tivemos 6.6 mil milhões de euros, quando no mesmo período de 2022 representaram 6.2 mil milhões de euros.

Que produtos lideram as exportações portuguesas na indústria agroalimentar?
Normalmente, há pouca variação. O grupo mais exportado é sem dúvida o do vinho – onde entram também outro tipo de bebidas, como águas, os sumos, etc, mas com o vinho a ter o grande peso. Também o azeite, os frutos, peixe e crustáceos. Estes são os quatro grandes grupos exportadores. Depois, temos os produtos de padaria e pastelaria e as conservas de peixe. O setor conserveiro tem tido um comportamento incrível, tem crescido imenso e tem tido uma presença forte nas feiras. O azeite é outro setor que tem crescido muito a nível de exportação, porque Portugal tem-se afirmado como um produtor de excelência, com práticas agrícolas consideradas também de excelência a nível mundial.

Deolinda Silva, PortugalFoods, entrevista ao Hipersuper, Frame ItQuais são os mercados internacionais em que Portugal mais poderá crescer? E por outro lado, quais são os que mais preocupam?
Nós queremos ter uma estratégia ainda mais específica para os mercados, em 2024. Queremos ser o ‘key account manager’, a referência do setor nos mercados onde estamos a trabalhar e em mercados de referência. Conforme foi lançado por Jorge Henriques, da FIPA e presidente do conselho estratégico do Portuguese Agrofood Cluster, ambicionamos alcançar os 10 mil milhões de euros em exportações, até 2030. Esperamos conseguir fazê-lo antes, mas é um número.
Para isso, estamos a atualizar a nossa estratégia de internacionalização e em 2024, durante o primeiro trimestre, iremos ter uma nova estratégia para apresentar ao setor. Em relação aos mercados mais promissores, manteria os EUA e iria para Japão, Coreia do Sul e outros mercados asiáticos, não descurando a Europa. O Reino Unido, apesar da crise que atravessa, continua a ser bastante interessante porque é um mercado que paga.
Depois, há várias preocupações. A Europa está a passar por um momento complicado, com a diminuição do poder de compra por causa da inflação, com uma diminuição do consumo, por exemplo, nos países nórdicos, na Alemanha. Preocupa-nos também Angola, um mercado importante para Portugal e que parecia estar a recuperar a capacidade de investimento das empresas portuguesas, mas com a questão cambial voltou a haver muita cautela.

A Ucrânia, a Rússia e Israel são mercados importantes?
Havia e existe exportação para a Ucrânia, assim como havia para a Rússia. Recordamos o célebre embargo da carne, numa altura em que estávamos com o mercado russo perfeitamente aberto para crescer e, de repente, se fechou.
Israel é um mercado muito interessante e continuamos a exportar para lá. Nós exportamos cerca de 30 milhões de euros para Israel. A grande maioria é referente a animais vivos, mas também há pequenas exportações importantes, como o arroz e as conservas. Apesar do que estamos a viver, os portos continuam abertos. Haverá mais ou menos dificuldades para chegar a determinados territórios, mas continuamos a exportar para Israel.
Muitas vezes, nestes tempos de guerra, há também algumas oportunidades para vários tipos de produtos, sobretudo os de cabaz básico como as conservas, que permitem criar stock.

E o Brasil, que foi um dos países com mais crescimento no 1º semestre de 2023? É um grande mercado, mas também muito protecionista…
É o nosso terceiro maior mercado de exportação, a seguir a Espanha e França. É um mercado muito complexo, mas no qual apostamos fortemente. Temos feito várias ações no Brasil, onde há uma grande feira, a APAS Show, em São Paulo. Gostaríamos de marcar presença nessa feira, em breve, com uma participação alimentar agregada.
É realmente um mercado excecional, mas onde tem que se ter muita resiliência porque é muito protecionista. Cria vários entraves na entrada dos produtos, mas uma vez entrando é um mercado com um potencial brutal pela sua dimensão.

O aparente regresso à estabilidade política em Espanha foi uma boa notícia…
Três quartos das nossas exportações vão para Espanha. Todas essas questões de contingência pontuais de mercado criam alguma apreensão, mas a dinâmica exportadora manteve-se e mantém-se e não será pela questão política que irá diminuir. Poderá ser, mais pelas questões económicas que têm assolado todos os países da Europa, nomeadamente Portugal. É um imenso mercado e muito apetecível. Marcamos presença nalgumas feiras. 

A PortugalFoods esteve na Anuga, Alemanha, com 43 empresas debaixo do seu ‘chapéu’. A presença em certames no exterior vai continuar a ser uma aposta em 2024? Quais estão confirmados?
Os dois maiores eventos do setor alimentar, a nível mundial, são a Anuga, em Colónia, e a SIAL, em Paris. A Anuga é a maior feira do setor, mas onde não conseguimos crescer em espaço, senão levaríamos mais empresas. À SIAL levamos 65 empresas e esta acaba por ser a maior feira que fazemos. Está já confirmada a nossa presença na edição deste ano, que decorre em outubro.
Fechamos já a participação na Alimentária em Barcelona, em março, com a presença de pelo menos 20 empresas. Temos também já confirmada a presença da PortugalFoods na PLMA Amsterdão, em maio, que é sempre muito interessante: é a maior feira mundial de private label e altamente eficaz.
Vamos repetir, em março, a ida à Foodex Japan. Participação que queremos complementar com uma missão, com reuniões com compradores. Estamos a trabalhar com a embaixada, com o embaixador Vítor Sereno e o delegado da Aicep, Miguel Malheiro Garcia. O Japão é um mercado longínquo, difícil, mas com enorme potencial: é um mercado que paga, que procura sofisticação e produtos premium e nós temos muitos produtos que se diferenciam não pelo preço, mas pela qualidade e pelo posicionamento. Queremos ter, pelo menos, um recurso humano que irá ajudar as empresas no mercado. E depois, alavancar as nossas idas com eventos, porque o investimento que se faz tem que ser otimizado.
Como referi, estamos com uma dinâmica específica para EUA, Coreia do Sul e Japão, e queremos ter uma presença física nesses mercados. Vamos criar unidades de negócio nesses mercados, vamos querer estar sentados à mesa com retalhistas e a ajudar as empresas na entrada, nos seus processos de exportação, nas oportunidades de negócio.

Qual é a perceção junto dos importadores, acerca dos produtos ‘Made in Portugal’?
Os importadores conhecem muito bem os mercados e nos últimos 10,15 anos já somos reconhecidos como produtores de excelência. Somos um parceiro de confiança. A qualidade e a flexibilidade da nossa indústria é conhecida e muito apreciada pelos importadores. Somos capazes de nos adaptar a várias tipologias de encomendas, o que nem sempre acontece noutros mercados.
Já se me falasse nos consumidores, diria que temos ainda um trabalho brutal a fazer porque somos um pequeno país. Estamos a dar passos acelerados nesse processo, muito graças ao turismo porque permite que os milhares de milhões de pessoas que vão passando por Portugal, levem a nossa gastronomia, os nossos produtos. Posso dizer-lhe que durante uma ação em setembro no estado do Texas, estive em loja a apreciar e as pessoas tinham curiosidade pelos produtos, sabiam onde era Portugal e o que era produzido no país. Da minha apreciação, percebi que quatro em cada cinco pessoas já tinham estado em Portugal ou estavam para vir.
Eu não me canso de dizer que o nosso célebre pastel de nata é um staple, um produto de referência da indústria alimentar portuguesa. A qualquer mercado onde eu vá atualmente há pastel de nata, é vendido como ‘pastel de nata’ e não como ‘portugueses egg tart’ como era há três, quatro anos atrás.

O Go Global é o projeto de internacionalização que a PortugalFoods lançou para o período 2023/24. A que se propõe, de que forma alcança os objetivos?
O Go Global é o projeto que está em execução e o seguimento de todos os que estiveram antes dele. Normalmente apoiamos as nossas ações em duas tipologias: os projetos conjuntos de internacionalização, que é o caso do Go Global, e os SIAC (Sistema de Apoio a Ações Coletivas) que têm outra tipologia de trabalho.
No Go Global há um apoio direto às empresas com um conjunto de ações em 2023 e 2024: as feiras, as missões internacionais, as missões inversas, ações de capacitação para os mercados, elaboração de estudos de mercado. Há também ações de prospeção, com uma ida da PortugalFoods primeiro a determinado mercado para perceber se há viabilidade, se há compradores interessados em visitar Portugal porque as empresas apreciam também esta tipologia de missão inversa, é uma missão que não tem praticamente custos. Nós detetamos um bom comprador – uma cadeia de retalho, um distribuidor – e ele vem ao nosso país tendo já selecionadas as empresas com as quais quer reunir. Vamos diversificar muito a nossa presença nessas missões inversas pelo país todo.

Que atividades e projetos estão já programados para 2024?
Importantíssima será a atualização da estratégia de internacionalização para o setor, na qual estamos a trabalhar juntamente com a FIPA e vamos trabalhá-la também junto das associações setoriais. Queremos ouvir todo o setor para podermos ter uma estratégia concertada para trabalhar os mercados prioritários, de consolidar mercados, de trabalhar as estatísticas do setor por forma a perceber o comportamento das várias categorias de produto nos vários mercados.
Temos também a novidade da presença física nos mercados com unidades de negócio, sobretudo nos EUA e no Japão, que sejam o showroom da oferta alimentar nacional e ajudem a ultrapassar questões que as empresas têm e que nem sempre são fáceis de resolver.
Na área da inovação, a execução da VIIAFOOD, a agenda mobilizadora do setor agroalimentar, é para nós muitíssimo importante. Sabemos as dificuldades que estão a existir de implementação das verbas do PRR, são processos complexos, mas as empresas estão a ter um comportamento de investimento interessante. Estamos numa fase de pedidos de pagamento e o dinheiro ainda não está a chegar às empresas. Esperamos que chegue rapidamente em 2024, são estas verbas que permitem às empresas terem liberdade para funcionar.
Prioritária é também a questão da sustentabilidade. Temos estado a desenvolver uma série de contatos concretos com entidades que nos vão ajudar a trabalhar sobretudo com as PME’s, muito em articulação com a Secretaria de Estado da Internacionalização, Aicep e outros parceiros. Para ajudar as empresas a terem mais informação, a fazerem o seu próprio diagnóstico e a trabalharem esta questão para poderem estar presentes nas cadeias de abastecimento de uma forma normal, como os seus pares internacionais.

Até onde Portugal e as empresas do setor podem crescer em termos de exportações agroalimentares? Qual é o caminho?
Em primeiro lugar, tentar aumentar o número de empresas de base exportadora. Ainda há muitas empresas que terão capacidade para exportar e temos muitas empresas a começar. Temos um ecossistema de startups e empresas muito inovadoras, com produtos também inovadores per si e que, no fundo, serão futuros exportadores.
Depois, as empresas têm ainda muito caminho a percorrer em termos de crescimento das suas exportações. Não podemos aumentar a produção indefinidamente, mas há muitos mercados ainda mal trabalhados e de difícil entrada. Diria que é fundamental otimizar. As entidades governamentais estão a fazer o seu trabalho com os recursos que têm, e entidades como o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Secretaria de Estado da Internacionalização e, sobretudo, a DGAV (Direção-Geral da Alimentação e Veterinária), têm aqui um papel fundamental.
A DGAV é uma estrutura com pessoas muito válidas, mas tem uma escassez de recursos atroz. E é a entidade que nos permite ajudar e otimizar a abertura de mercados, muitos onde temos ainda que vencer várias restrições. Por exemplo a exportação de carne e de frescos, sobretudo frutas e vegetais, enfrenta dificuldades em muitos países, por questões sanitárias. Nós não podemos exportar charcutaria para os EUA, mas a Espanha pode. Para o Brasil há a questão das sobretaxas de importação por causa do Mercosul. Todos estes dossiers estão a ser trabalhados de forma séria pelas entidades, mas temos que ter capacidade de fazer melhor e tentar quebrar estas barreiras difíceis nos processos de exportação.
Por outro lado, continuar a explorar novos mercados, por exemplo, no sudeste asiático e no Médio Oriente. Olhamos muito para os Emirados Árabes Unidos e para o Dubai, mas a Arábia Saudita neste momento é incontornável. Na Anuga, tivemos a oportunidade de reunir com pessoas ligadas ao reino da Arábia Saudita porque há uma grande apetência por produtos portugueses. Também em África há países com comportamentos muito interessantes, que podem e devem ser trabalhados. E temos empresas a trabalhá-los bem.

Entrevista publicada na edição 419 do Hipersuper

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No Rules Wines quer promover o melhor do Dão e elevar esta região vitivinícola “a um patamar superior”

A No Rules Wines junta trio do Dão: o enólogo Tiago Macena, o empresário António Sousa Martins e o consultor internacional de vinhos, Cláudio Martins.

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Há dois anos no mercado, a No Rules Wines, fundada por António Sousa Martins, Cláudio Martins e Tiago Macena, nasceu com vontade de se distinguir pela irreverência e autenticidade de fazer “vinhos tranquilos do Dão sem regras”, honrando a tradição do Dão, mas procurando “elevar esta região vitivinícola a um patamar superior”.
Este é o terroir base do projeto, que surge com o objetivo principal de “expressar uma enologia que mostre a origem das uvas”, através de um investimento inicial de 1 milhão de euros.
“Temos alguns vinhos menos usuais, tirando partido do potencial enológico da região e da nossa vontade de arriscar em alguns vinhos. A maior parte dos vinhos são DOC Dão, mas também temos vinhos Indicação Geográfica Protegida (IGP), nos quais nos é permitido o trabalho com outras técnicas e castas”, afirma Tiago Macena, em comunicado.Código foi a primeira marca de vinhos apresentado ao mercado, com quatro propostas, entre brancos e tintos, e que em poucos meses, viu esgotado o stock de cerca de 3 mil garrafas de cada referência. Em breve, uma sala de provas, à porta fechada, na adega que a empresa tem em Nelas vai permitir receber entusiastas por experiências vínicas fora da caixa, avança a No Rules Wines.
A aquisição de uma vinha no Douro também está nos planos do trio.

A No Rules Wines foi fundada por António Sousa Martins, Cláudio Martins e Tiago Macena.

Autenticidade, Sustentabilidade e Transparência são os pilares principais da empresa, que já marca presença em alguns mercados internacionais, concretamente em Angola e Reino Unido. Para António Sousa Martins, o objetivo é “continuar a explorar novos mercados” e posicionar a No Rules Wines, com sede em Oliveira do Hospital, entre as melhores do setor vinícola. “Desde a produção de vinhos mais requintados, em poucas quantidades e valores mais elevados, a vinhos ‘simples’ e ‘descomplicados’, a preços mais acessíveis e em maiores volumes, a empresa quer ‘promover o melhor do Dão’”, sublinha
Encruzado, Granius, Origem, Solstício, Bical e Uva Cão são os seis vinhos que fazem parte da marca Código.

Vinhos que “mercado está a absorver de forma extraordinária”

O Código Origem Branco, Solstício e o Granius 22, chegaram ao mercado no segundo semestre 2023 e rapidamente foram absorvidos pelos consumidores. Seguiu-se um monovarietal, o Encruzado 2022, no início de 2023.
Em maio, chegaram ao mercado as novas colheitas (Código Origem Tinto 22 e Origem Branco 23) que “vieram reforçar a oferta para uma procura que o mercado está a absorver de forma extraordinária”, afirma Cláudio Martins.
Para os colecionadores especiais, há uma edição limitada, de seis garrafas.
Em julho, do Código serão lançadas novas colheitas de Bical e Uva Cão e duas novas referências Infusão Subtil e Manifesto.

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Faturação da ElPozo Alimentación cresce 8,5%

A El Pozo Alimentación, que celebra este ano o seu 70º aniversário, fechou o exercício de 2023 com uma faturação de 1.804,3 milhões de euros, um crescimento de 8,5% face […]

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tagsElPozo

A El Pozo Alimentación, que celebra este ano o seu 70º aniversário, fechou o exercício de 2023 com uma faturação de 1.804,3 milhões de euros, um crescimento de 8,5% face ao ano anterior. Esta evolução resulta do posicionamento de marca e da inovação em produtos de elevado valor acrescentado, refere a empresa em comunicado.

A El Pozo Alimentación refere que investiu 76,5 milhões de euros, tanto em ativos tangíveis quanto intangíveis e  tem concentrado os seus esforços na investigação, formação e desenvolvimento dos seus produtos e marca.
Segundo a empresa, entre os lançamentos mais importantes estão a linha +Proteínas ElPozo Bienstar, com produtos fatiados e semicozidos ricos em proteínas, um segmento em crescimento, a La Croquetería, uma gama de empanados gourmet e a marca ElPozo KING UPP,  anunciada como a proposta mais jovem e inovadora da empresa.

Renovação

A marca ElPozo renovou a sua imagem com o rebranding da sua linha mais artesanal, ElPozo 1954, incluindo um novo logótipo, designs, formatos e uma nova campanha de comunicação com a banda murciana Viva Suecia. A lista de embaixadores da empresa, que já incluía o tenista Carlos Alcaraz, foi ampliada com José Coronado para o Legado Ibérico e Olga Carmona para a ElPozo Bienstar.

A empresa, integrada na holding Grupo Fuertes,  lembra que realizou vários projetos de infraestruturas, entre os quais se destacam a implementação de uma unidade de biotecnologia, a construção de um parque fotovoltaico para autoconsumo elétrico e a criação de um novo centro de congelação de carne.

Exportação

A ElPozo, que encerrou o exercício de 2023 com uma equipa média de 5.159 pessoas, está presente em mais de 80 países e tem como objetivo continuar a aumentar a sua quota de exportações, consolidando a sua presença nas áreas geográficas com mais potencial, tendo alcançado este ano um volume de negócios no estrangeiro de cerca de 20 por cento da sua faturação.

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Marcelo Rebelo de Sousa inaugurou a Feira Nacional de Agricultura

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou este sábado a Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo (FNA 24), certame que decorre no Centro Nacional de Exposições, […]

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inaugurou este sábado a Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo (FNA 24), certame que decorre no Centro Nacional de Exposições, em Santarém, e que se prolonga até ao dia 16 de junho.
Este ano o evento comemora três aniversários: os 70 anos da Feira do Ribatejo, o 60º aniversário da Feira Nacional de Agricultura e os 30 anos de atividade do CNEMA.
Na entrada principal do CNEMA, o visitante é convidado a viajar numa exibição retrospetiva de todo o histórico do evento – a exposição “O Início”. E foi mesmo Marcelo Rebelo de Sousa o primeiro a fazer o percurso e a saudar a iniciativa.
Pecuária Extensiva, é o tema deste ano, atividade que ocupa uma área de 64% da superfície agrícola útil em território nacional, com um papel determinante na sustentabilidade e na preservação dos espaços rurais do país.

Presidente da República enaltece importância da FNA

No âmbito da exibição de um breve excerto alusivo ao documentário sobre a história e evolução do evento, o Presidente da República salientou a importância do certame para a “agricultura portuguesa” e para os agricultores.
O chefe de estado português afirmou que a “feira representa muito por Portugal, pela agricultura portuguesa, pela riqueza natural portuguesa, pela biodiversidade, raças autóctones, pelo labor pelos agricultores, e por aquilo que é uma componente fundamental da riqueza do nosso país”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Santarém acordou em festa

Santarém recebeu logo de manhã o habitual desfile de campinos e de gado, que percorreu as ruas do centro da cidade e que contou com a presença de diversas entidades e grupos locais que animaram a manhã em pontos estrategicamente definidos.

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Auchan reforça compromisso com a proteção dos oceanos e junta-se à campanha da MSC

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta.” destaca Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

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A Auchan reforça a sua visão 2032 – Alimentar uma Vida Melhor e Preservar o Planeta – e junta-se à campanha da Marine Stewardship Council (MSC) que tem como mote ‘A Pesca Sustentável significa mais peixes’.

Com um compromisso assumido com a sustentabilidade, a Auchan assume, desde 2009,  uma política de comércio sustentável de pescado destacando-se dois compromissos da retalhista: a diminuição, suspensão ou cessação da comercialização das espécies que se identifiquem ameaçadas, tal como fez, em 2008, com todas as espécies de tubarão ameaçadas, tornando-se, assim, na primeira insígnia de distribuição internacional a implementar esta medida de resposta à situação de sobrevivência deste peixe emblemático; e, privilegiar a oferta de produtos provenientes de pesca sustentável ou com menor grau de risco para a biodiversidade. Exemplo disso são o Bacalhau Produção Controlada Auchan comercializado desde 2019 e a Pescada Congelada Auchan, ambos com uma certificação MSC, exemplifica a retalhista.

“Na Auchan, a sustentabilidade é um pilar estratégico e, por isso, aliamos a qualidade dos nossos produtos à necessidade de preservação do planeta. Já temos uma oferta de produtos da nossa marca com certificação por parte de entidades com quem colaboramos na procura por alimentos que promovam uma vida melhor para os nossos clientes. A campanha da MSC, em defesa dos nossos oceanos e da pesca sustentável, está muito alinhada com os nossos objetivos e, por isso, fez todo sentido podermos juntar-nos a esta causa”, explica Rita Cruz, diretora de responsabilidade corporativa ambiental e social da Auchan Retail.

“No MSC, valorizamos e apreciamos enormemente o apoio da Auchan Retail pela pesca sustentável e pelo trabalho que a nossa organização está a fazer em Portugal. Estamos convencidos de que, graças ao apoio de retalhistas como a Auchan Retail a iniciativas como o Dia Mundial dos Oceanos, avançamos para uma maior consciencialização da sustentabilidade do mar e dos seus produtos na sociedade em geral”, afirma Laura Rodríguez, diretora da MSC Portugal e Espanha.

Para assinalar e promover a preocupação com os oceanos, a MSC lançou uma campanha, que estará no ar até ao final de junho, e que pretende destacar o impacto positivo da pesca sustentável na preservação da vida marinha. Assim, na Auchan, existe uma seleção de produtos que têm o selo de certificação da MSC, que atestam a origem, confiança, credibilidade e manuseamento de peixes selvagens e outros produtos de mar.

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Mercadona promove conferência “Semear o Futuro” na Feira Nacional de Agricultura

A conferência Semear o Futuro é uma das iniciativas da Mercadona na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, de 8 a 16 de junho.

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A Mercadona volta a marcar presença, de 8 a 16 de junho, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém.

Tal como em anos anteriores, a empresa estará presente no espaço dedicado ao “Portugal Sou Eu”, iniciativa do Ministério da Economia que visa a dinamização e valorização da oferta nacional, criada há mais de uma década, reforçando o seu compromisso de colaboração com a produção nacional, iniciado já antes de a empresa ter presença física em Portugal, e reforçado com o acordo com a CAP, também parceiro deste programa.

“Marcar presença, uma vez mais, na FNA, representa uma excelente oportunidade de estar mais perto dos “Chefes” (clientes) e mostrar à Sociedade o nosso compromisso com o Sector Agroalimentar Nacional. A Mercadona continua a apostar na produção nacional, compromisso que temos vindo a reforçar ano após ano e que, em 2023, representou 1.178 milhões de euros em compras aos nossos 1.000 fornecedores nacionais.” sublinha Pedro Barraco, diretor de cadeia agroalimentar da Mercadona, em comunicado.

Cozinha com a Mercadona”

A Mercadona estará presente com ações de “showcooking” através de um conjunto de oito receitas criadas em parceria com a Chef Tia Cátia. A empresa convidou também alguns dos seus Fornecedores a estarem presentes e a fazerem provas com os seus produtos à venda nos supermercados Mercadona em território nacional.

1ª Conferência Semear o Futuro

Este ano, em parceria com a CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal, a Mercadona criou o projeto “Semear o Futuro”, uma iniciativa dedicada a explorar e promover a importância do setor agroalimentar em Portugal e que culmina com uma conferência, no dia 13 de junho, na sala Ribatejo, no CNEMA.
Este evento, cujas inscrições se encontram abertas, contará com intervenções de especialistas no setor.

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Fotografia Fruit Attraction

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Exportação

Fruit Attraction já tem mais de 90% do espaço de exposição ocupado

A Fruit Attraction, marcada para os dias 8, 9 e 10 de outubro, em Madrid, tem alocados 65.000 m² de espaço de exposição, um aumento de 39% em comparação com o mesmo período do ano passado. A organização antecipa a participação de mais de 2.000 empresas de 55 países, apresentando 70.000 m² com produtos frescos e mais de 100.000 profissionais de 145 países.

A Fruit Attraction, marcada para os dias 8,9 e 10 de outubro em Madrid, já tem mais de 90% do espaço de exposição ocupado.

A quatro meses do evento, a organização avança que foram alocados 65.000 m² de espaço de exposição, um aumento de 39% em comparação com o mesmo período do ano passado. A organização antecipa a participação de mais de 2.000 empresas de 55 países, apresentando 70.000 m² com produtos frescos e mais de 100.000 profissionais de 145 países.

A feira confirmou a participação de quase todas as áreas de produção e Comunidades Autónomas de Espanha, bem como a participação internacional de 45 países, incluindo novos mercados como a Arábia Saudita e Hong Kong.

Pela primeira vez, a Fruit Attraction 2024 vai ocupar dez pavilhões (1-10) na IFEMA Madrid, transformando a cidade num epicentro global para o marketing de produtos frescos. Inovação, qualidade e diversidade são atributos chave deste importante centro de negócios, reconhecido por operadores e retalhistas em todo o mundo como essencial para planearem as suas campanhas no crucial mês de outubro.

Sob o tema “Descubra a Essência do Setor”, este evento líder para o setor de frutas e vegetais será organizado em torno de quatro áreas de exposição. A mais representada será novamente Fresh Produce, que exibirá uma ampla variedade de produtos hortícolas, além da Auxiliary Industry, que reúne toda a cadeia de valor da indústria, e Fresh Food Logistics, o espaço dedicado à logística, transporte e gestão da cadeia de frio para alimentos.

Uma novidade desta edição é a Innova&Tech, a nova área que reunirá os setores Biotech Attraction e Smart Agro, proporcionando um espaço para empresas focadas na inovação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico em genómica

O abacate será o produto estrela deste ano, com várias iniciativas em torno deste superalimento, cujo sucesso tem crescido significativamente em Espanha nos últimos anos, tanto em termos de cultivo quanto de exportações. Além do Congresso “Abacate de Espanha”, a feira acolherá outras atividades, como uma liga na qual estudantes de escolas de hotelaria e catering espanholas competirão numa sessão de show cooking liderada por Daniel del Toro, bem como diferentes workshops e demonstrações.

Na sua próxima edição, a feira irá continuar a implementar iniciativas destinadas a impulsionar as vendas, promoção, desenvolvimento e crescimento das empresas expositoras. O Programa Internacional de Compradores será novamente acompanhado pela iniciativa de Países Importadores convidados, com foco principal na China e na Arábia Saudita. O objetivo passa por promover as relações comerciais entre os países da União Europeia e estes mercados fora da UE, apoiado por um programa completo de mesas redondas, visitas guiadas à feira e sessões B2B.

Mais uma vez, o The Innovation Hub e o Fruit Next serão as áreas dedicadas à inovação e novos desenvolvimentos comerciais na indústria. Neste contexto, a Fruit Attraction voltará a acolher os Innovation Hub Awards, que se tornaram um evento fundamental para apoiar o compromisso empresarial da indústria.

Como novidade, a Fruit Attraction apresentará os Best Stand Awards, reconhecendo os espaços de exposição que se destacam pela sua criatividade e design numa das três categorias: Comunidades Autónomas e Instituições, países e regiões, e empresas.

A feira também se irá tornar num centro de conhecimento, oferecendo um programa completo de sessões técnicas caracterizadas por uma grande variedade de conteúdos, bem como pelo elevado nível dos participantes e palestrantes. Entre outros, a Fruit Attraction irá acolher os congressos Grape Attraction, Biofruit Congress e Fresh Food Logistics The Summit.

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Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

Distribuição

Nuno Luz nomeado diretor-geral da FNAC Ibéria

O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o […]

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O atual diretor-geral da Fnac Portugal, Nuno Luz, foi nomeado diretor-geral da Fnac Ibéria – Portugal e Espanha –, cargo que assumiu no início deste mês. Nuno Luz passa, assim, a integrar o Comité Executivo do Grupo Fnac Darty e irá reportar diretamente ao CEO do Grupo Fnac Darty, Enrique Martinez.

Por sua vez, Domingo Guillén Figuerola, atual diretor de vendas omnical da Fnac Espanha, assumirá as funções de diretor-geral da Fnac Espanha, sucedendo a Annabel Chaussat, que ocupa a posição até 15 de junho de 2024. Domingo Guillén Figuerola ficará sob a responsabilidade hierárquica de Nuno Luz.

Nuno Luz iniciou o seu percurso na Fnac Portugal como diretor comercial, em maio de 2016, e assumiu a direção geral da empresa em outubro de 2017. Sob a sua liderança, a Fnac consolidou o seu crescimento e desenvolvimento de forma sustentada, impulsionados pela abertura de novas lojas FNAC e Nature & Découvertes, pela aquisição da PC Clinic e pelo aumento da venda de serviços. Recentemente, encabeçou, com sucesso, a operação de aquisição da MediaMarkt, em Portugal. 

É de recordar que o mercado ibérico é um mercado estratégico para o Grupo Fnac Darty, tendo registado 732 milhões de euros de vendas, em 2023. Na Península Ibérica, o Grupo conta com 88 lojas do universo Fnac.

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FMCG

Ervideira lança o 15º Invisível e celebra mais de um milhão de garrafas deste monocasta

A Ervideira lançou a 15ª edição do seu vinho de maior sucesso. O Invisível, um branco, feito a partir de uvas tintas da casta Aragonez, foi um marco inovador no setor em 2009.

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A Ervideira lançou a 15ª edição do seu vinho de maior sucesso. O Invisível, um branco, feito a partir de uvas tintas, foi um marco inovador no setor em 2009.

Este monocasta elaborado a partir da casta Aragonez, com vindima mecânica e noturna, deu origem a uma nova categoria de vinhos que se consolidou junto dos consumidores e até aos dias de hoje vendeu mais de 1 milhão de garrafas, contando já com 10 milhões de euros no mercado.

“Um milhão de garrafas vendidas em 15 anos é algo de que a Ervideira tem que se orgulhar”, assume Duarte Leal da Costa, diretor executivo da empresa vitivinícola sediada no Alentejo.

Apenas em 2024, o Invisível, da qual a Ervideira produz 125 mil garrafas/ano, representa 400 mil euros de faturação.

Uma das particularidades do Invisível é ser um vinho que pode ser servido a diversas temperaturas e a acompanhar os mais diferentes pratos, permitindo uma enorme versatilidade: desde como welcome drink, até ao acompanhamento de petiscos, pratos de peixe e de carne.

“O Invisível tornou-se um caso de estudo no setor, pois deu origem a um novo estilo de vinho. Este novo estilo não se prende apenas com o facto de ser um ‘blanc de noir’- vinho branco feito a partir de uvas tintas – mas também pela particularidade que traz ao ser um vinho adequado a ser servido e apreciado a uma multiplicidade de temperaturas e em momentos tão diferentes, bem como é um vinho que agrada 100% dos consumidores, o que é um facto extraordinário”, apresenta Duarte Leal da Costa.

Nelson Rolo, enólogo responsável pela produção deste monocasta, sublinha que “um bom vinho, hoje, é um vinho com qualidade, que seja prazeroso, mas que tenha a capacidade de harmonizar com pratos diferentes. Isto é estar atualizado para produzir um vinho versátil”.

O enólogo da Ervideira destaca que o que permite ao Invisível ter esta elasticidade térmica na hora de servir “é a sua casta Aragonez e a tecnologia utilizada no seu processo de criação”. “À semelhança das edições anteriores, a vindima do Invisível é feita à noite, para haver menos luz e temperaturas mais baixas – fatores muito importantes para reduzir a oxidação e anular fermentações indesejadas”, explica.

O Invisível é elaborado com base nos melhores lotes de Aragonez. O mosto é transportado em camião frigorífico até à adega, onde é conduzido por gravidade para uma câmara de frio. Ali permanece a decantar durante 24h a baixas temperaturas. Após esse processo, o mosto é inoculado com leveduras selecionadas e a fermentação decorre a uma temperatura controlada de 12ºC, durante 15dias.

A 15ª edição do Invisível está disponível nos pontos de venda habituais.

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Distribuição

Associações de Portugal e Espanha pedem maior reconhecimento do setor da distribuição na Europa

APED, ASEDAS e ANGED lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

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A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Asociación Española de Distribuidores, Autoservicios y Supermercados (ASEDAS) e a Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución (ANGED) lançaram um manifesto com as prioridades do setor da distribuição que devem ser tidas em conta pelos decisores políticos na próxima legislatura europeia.

A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam a 9 de junho, as associações signatárias apelam a um maior diálogo dos atores políticos europeus com este setor, que “está no centro da economia europeia e do bem-estar dos cidadãos deste território”, sendo um dos 14 ecossistemas estratégicos definidos pela Comissão Europeia na sua proposta de reforma da política industrial europeia.

“É o elo de ligação entre fabricantes e 450 milhões de consumidores, o maior empregador do setor privado na Europa – 26 milhões de pessoas -, gera 10% do PIB da União Europeia, com mais de 99% das cinco milhões de empresas retalhistas e grossistas na Europa a serem Pequenas e Médias Empresas (PME)”, destacam.

O aumento dos preços da energia e dos combustíveis, constrangimentos no transporte internacional, impactos decorrentes de conflitos armados, escassez de matérias-primas e inflação são os principais desafios apontados ao setor pelas associações signatárias do manifesto.

A estes, acrescentam “um verdadeiro ‘tsunami’ regulatório, com mais de 3.000 normas regulamentares em constante evolução e alteração, que aumentou consideravelmente os custos de funcionamento das empresas”.

A partir deste cenário, APED, ASEDAS e ANGED apontam a necessidade de serem criadas novas soluções e maior flexibilidade na regulamentação laboral para responder às novas necessidades do mundo do trabalho e aos novos estilos de vida e necessidades dos consumidores.

Defendem ainda uma regulamentação que garanta segurança jurídica e um ambiente empresarial estável, que assegure condições de concorrência e acesso a um mercado que permita o desenvolvimento dos seus modelos de negócio.

E apelam a que o quadro regulamentar garanta a segurança alimentar em todas as circunstâncias, relações comerciais estáveis na cadeia, utilização de tecnologias que reforcem a segurança dos estabelecimentos comerciais e deem uma garantia da qualidade dos produtos e a rotulagem adequada, aliada ao combate ao desperdício alimentar.

“Perante um mercado cada vez mais globalizado e que permite que comerciantes de países terceiros obtenham uma vantagem competitiva sobre empresas da União Europeia, os signatários defendem a necessidade de estabelecer condições de concorrência equitativas entre as empresas europeias e os operadores internacionais, bem como garantir um level playing field, com as mesmas regras para todos os operadores, independentemente de operarem em ambiente físicos ou digitais”, alertam ainda.

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Missão Continente doou em 2023 mais de 360 mil euros através do projeto Sacos Solidários

No total, desde o início do projeto, em 2021, já foram angariados, com a ajuda dos consumidores, mais de 810 mil euros através da venda de mais de 1,5 milhões de sacos.

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Em 2023, a Missão Continente doou mais de 360 mil euros, através do projeto ‘Sacos Solidários’, a 20 instituições que atuam em áreas vitais como apoio à infância e juventude, o apoio animal, organizações internacionais, a diversidade e inclusão e o combate à fome, pela venda de 721 165 sacos. No total, desde o início do projeto, em 2021, já foram angariados, com a ajuda dos consumidores, mais de 810 mil euros através da venda de mais de 1,5 milhões de sacos.

A Missão Continente realizou esta terça-feira a entrega simbólica do valor angariado em 2023, entregues a 20 instituições, que totalizaram um apoio de 360 582,50 euros.

As 20 instituições apoiadas são: o Movimento Transformers, a Obra do Frei Gil, a CrescerSer, a Casa S. Francisco Assis, a PRAVI, a Liga Port, a Direitos Animal, a Associação Animais de Rua, a Animalife, a UNICEF, a Um pequeno gesto, a Hope for fulanis, a The Big Hand, o Espaço T, a Corações com Coroa, o Teatro do Vão, a Associação Salvador, a Refood, a Comunidade Vida e Paz, a Porta Solidária e as Cáritas Paroquial Matriz Portimão.

“O projeto ‘Sacos Solidários’ é um símbolo do compromisso contínuo da Missão Continente com o bem-estar das nossas comunidades. Através da colaboração dos nossos clientes e parceiros, conseguimos alcançar resultados incríveis e continuar a construir um futuro mais solidário e sustentável. Estamos muito satisfeitos com o impacto positivo que esta iniciativa tem tido e estamos entusiasmados por continuar a trabalhar em conjunto para fazer a diferença na vida de muitas pessoas.”, sublinha Rita Barrocas, coordenadora de responsabilidade social do Continente.

Durante o evento de divulgação dos resultados da edição anterior, foi ainda apresentada a nova coleção dos ‘Sacos Solidários’ para 2024. A edição deste traz novos temas e parcerias, reafirmando o compromisso da Missão Continente com a construção de um mundo mais solidário e sustentável. Os temas selecionados para esta edição incluem a Saúde Mental, o Acesso a Cuidados e Bens Essenciais, a Educação e o Envelhecimento Ativo. Estas áreas foram identificadas como prioritárias durante a Sessão Plenária do Conselho Estratégico da Missão Continente de 2022.

A Saúde Mental continua a ser uma área de foco para a Missão Continente, com apoios a instituições como a ASMAL, a CAPITI, o Centro Dr. João dos Santos e o Gondomar Social. O objetivo é promover o bem-estar psicológico e combater estigmas associados a esta área.

No âmbito do Acesso a Cuidados e Bens Essenciais, a Missão Continente colaborará com a Associação Cais, Associação Crescer, a Associação Just a Change e a Misericórdia de Gaia, garantindo que todos possam viver com dignidade e segurança.

Para a área da Educação, a Missão Continente apoia instituições como a Academia Johnson Semedo, a ADCE, o Grupo Social de Sto. Agostinho e a Santa Casa da Misericórdia de Cascais, assegurando oportunidades educacionais de qualidade para todas as crianças.

O Envelhecimento Ativo será promovido através de parcerias com a Pedalar sem Idade Portugal, o Centro Cultural e Social de Sto. Adrião, o Centro Paroquial da Mexilhoeira Grande e o Centro Social Paroquial de Sta. Margarida de Abrã, garantindo um envelhecimento com dignidade e vitalidade.

Os sacos solidários, disponíveis por 1,50€ nas lojas Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia, destinam-se a apoiar causas sociais considerados relevantes e fraturantes, revertendo 0,50€ por cada saco vendido para as instituições parceiras.

 

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